Fluticasona

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Classe terapêutica

Medicamentos para doenças obstrutivas das vias aéreas [1]

Classificação Anatômica Terapêutica Química (ATC) - R03BA05 [2]

Glicocorticoides tópicos simples exceto uso oftálmico [3] [4]

Nomes comerciais

Avamys ®, Flixonase ®, Flixotide ®, Flutican ®, Fluticaps ®, Flutivate ®, Plurair ®

Indicações

O medicamento Fluticasona é indicado para:

  • Asma:

Adultos:

- no tratamento profilático de asma leve (valores de PFE maiores que 80% do calculado na fase basal, com menos de 20% de variabilidade) – para pacientes que requerem medicação broncodilatadora, para alívio sintomático, de forma intermitente mais que de forma ocasional;

- no tratamento profilático asma moderada (valores de PFE entre 60% e 80% do calculado na fase basal, com 20% a 30% de variabilidade) – para pacientes que requerem medicação regular para o tratamento e pacientes que apresentam asma instável ou piora com a terapia profilática atualmente disponível ou com broncodilatador isolado;

- no tratamento profilático asma grave (valores de PFE inferiores a 60% do calculado na fase basal, com mais de 30% de variabilidade) – para pacientes com asma crônica grave. Muitos dos que dependem de corticosteroides orais para o controle adequado dos sintomas podem suportar uma redução significativa do uso desses corticosteroides, ou mesmo sua exclusão, após a introdução do propionato de fluticasona por via inalatória.

Crianças:

- a partir de 1 ano de idade que necessitam de medicação para prevenção da asma, incluindo-se os pacientes não controlados com a medicação profilática atualmente disponível no mercado.

  • Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)

- Estudos clínicos demonstram que o uso regular do propionato de fluticasona por via inalatória tem efeitos benéficos sobre a função pulmonar, reduzindo os sintomas da DPOC, a frequência e a gravidade das exacerbações e a necessidade de terapia adicional com corticosteroides orais. Observou-se também a redução da taxa de declínio do estado de saúde do paciente. [5]

  • Rinite Alérgica

- profilaxia e tratamento da rinite alérgica sazonal e perene, inclusive febre do feno, em adultos e crianças acima de 4 anos de idade, e para o controle da dor e da pressão sinusais associadas à rinite alérgica[6].


Ainda, o medicamento fluticasona é indicado para o tratamento dos sintomas nasais (rinorreia, congestão nasal, prurido e espirros) e dos sintomas oculares (prurido/ardência, lacrimejamento e vermelhidão) da rinite alérgica sazonal (em adultos e adolescentes acima de 12 anos de idade) e para o tratamento dos sintomas nasais (rinorreia, congestão nasal, prurido e espirros) da rinite alérgica perene (para adultos e crianças) [7].


Além disso, o medicamento fluticasona, ‘’na forma farmacêutica creme’’, é indicado para adultos e crianças a partir de 1 ano de idade, para o alívio de manifestações inflamatórias e pruriginosas de dermatoses suscetíveis a corticosteroides: dermatite atópica, psoríase (excluindo psoríase ou placa disseminada), dermatite de contato alérgica ou irritativa, redução do risco de recidiva de dermatite atópica crônica, uma vez que um episódio agudo tenha sido efetivamente tratado[8].

Informações sobre o medicamento

O medicamento fluticasona não pertence ao elenco de medicamentos e insumos da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

A RENAME contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio dos Componentes Básico, Estratégico e Especializado da Assistência Farmacêutica, além de determinados medicamentos de uso hospitalar. Conforme o art. 54 do Decreto nº 8.901, de 10 de novembro de 2016, a atualização da RENAME compete à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – CONITEC, a qual tem por objetivo assessorar o Ministério da Saúde nas atribuições relativas à incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde pelo SUS, bem como na constituição ou alteração de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas – PCDT.

Sendo assim, o referido medicamento, por não estar padronizado em nenhum dos Componentes da Assistência Farmacêutica, não é fornecido pelo Estado.


Entretanto, cabe salientar que todos os medicamentos e insumos fornecidos no âmbito do SUS, nos diferentes níveis de atenção à saúde, estão descritos na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), sendo classificados por Componentes da Assistência Farmacêutica, quais sejam Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF), Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) e Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (CESAF). Assim, o SUS disponibiliza uma vasta gama de medicamentos para diferentes patologias.

Os seguintes medicamentos (clique no nome do medicamento para consultar como ter acesso ao mesmo), os quais não necessariamente compõem a mesma classe farmacológica, mas possuem indicação para as mesmas patologias, estão disponíveis no âmbito do SUS pelo Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF) e pelo Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF): [9] [10]


  • Rinite Alérgica



Além dos medicamentos citados acima, deverá ser consultada a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais de cada município, pois conforme o Art. 27, §1º, do Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, os entes federativos poderão ampliar o acesso do usuário à assistência farmacêutica, desde que questões de saúde pública o justifiquem.

É importante ressaltar que, para qualquer substituição de medicamento, é imprescindível a análise do caso concreto do paciente e o consentimento do médico assistente.

Referências

  1. Grupo ATC Acesso 17/06/2019
  2. Código ATC Acesso 17/06/2019
  3. Classe Terapêutica - Registro ANVISA Acesso 17/06/2019
  4. Classe Terapêutica - Registro ANVISA Acesso 17/06/2019
  5. Bula do medicamento do profissional Acesso 08/06/2018
  6. Bula do medicamento do profissional Acesso 17/06/2019
  7. Bula do medicamento do profissional Acesso 17/06/2019
  8. Bula do medicamento do profissional Acesso 17/06/2019
  9. Formulário Terapêutico Nacional 2010 Acesso em 08/06/2018
  10. RENAME 2018 Acesso em 04/12/2018
  11. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Asma Acesso 08/06/2018
  12. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Acesso 08/06/2018
  • As demais referências utilizadas para elaboração deste medicamento constam em forma de link no decorrer do texto.