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O Relatório de Recomendação da CONITEC
== O Relatório de Recomendação da CONITEC ==
 
A fisioterapia há muito desempenha um papel importante no manejo respiratório da FC e teve que se adaptar às mudanças no padrão da doença desde a infância até a idade adulta. O papel do fisioterapeuta não se limita à desobstrução das vias aéreas, mas também inclui incentivo e aconselhamento sobre exercícios, postura e mobilidade, terapia inalatória e, nas fases posteriores do processo da doença, suporte respiratório não invasivo.
 
A fisioterapia é uma parte do tratamento da FC que pode ser muito difícil de ser cumprida, uma vez que requer regularidade ao longo da vida do paciente. Entretanto, a adesão ao tratamento é fundamental e as preferências, estilo de vida e personalidade do paciente devem sempre ser levadas em consideração.
 
Atualmente, existe uma gama de dispositivos fisioterápicos que conferem independência aos pacientes, tais como máscaras e equipamentos de pressão expiratória positiva, como as máscaras PEP/EPAP ou os dispositivos que operam com pressão oscilatória.
 
A escolha dos procedimentos fisioterápicos varia conforme a idade, preferência, motivação e gravidade da doença. Em bebês, são utilizadas técnicas assistidas, como a drenagem autógena assistida (DAA), drenagem postural modificada (DPM), percussão torácica, exercícios e posicionamentos para estimulação motora. Na idade pré-escolar, jogos de assopro, pressão positiva expiratória (PEP) e aparelhos oscilatórios podem ser iniciados. Acima de oito anos, a independência deve ser estimulada com técnicas apropriadas como ciclo ativo da respiração (CAR), PEP e drenagem autógena.
 
O guia brasileiro recomenda expressamente que as técnicas para remoção de secreções das vias aéreas sejam indicadas e utilizadas de acordo com a sintomatologia de cada paciente, e que os regimes de tratamento sejam flexíveis, individualizados e personalizados. A idade e o grau de comprometimento pulmonar irão direcionar as condutas, que sempre terão, como objetivo progressivo, a autonomia do paciente e independência da família. Para isso, o treinamento e a orientação constante, por parte do profissional da fisioterapia, são fundamentais tanto no tratamento rotineiro quanto nos períodos de exacerbação da doença.
A fisioterapia com equipamento fisioterápico de pressão expiratória positiva de uso individual, do tipo pressão expiratória positiva máscara (PEP)/pressão expiratória nas vias aéreas (EPAP) foram avaliadas. As comparações foram PEP/EPAP versus ciclo ativo da respiração, PEP/EPAP versus drenagem postural com percussão e vibração e PEP/EPAP versus drenagem autogênica. Os desfechos primários avaliados foram: melhora da função pulmonar por meio da espirometria e redução do número de exacerbações.
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