O "TDAH" - Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade, também denominado no espectro dos "transtornos hipercinéticos", começaram a ser descritos na literatura médica ainda no século XIX, embora com mudanças na nomenclatura. Na década de 1940, havia o conceito de "lesão cerebral mínima", que, na década de 1960, foi modificada para "disfunção cerebral mínima", reconhecendo-se que as alterações características da síndrome relacionam-se mais a disfunções em vias nervosas do que propriamente a lesões nas mesmas. <ref> [Rohde LA, Barbosa G, Polanczyk G, Eizirik M, Rasmussen ER, Neuman RJ, et al. Factor and latent class analyses of DSM-IV ADHD symptoms in a school sample of Brazilian adolescents. (manuscrito não publicado). ** Rohde LA, Biederman J, Zimmermann H, Schmitz M, Martins S, Tramontina S. Exploring ADHD age-of-onset criterion in Brazilian adolescents. Eur Child & Adolesc Psychiatry 2000;8.] </ref>
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, quinta edição (DSM-5), da Associação Americana de Psiquiatria (APA), o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é considerado uma condição do neurodesenvolvimento, caracterizada por uma tríade de sintomas envolvendo desatenção, hiperatividade e impulsividade em
um nível exacerbado e disfuncional para a idade. Os sintomas iniciam-se na infância, podendo persistir ao longo da vida.
Atualmente os sistemas principais sistemas diagnóstico e classificatórios utilizados em psiquiatria (CID- Classificação internacional das doenças, e DSM - Manual diagnóstico e estatísticos dos transtornos mentais), apresentam bastante similaridades nas diretrizes diagnósticas para o transtorno. Na CID-10 antes denominado "transtorno hipercinético", atualmente na CID-11 recebe a mesma nomenclaturas do DSV-IV e DSM-V, isto é, transtorno de déficit de atenção/hiperatividade.
Os estudos nacionais e internacionais situam a prevalência do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) entre 3% e 6%, sendo realizados com crianças em idade escolar na sua maioria. Especialmente em quadros mais severos, há impacto social significativo, considerando o o estresse nas famílias, o prejuízo nas atividades acadêmicas e vocacionais, bem como efeitos negativos na autoestima das crianças e adolescentes, que apresentam um risco aumentado de desenvolverem outras enfermidades psiquiátricas.
== DIAGNÓSTICO ==