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Reabilitação Neurológica

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A reabilitação neurológica é embasada no conceito de neuroplasticidade, bastante estudada nos últimas decádas. Diz respeito a capacidade do sistema nervoso se reorganizarem funcionalmente após uma injúria ou diante de uma lesão, e pode ser estimulada por diferentes técnicas.
A neuroplasticidade neuronal é tão instigante que, muitas vezes, um estímulo específico para auxiliar numa desabilidade pode melhorar outra debilidade - por exemplo, estimulos motoroes podendo auxiliar no desempenho linguístico em síndromes afásicas, e atividades físicas prevenindo e mesmo melhorando quadros demenciais.
Mas a reabilitação neurológica não se restringe ao que é aplicado dentro dos serviços. Os profissionais devem auxiliar o paciente e familiares quanto à exposição frequente a estímulos que auxiliam na neuroplasticidade. Os domicílios, locais de trabalho e outros ambientes de uso frequente devem ser adaptados para a melhor utilização dos pacientes, visando ao mesmo tempo independência e estímulo neuronal. Modificações podem envolver ampliação de portas e passagens, instalação de barras de apoio em banheiros e outros ambientes, etc. - a ambientação do paciente é um determinante importante para recuperação dos déficits.
 
Entre os inúmeros métodos de reabilitação física, especialmente, por lesões neurológicas, alguns que foram difundidos por seus idealizadores se tornaram mais conhecidos, tais como "Bobath", "Doman-Delacato", "Rood", "Petö", "Temple-Fay", "Voyta", "Phelps", "Knott", etc, cada técnica com alguma variação dentro das suas concepções neurofisiológicas. Existe até mesmo a "Wii Reabilitação" é a denominação que tem sido empregada à utilização do "videogame Nintendo® Wii.
cordões elásticos de borracha, uma armação retangular, como uma gaiola metálica, quadriculada e quadrangular (spider). As crianças têm a vestimenta ajustada e adaptada com velcros. Os cordões elásticos, aproximadamente 4 de cada lado, sustentam o corpo do paciente, em posição ereta, de bipedestação. Cada fio é mantido preso na parte externa, na gaiola e, o outro, interno na vestimenta da porção corporal, o que permite ao paciente permanecer em bipedestação, manter-se e desenvolver a noção do corpo em pé e coordenação, como de formular a locomoção, assim como, o tratamento fisioterápico de outros movimentos globais ou parciais. A armação permite à criança e, ao fisioterapeuta, atuarem na sua porção central da armação, com sua vestimenta e elásticos interligados, como uma “órtese alongável”, uma “órtese mole”.
Cada método, pelas váriações técnicas, pelas diferentes lesões causais, não permitem que seus resultados sejam comparáveis entre si, em virtude das diferentes etiologias, topografias e quadros clínicos em diferentes sequelas.
A real frequência das sessões terapêuticas, tem grande influência e importância no resultado, peloque a aplicação diária ou semanal, proporcionam maior chance de um resultado mais satisfatório, oqual pode ser sempre variável em cada paciente e em cada caso. As dificuldades ou limitações dasterapêuticas fisioterápicas ou outras, podem determinar reduções ou limitações dos benefícios.A fisioterapia atua desenvolvendo e melhorando a força, amplitude, alongamento musculoarticular,ação vestibular, equilíbrio, tônus, sensibilidade superficial e profunda (artrestesica ouproprioceptiva), funções dos órgãos dos sentidos, funções cognitivas etc. Através dos exercíciosrepetitivos, específicos, procura-se desenvolver novos caminhos para as vias anatomo-funcionais dosistema nervoso e de acordo com o objetivo, procurar desenvolver suplências funcionais dosneurônios, tentando também substituir as vias parcialmente comprometidas, melhorar as alteraçõesdecorrentes do desuso, da falta de estímulos, pouca ou reduzida atividade na vida diária.Sabemos, que as estruturas celulares nervosas são muito complexas, sensíveis neurologicamente,com funções topográficas específicas e importantes, funcionalmente. As células nervosas são derara e difícil reprodução, multiplicação ou regeneração, do que decorre ser fundamental evitar-se alesão. A atuação terapêutica medicamentosa e, especialmente, a fisioterapia precoce, são muitorelevantes no processo de reabilitação.O método “PediaSuit” no Paraná ainda está incipiente, embora o Hospital Pequeno Príncipedisponha de um modelo em uso com um fisioterapeuta especializado atuante, como em outrastécnicas.Fisioterapeutas aplicam este método e outros por recomendação médica, nas sequelas dos AVC,Paralisia Cerebral, Paraplegias, Hemiplegias, Artropatias, Miopatias, Hipoxia, Traumas, Deficiênciasmentais etc., ampliando novas indicações. Cada um dos vários métodos apresenta variações domaterial técnico, acessórios, tendo um custo econômico maior ou menor (como bola, roupagem,sapato, tatame, armações, canulas, orteses, próteses com vários objetivos facilitadores ouapoiadores as disfunções.Mesmo sendo um método útil nas disfunções, o “PediaSuit”, tem boa indicação nas lesões edisfunções neurológicas, mas não devemos relegar a importância que continuam tendo os outrosmétodos já citados e disponíveis no nosso meio.Os métodos, no geral, utilizam partes, se mesclam, combinam, misturam com associações entre si,de acordo com o interesse específico da disfunção. Os princípios de atuação das técnicasreabilitadoras, da fisioterapia e neurofisiologia, se associam, mesmo tendo variações. A função docorpo humano é sempre igual, variando nas disfunções e lesões.Cada método utiliza mecanismos ou meios que complementam a cinesioterapia, principalmente noalongamento das retrações, osteoarticulares, desenvolvimento da forma e coordenação comacessórios de uso ou treino, de botas, elásticos, roldanas, cordas, roupas especiais, armações, etc.
A equoterapia têm sido há anos, usada como complementação à fisioterapia por longos períodos.
Quanto mais sessões e variações são programadas e executadas, melhor, em regra os resultados,que devem ter apoio, principalmente, de familiares e técnicos. Especificamente a Pediasuit, Theratogs ou Therasuit, são meios, como outros, capazes de produzirbenefícios aos pacientes limitados neurologicamente, articularmente ou musculusarmente. Aassociação de elementos (acessórios) em cada método é um procedimento adequado, desejável ecomum na prática a bastante tempo.É fundamental que a família seja esclarecida adequadamente sobre os possíveis benefícios eprognóstico da aplicação de qualquer método. Também, que os familiares participem da terapia,além da que seja realizada pelo fisioterapeuta. Ao paciente e família deve ser adequadamenteexplicado o que lhe será oferecido, a finalidade e o prognóstico, redução do custo, da monotonia darepetição diária. As vezes férias são necessárias.A atuação reabilitadora deve sempre ser aplicada por uma equipe multidisciplinar.(Neurologista,Ortopedista, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Terapeuta Ocupacional, Pediatra e Psicólogo), de cordocom as disfunções.Nenhum Conforme o conslheiro do CRM/PR, Dr. Ehrenfried Othmar Wittig, de cujo parecer se embarsou maior parte das informações acima, "nenhum método é curativo, tem um grau de resolução variável, especialmente, com a intensidade elocalização da lesão e, basicamente, sempre a longo prazo. Não existem métodos mágicos oumilagrosos".É o parecer. s.m.j.   Mas a reabilitação neurológica não se restringe ao que é aplicado dentro dos serviços. Os profissionais devem auxiliar o paciente e familiares quanto à exposição frequente a estímulos que auxiliam na neuroplasticidade. Os domicílios, locais de trabalho e outros ambientes de uso frequente devem ser adaptados para a melhor utilização dos pacientes, visando ao mesmo tempo independência e estímulo neuronal. Modificações podem envolver ampliação de portas e passagens, instalação de barras de apoio em banheiros e outros ambientes, etc. - a ambientação do paciente é um determinante importante para recuperação dos déficits.  
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