Ablação térmica por radiofrequência

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Introdução

O câncer colorretal se desenvolve no intestino grosso e é um dos tumores malignos mais comuns do sistema gastrointestinal. A prevalência mundial do câncer colorretal foi estimada em 10% da população em 2020 e sua incidência vem aumentando ao longo dos anos. O câncer colorretal é o segundo tipo de câncer relacionado a maior mortalidade e a 9,4% das mortes por câncer, ficando s somente do câncer de pulmão.

É uma doença tratável e frequentemente curável quando localizada no intestino (sem extensão para outros órgãos) por ocasião do diagnóstico. A recorrência após o tratamento cirúrgico é um relevante evento clínico no curso da doença, constituindo-se nestes casos, em geral, na causa primária de morte. A maioria das mortes é decorrente da doença metastática, sendo o fígado o local mais comum de metástase. As metástases hepáticas estão presentes em 20% a 35% dos pacientes no momento do diagnóstico, sendo que mais da metade dos pacientes com câncer colorretal desenvolve metástases hepáticas durante a progressão da doença. Outros dados mostram que, quando as metástases hepáticas não são controladas, a sobrevida média desses pacientes é de 12 a 15 meses, enquanto a sobrevida em cinco anos é inferior a 5%.

Tratamento recomendado

O padrão de tratamento para os casos metastáticos (doença em estágio IV) consiste na terapia sistêmica e/ou ressecção cirúrgica.

Em geral, a terapia sistêmica, quando aplicada de forma isolada, não é curativa e não produz aumento significativo na sobrevida de longo prazo.

Por outro lado, o tratamento de quimioterapia pré-operatório da ressecção hepática pode ser considerado em pacientes com doenças ressecáveis, inicialmente sem indicação para ressecção, com intuito de reduzir as taxas de recorrência.

A ressecção cirúrgica é recomendada para metástases hepáticas isoladas, com o objetivo de melhorar a sobrevida livre de recidiva e sobrevida global. Dados de 1.012 pacientes submetidos à ressecção hepática mostraram uma taxa de sobrevida em cinco anos de 18,9% e de 15,8%, em dez anos. Neste estudo, após o primeiro ano, a taxa de mortalidade dos pacientes ressecados, em comparação com a população geral, começou a diminuir até se aproximar de zero, após seis anos da cirurgia.