Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (CESAF) - Hanseníase

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Informações gerais

A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, que afeta principalmente a pele e os nervos periféricos. Caracteriza-se por manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas com alteração ou perda de sensibilidade térmica, dolorosa ou tátil. Outros sinais incluem áreas da pele com diminuição de pelos e suor, sensação de formigamento, dormência, diminuição da força muscular e presença de nódulos.

A transmissão ocorre principalmente pelas vias aéreas superiores, através de gotículas eliminadas por indivíduos com hanseníase multibacilar não tratados. O período de incubação é longo, variando de dois a sete anos.

O diagnóstico é clínico, baseado na identificação de um ou mais dos seguintes sinais cardinais: a) Lesões de pele com alteração de sensibilidade; b) Espessamento de nervos periféricos com alterações sensitivas, motoras ou autonômicas; c) Presença de bacilos na baciloscopia de esfregaço intradérmico.

A hanseníase tem cura, e o tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da poliquimioterapia (PQT), composta por uma associação de antibióticos. Devido ao seu potencial incapacitante e ao estigma associado, é fundamental o diagnóstico precoce e o tratamento adequado para prevenir sequelas e promover a reintegração social dos pacientes [1][2].

Tratamento dos casos diagnosticados

O tratamento é realizado em regime ambulatorial, independente da classificação operacional da hanseníase, nas unidades básicas de saúde, ou ainda, desde que notificados e seguidos todas as ações de vigilância, em serviços especializados, hospitais públicos, universitários e/ou clínicas.

Deve ser assegurado, obrigatoriamente, tratamento adequado a todos os doentes por parte dos serviços públicos de saúde.

Os serviços de saúde devem garantir orientação e recursos anticoncepcionais para as mulheres em tratamento de hanseníase ou em episódios reacionais mesmo após o término da poliquimioterapia (PQT), principalmente aquelas que possam eventualmente precisar fazer uso de medicamentos com efeitos teratogênicos, em cumprimento da Lei nº 10.651, de 16 de abril de 2003 que dispõe sobre o controle do uso da talidomida.

Após eventual necessidade de hospitalização, o doente deverá continuar o seu tratamento em regime ambulatorial, em sua unidade de saúde de origem [3].

Tratamento

O tratamento da hanseníase é realizado através da associação dos medicamentos (poliquimioterapia - PQT):

Além dos medicamentos citados acima a Secretaria Estadual da Saúde de Santa Catarina apresenta na lista de medicamentos estratégicos os seguintes insumos ofertados aos pacientes com hanseníase [4]:

Clique aqui para consultar o esquema terapêutico recomendado pelo Ministério da Saúde.

Referências

  1. Ir para cima Ministério da Saúde: Hanseniase
  2. Ir para cima Biblioteca Virtual em Saúde: Hanseniase
  3. Ir para cima Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Hanseníase
  4. Ir para cima Relação de medicamentos e insumos do Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (CESAF) - SES/SC