Rasagilina

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Índice

Classe terapêutica

Inibidor seletivo e irreversível da enzima MAO-B.

Nomes comerciais

Azilect

Principais informações

Rasagilina é um seletivo e irreversível inibidor da Monoamino oxidase B (MAO-B) que pode ser usado tanto como monoterapia ou como terapêutica adjuvante da levodopa. [1]

É utilizado para tratar a doença de Parkinson, que é uma desordem progressiva do cérebro onde provoca tremores, lentidão de movimentos e rigidez muscular.

As monoamina oxidases, MAO-A e MAO-B, são isoenzimas presentes na membrana das mitocôndrias de células neuronais e não neuronais, cuja principal função in vivo é catalisarem a desaminação oxidativa de diversas aminas biogênicas, como monoaminas neurotransmissoras e neuromoduladoras (dopamina, noradrenalina, adrenalina, serotonina) relacionadas com o movimento, a cognição, o comportamento, e que são essenciais à neurotransmissão no sistema nervoso central. Devido aos seus papéis no metabolismo das catecolaminas neurotransmissoras, MAO-A e MAO-B são consideradas farmacologicamente interessantes, e inibidores reversíveis e irreversíveis destas isoformas são usados clinicamente para tratar doenças neurológicas incluindo a doença de Parkinson. [2]

Alertas Sanitários EMA e FDA

Segundo consta na Agência Médica Européia (EMA -2016), rasagilina só pode ser obtido com receita médica e não deve ser usado em pacientes com graves problemas de fígado.

Rasagilina foi estudada em três estudos principais que envolveram um total de 1.563 pacientes com doença de Parkinson. No primeiro estudo, duas doses diferentes de rasagilina tomadas isoladamente foram comparadas a placebo em 404 pacientes com estágio inicial. Os outros dois estudos envolveram um total de 1.159 pacientes com doença em fase posterior, em que a Rasagilina foi adicionada ao tratamento existente dos pacientes incluindo a levodopa. Ela foi comparada ao placebo ou entacapona. Os estudos duraram 26 e 18 semanas, respectivamente. Rasagilina foi mais eficaz do que o placebo em todos os estudos. [3]

Rasagilina é contra-indicado para uso com meperidina, tramadol, metadona, propoxifeno e inibidores da MAO (IMAO), incluindo outros inibidores seletivos da MAO-B, por causa do risco de síndrome serotoninérgica. Pelo menos 14 dias devem decorrer entre descontinuação de rasagilina e início do tratamento com esses medicamentos. É contra-indicado para uso com erva de São João e com a ciclobenzaprina, além disso, também é contra-indicado para uso com dextrometorfano por causa do risco de episódio de psicose ou comportamento bizarro. Não há antídoto específico para casos de overdose. [Disponível em: http://www.accessdata.fda.gov/drugsatfda_docs/label/2014/021641s016s017lbl.pdf. Acesso em 07/06/2016]

Padronização no SUS

O fármaco Rasagilina não está padronizado em nenhum dos programas do Ministério da Saúde, o qual é responsável pela seleção e definição dos medicamentos a serem fornecidos pelos referidos programas.

Informações sobre o medicamento/alternativas

Alternativamente o Ministério da Saúde através do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, disponibiliza aos pacientes portadores de doença de Parkinson (CID 10 G20), segundo critérios estabelecidos no Protocolo e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde, os medicamentos Selegilina, Pramipexol, Amantadina, Levodopa + carbidopa, Levodopa + benserazida, Biperideno, Triexifenidil, Bromocriptina, Entacapona e Tolcapona.

Acesso ao Componente Especializado de Assistência Farmacêutica - CEAF

Referências

  1. PISTACCHI, Michele et al. Rasagiline and Rapid Symptomatic Motor Effect in Parkinson’s Disease: Review of Literature. Neurology and therapy, v. 3, n. 1, p. 41-66, 2014.
  2. Repositório da Universidade de Lisboa. Faculdade de Farmácia (FF) - Dissertações de Mestrado. autora: Telma Carina Tomé dos Reis (2012).
  3. Disponível em: http://www.ema.europa.eu/docs/en_GB/document_library/EPAR_-_Summary_for_the_public/human/000574/WC500030044.pdf. Acesso em 17/05/2016