Bupropiona, cloridrato
Índice
Classe terapêutica
Antidepressivo (inibidor da recaptação de dopamina), antitabagismo
Nomes comerciais
Bup, Bupogran, Bupium, Noradop, Wellbutrin, Zetron, Zyban
Principais informações
Seu mecanismo de ação não é igual ao dos tratamentos de reposição de nicotina. Presume-se que a bupropiona interage com duas substâncias químicas no cérebro, chamadas de noradrenalina e dopamina, que estão relacionadas com dependência e abstinência, além de transtornos depressivos. Portanto, é um medicamento indicado na interrupção do tabagismo e como antidepressivo [1].
Também vem sendo utilizada (uso "off-label") no tratamento do Transtorno bipolar [2].
Padronização no SUS
Portaria GM nº 1.035 de 31 de maio de 2004
Informações sobre o medicamento/alternativas
A Bupropiona está disponível nas unidades locais de saúde (postos de saúde), através do Programa Nacional de Controle do Tabagismo, o qual é regulado pela Portaria GM nº 1.035 de 31 de maio de 2004, regulamentada pela Portaria SAS/MS/ nº 442 de 13 de agosto de 2004. De acordo com esta Portaria, o financiamento, a aquisição e distribuição deste medicamento são de responsabilidade do Ministério da Saúde.
Antidepressivo:
Como antidepressivo, a bupropiona não está padronizada em nenhum dos programas do Ministério da Saúde, o qual é responsável pela seleção e definição dos medicamentos a serem fornecidos pelos referidos programas. Por esse motivo, não poderá ser disponibilizada no momento.
Alternativamente, algumas unidades locais de saúde (postos de saúde) disponbilizam os antidepressivos amitriptilina 25mg, clomipramina 10 e 25mg, fluoxetina 20mg e nortriptilina 10, 25, 50 e 75mg, pois são integrantes da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) 2014. A aquisição e distribuição destes medicamentos é responsabilidade dos municípios, os quais recebem recursos financeiros das três esferas em gestão.
Estes são os antidepressivos mais extensivamente estudados. Estudos demonstram que os vários antidepressivos apresentam eficácia equivalente em grupos de pacientes, quando administrados em doses comparáveis. Como não se pode prever qual antidepressivo será o mais efetivo para um determinado paciente, a escolha é feita empiricamente. A falha na resposta com uma classe de antidepressivo ou com um antidepressivo de uma classe não serve para predizer uma não-resposta à outra classe ou outro fármaco dentro de uma classe. Em adição às intervenções farmacológicas, a psicoterapia deveria ser empregada.
Transtorno Bipolar:
Para o tratamento do transtorno bipolar, algumas unidades locais de saúde (postos de saúde) disponibilizam o fármaco carbonato de lítio, que é integrante da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) 2014. A aquisição e distribuição deste medicamento é responsabilidade dos municípios, os quais recebem recursos financeiros das três esferas em gestão.
Vale ressaltar que o carbonato de lítio ainda é o fármaco de primeira escolha no tratamento do distúrbios bipolares e evidencias relatadas indicam que o grande questionamente quanto à eficácia deste fármaco se deve a queda de lucros por parte da indústria em comercializar este medicamento [3].
Referências
- ↑ ANVISA, Bulário Eletrônico online, 2012
- ↑ LACY, C. F.; ARMSTRONG, L. L.; GOLDMAN, M. P. Drug Information Handbook, 12 ed. Lexi Comp: EUA, 2004.
- ↑ ROSENTHAL NE. Lithium: an orphan drug. Arch Gen Psychiatry, 2002