Mudanças entre as edições de "Calprotectina fecal"

De InfoSUS
Ir para: navegação, pesquisa
(Criou página com '== Introdução == A Doença de Crohn (DC) é uma doença inflamatória intestinal (DII) resultante da ativação imune inadequada da mucosa. É caracterizada como uma doenç...')
 
(Diagnóstico)
Linha 20: Linha 20:
 
'''Atualmente estão disponíveis no SUS:  
 
'''Atualmente estão disponíveis no SUS:  
  
- ileocolonoscopia
+
- '''ileocolonoscopia'''
  
- ressonância magnética
+
- '''ressonância magnética'''
  
- tomografia computadorizada
+
- '''tomografia computadorizada'''
  
- exames laboratoriais como hemograma, PCR e VHS'''
+
- exames laboratoriais como '''hemograma, PCR e VHS''''''

Edição das 18h45min de 27 de junho de 2025

Introdução

A Doença de Crohn (DC) é uma doença inflamatória intestinal (DII) resultante da ativação imune inadequada da mucosa. É caracterizada como uma doença crônica, sem etiologia conhecida e sem cura, sendo suas principais características a presença de lesões salteadas, assimétricas, transmurais ou granulomatosas ao longo do íleo, cólon e região perianal, permitindo que ela se apresente sob três formas: inflamatória, fistulosa e fibroestenosante.

Por ser uma doença inflamatória crônica e sem cura, a história natural da DC é marcada por períodos de manifestações agudas e remissões e o seu tratamento consiste em abordagens com os objetivos principais de induzir e manter o controle sintomático, além de melhorar a qualidade de vida e minimizar as complicações a curto e longo prazo. As abordagens terapêuticas mais recentes incluem a indução e manutenção da cicatrização histológica da mucosa, possibilitando uma mudança da história natural da DC.

Diagnóstico

De maneira geral, o diagnóstico das DII é realizado a partir de uma avaliação combinada das características clínicas com achados endoscópicos, histopatológicos, laboratoriais e de imagem.

Em relação às características clínicas, os sinais mais comuns observados em pacientes com DC incluem: febre, palidez, caquexia, massas abdominais, fístulas e fissuras perianais. Além disto, os sintomas mais comuns observados no momento do diagnóstico são: diarreia seguida por sangramento, perda de peso e dor abdominal.

Apesar de haver a necessidade de investigações mais aprofundadas para compreender a localização e a extensão da DC, a confirmação diagnóstica por meio da realização da ileocolonoscopia está bem estabelecida, além de técnicas radiológicas, como enteroressonância magnética e enterotomografia computadorizada, que podem ser úteis, principalmente em casos de lesões leves. Em alguns casos, o uso de cápsulas endoscópicas e enteroscopias são aconselháveis, como é o caso de pacientes com sintomas característicos e falha no diagnóstico radiológico.

Ademais, as análises laboratoriais contribuem na avaliação de sinais de resposta inflamatória aguda e/ou crônica, presença de anemia e sinais de desnutrição ou má absorção intestinal. Para isso, as investigações iniciais podem envolver: hemograma completo, PCR, CF e VHS. A PCR e a VHS são substitutos padrão da resposta de fase aguda à inflamação, sendo que a PCR se correlaciona com alterações na atividade inflamatória devido à sua meia-vida curta de 19 h. O mesmo é válido para a calprotectina fecal (CF), com destaque para a sua capacidade preditiva em decidir qual paciente deve ser submetido a uma investigação endoscópica.

Atualmente estão disponíveis no SUS:

- ileocolonoscopia

- ressonância magnética

- tomografia computadorizada

- exames laboratoriais como hemograma, PCR e VHS'