Alterações

DMRI

6 316 bytes adicionados, 30 maio
Tratamentos disponíveis no SUS
A Degeneração Macular Relacionada ==Informações sobre a Idade (DMRI) pode ser definida como um grupo de alterações degenerativas em pacientes com mais de 50 anos de idade que afetam a retina. Estas alterações podem estar associadas à atrofia do epitélio pigmentar da retina (EPR) e caracterizam a '''forma seca, não-neovascular ou não-exsudativa da doença, que é a forma mais comum''', acometendo 85% a 90% dos pacientes com DRMI, mas que não ''tem indicação para o tratamento com antiangiogênicos''.==
Pode ocorrer ainda neovascularização da membrana subretiniana, que corresponde A Degeneração Macular Relacionada à '''forma úmida, exsudativa ou neovascular''' da Idade (DMRI) é uma doença, responsável pela maior parte dos casos em que há perda acentuada da acuidade visual. Há um crescimento de neovasos que invade a retina. Estes friáveis e fenestrados neovasos permitem extravazamento de fluidos, lipídeos degenerativa e sangue no interior da retina e consequentemente formação de tecido fibroso, progressiva que define o estágio final da DRMI da forma úmida. A mácula é acomete a porção área central da retina, avascular e responsável pela visão detalhada e central; e é esta a parte do olho afetada pela DMRI.Evidências científicas indicam que o fator de crescimento endotelial vascular A (VEGF-A) é o mediador mais importante da angiogênese e do extravazamento na DRMI exsudativa. [[Ranibizumabe]] é atualmente o único anticorpo monoclonal anticrescimento endotelial de uso exclusivamente ocular (intra-vítreamácula), aprovado pela ANVISA para tratamento levando frequentemente aO comprometimento da forma exsudativa da DRMI. Entretanto estudos científicos recentes confirmaram que o tratamento com [[Bevacizumabe]] (Avastin®) é igualmente efetivo ao ranibizumabe, mas é mais custo-efetivo. O custo do medicamento [[ranibizumabe]] para aplicação intra-vítrea é cerca de 40x mais caro que o custo do [[bevacizumabe]]visão central.
== Justificativas para o tratamento da DMRI com antiangiogênico==A DMRI pode afetar um ou os dois olhos. Como é uma doença que leva a uma disfunção progressiva da mácula, embora reduza a visão na parte central da retina, raramente prejudica a visão lateral ou periférica. Embora todos os tratamentos disponíveis sejam limitados, eles causam impacto favorável na qualidade de vida o que justifica a sua utilização. A combinação de tratamentos disponíveis tem possibilitado melhores resultados que a monoterapia. Novas modalidades de tratamento estão em avaliação. Mas uma vez que a fase cicatricial da doença se instala, a perda da visão central é irreversível.Pode ser classificada como:
== Monitorização da DMRI ==O monitoramento do tratamento deve ser obrigatoriamente acompanhado pela medida mensal da acuidade visual corrigida. A principal medida a ser observada é o ganho de linhas de visão ou pelo menos a manutenção. A realização do exame de Angiofluoresceinografia / Angiografia Fluoresceínica - seca (AFG85%-90% dos casos) é obrigatória para definição do critério : ocorre a formação de inclusão drusas e alterações no programa.Deverá ser realizada Tomografia de coerência óptica epitélio pigmentar da retina (OCTEPR) , podendo evoluir para acompanhamento da evolução da DMRI. Alguns protocolos prevêem realização de OCT no dia 0 e nos meses um, dois, três, cinco, oito, doze e vinte e quatro, entretanto outros indicam a realização mensal do mesmo. Cabe ao oftalmologista decidir para cada caso o momento da realização do exame. Só haverá indicação de reaplicação se houver enquadramento do caso nos CRITÉRIOS DE CONTINUIDADE, descritos abaixo e se passado 30 dias da aplicação anterior.estágio final denominado atrofia geográfica;
== Tratamentos para DMRI - exsudativa, neovascular ou úmida (10%-15% dos casos): ocorre a formação de membrana neovascular (outrosMNV) ==* '''Terapia , sendo responsável por 90% dos casos de fotocoagulação cegueira (acuidade visual - AV igual ou inferior a laser''': Reservada 20/200). O aumento da permeabilidade do complexo neovascular causa extravasamento do conteúdo do plasma para as membranas extras ou justafoveais que não ameaçam o centro diferentes camadas da fóvea; retina, gerando dano às células neurais e formação de cicatriz sub-retiniana.
* '''Terapia fotodinâmica com [[verteporfirina]] (Visudyne)''': Consiste na administração intravenosa do agente foto-sensitizante seguida da aplicação de luz de comprimento de onda específico ao tecido afetado, visando desencadear uma reação fotoquímica com subseqüente dano endotelial e trombose da trama neovascular. Os critérios para A DMRI é a indicação são angiográficos, levando-se em conta também a presença principal causa de sinais de progressão recente (hemorragia, aumento da lesão ou piora da acuidade visual cegueira irreversível em visitas consecutivas). Os pacientes devem ser avaliados após qualquer tratamento (inicial ou subseqüente) em no máximo três meses para que se determine se há vazamento à AFG e necessidade indivíduos com mais de retratamento50 anos nos países desenvolvidos. Uma porcentagem significativa dos casos tratados apresenta persistência, recanalização ou formação de outra rede neovascular. Estudos recentes têm mostrado que o uso combinado da terapia fotodinâmica com verteporfina e injeção intravítrea de triancinolona pode reduzir a frequência de retratamentos e levar a um resultado visual melhor;
* '''[[Triancinolona]]''': Potencializador do tratamento das doenças da retina que têm em comum a proliferação Os fatores de neovasos, risco para o crescimento desenvolvimento de membranas neovasculares DMRI englobam aumento da idade, etnia caucasiana, aterosclerose, tabagismo e o edemacertos polimorfismos genéticos. O acetato A identificação de Triancinolona não possui indicação aprovada pela ANVISA fatores de risco e da doença em seu estágio inicial e o encaminhamento ágil e adequado para o tratamento atendimento especializado dão à Atenção Básica um caráter essencial para um melhor resultado terapêutico e prognóstico dos casos. <ref>[https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/20221216_pcdt-dmri.pdf Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da DMRI. Dessa forma seu uso é off label no Brasil; Degeneração Macular Relacionada à Idade] Acesso em 03/01/2023</ref>
* '''Macugen ([[Pegaptanib sódico]])''': Inibidor do fator de crescimento endotelial: Pode ser utilizado em praticamente todos os portadores da forma úmida == Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da DMRI. Além da eficiência na supressão e controle de neovasos, conseguiu melhorar a acuidade visual na maioria dos casos. Entretanto, apenas 6% dos pacientes apresentaram melhora de três ou mais linhas de acuidade visual. Sua distribuição está, no momento, suspensa no Brasil; ==
* '''A [[Bevacizumabe]]'''https: Antiangiogênico liberado pela ANVISA para o tratamento //www.gov.br/conitec/pt-br/midias/relatorios/portaria/2022/20221216_portaria_conjunta_n_24_saes_sctie_ms.pdf Portaria Conjunta SAES/SCTIE/MS nº 24, de carcinoma 7 de cólon ou reto, mama e pulmão, atua inibindo a formação dezembro de neovasos2022] aprovou o [https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/20221216_pcdt-dmri. Comprovou em estudo científico recente ser tão eficiente quanto [[ranibizumabe]] no pdf Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para o tratamento de DMRI úmida, mas com menor custo, entretanto não há liberação da ANVISA para seu uso em DMRI (off label)].
* '''Tratamento cirúrgico da DMRICritérios de inclusão:''': Apresenta resultados limitados. A translocação macular é realizada em alguns centros, mas apresenta alto índice de complicações. A remoção cirúrgica das membranas, além da complexidade do procedimento, é útil apenas para pequeno grupo de pacientes.
== Critérios de elegibilidade do paciente Serão incluídos no PCDT para tratamento com injeções intravítreas os pacientes com DMRI para tratamento inicial exsudativa que tenham mais de 60 anos, com antiangiogênico ==Acuidade melhor '''acuidade visual (AV) corrigida maior igual ou superior a 20/400 e igual ou inferior a 20/320 30, que apresentam lesão neovascular sub ou justafoveal confirmada por angiografia fluoresceínica ou tomografia de coerência óptica (utilizar tabela de medida em pésTCO'''). Deve constar no relatório médico a evolução da acuidade visual, com última medida efetuada há menos de 1 mês da indicação do tratamento. Diagnóstico de DMRI, forma exsudativa, documentado através de exames subsidiários – OCT e/ou AFG.os seguintes achados:
== Critérios de inelegibilidade do paciente com DMRI para tratamento inicial com antiangiogênico ==a. DMRI na forma seca; b. Alergia (hipersensibilidade) ao fármaco.c. Infecção, ainda que suspeita, no olho ou ao redor deste; dor - à angiografia fluoresceínica: formação neovascular clássica ou vermelhidão no olhooculta; d. Acuidade visual corrigida menor que 20/320.
== Critérios de continuidade para o tratamento com antiangiogênico ==Após - à TCO: lesão hiper-refletida sub-retiniana associada a primeira etapa líquido sub ou intrarretiniano, ou descolamento do tratamento EPR (os três primeiros mesesDEP)associado a líquido sub ou intrarretiniano sem outra causa aparente além de membrana neovascular oculta, o tratamento poderá ser continuado se houver:ou lesão tipo RAP associada a líquido intrarretiniano ou DEP;
• Perda Pacientes com '''membranas extrafoveais''' devem ser tratados conforme o protocolo de até 2 linhas na tabela de Snellen da melhor acuidade visual corrigida quando comparado à acuidade visual inicial;• Aumento do edema macular (aumento da espessura central da retina ≥ 100 micrômetros(µm) na OCT;• Nova hemorragia macular;• Nova área de neovascularização clássica de coróide pela angiofluoresceinografia ou persistência de líquido intra-retiniano pelo OCT durante pelo menos 1 mês após a última aplicação de antiangiogênicotratamento por '''fotocoagulação.'''
* '''Critérios de exclusão:''' Serão excluídos do Protocolo de tratamento com antiangiogênicos pacientes com DMRI que apresentarem toxicidade (intolerância, hipersensibilidade ou outro evento adverso) ou contraindicação absoluta ao uso dos respectivos medicamentos ou procedimentos preconizados no Protocolo, e os pacientes que apresentarem '''membrana neovascular com cicatriz disciforme envolvendo a área foveal que impossibilite melhora significativa da acuidade visual, ou AV inferior a 20/400 ou superior a 20/30.''' ==Diagnóstico da DMRI== * '''Diagnóstico clínico:''' realizado por meio de exame oftalmológico completo e, principalmente, por biomicroscopia do segmento posterior. Os achados de alterações maculares incluem: drusas, alterações pigmentares do EPR, hemorragia e exsudatos duros intra- ou sub-retinianos, descolamento seroso da retina, descolamento do EPR, lesões fibróticas e atrofia geográfica. Os principais sintomas são a piora da visão central e a metamorfopsia. * '''Diagnóstico complementar:''' a retinografia fluorescente (RF) ou angiografia fluoresceínica e tomografia de coerência óptica (TCO) são os exames complementares preconizados para avaliação do paciente com DMRI exsudativa. Além de serem importantes na confirmação do diagnóstico, podem localizar anatomicamente a lesão neovascular, servindo de base para uma melhor escolha e monitorização do tratamento. == Critérios Tratamentos disponíveis no SUS == * Fotocoagulação ''a laser''; * '''Medicamentos de uso intravítreo no SUS:''' A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – [[CONITEC]] publicou o [https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/relatorios/2021/20210510_relatorio_608_aflibercepte_e_ranibizumabe_dmri.pdf Relatório de Recomendação nº 608], aprovado pelo Ministério da Saúde por meio da [https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/relatorios/portaria/2021/20210510_portaria_18.pdf Portaria SCTIE/MS nº 18, de 7 de maio de 2021], com a decisão de incorporar o aflibercepte e ranibizumabe para tratamento de Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) neovascular em pacientes acima de 60 anos, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, conforme Protocolo do Ministério da Saúde e Assistência Oftalmológica no SUS. A [https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-gm/ms-n-638-de-28-de-marco-de-2022-389266816 Portaria GM/MS nº 638, de 28 de março de 2022], incluiu o procedimento 03.03.05.023-3 Tratamento Medicamentoso de Doença da Retina, que consiste na aplicação intravítrea de medicamento antiangiogênico para tratamento da Degeneração Macular Relacionada à Idade – DMRI (CID10 H35.3) e do Edema Macular associado à Retinopatia Diabética (CID10 H36.0), que deverá ser realizado conforme Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da [https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/20221216_pcdt-dmri.pdf DMRI] e da [https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/20211220_portal_retinopatia_diabetica.pdf Retinopatia Diabética] do Ministério da Saúde. O procedimento binocular inclui a injeção intravítrea.  '''Na reunião de março de 2022 da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) de Santa Catarina, ocorreu a aprovação da inclusão deste procedimento na Programação de Cirurgias Eletivas, retificando a [https://www.saude.sc.gov.br/index.php/legislacao/deliberacoes-cib/deliberacoes-2021-cib/17780-008-02-2021-campanha-de-cirurgias-eletivas-2021-retificada-em-23-06-2022/file Deliberação CIB nº 08/2021]. O procedimento deverá ser processado por meio de Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade (APAC) com financiamento federal pelo Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (FAEC) e com incremento estadual. Desta forma, todos os prestadores SUS que estiverem aptos a realizar o procedimento clínico da aplicação deste medicamento, o que inclui também o fornecimento do medicamento, poderão realizar com custeio federal e estadual por meio da apresentação da produção no SUS. Para ser considerada apta a unidade deve possuir no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), o Serviço de Classificação 131-002 -Tratamento Clínico do Aparelho da Visão.''' O paciente deve procurar a Secretaria Municipal de Saúde de descontinuidade seu município para inserção no Sistema Nacional de Regulação (SISREG) na especialidade Consulta em Oftalmologia – Retina Geral. A solicitação será regulada pela Comissão Médica Estadual de Regulação (COMRE) conforme o grau de risco e protocolos de acesso. Na eventual autorização da consulta de avaliação, havendo necessidade do tratamento oftalmológico com medicamento antiangiogênico, os agendamentos serão efetuados internamente através da Unidade Hospitalar prestadora do serviço. * [[Acesso ao procedimento de aplicação intravítrea de medicamento antiangiogênico|Clique aqui]] para mais informações acerca do acesso ao procedimento de aplicação intravítrea de medicamento antiangiogênico no SUS. == Bevacizumabe - uso ''off label'' == O medicamento [[bevacizumabe]] é de uso '''''off label'' para o tratamento da Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)'''. Todavia, a [https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.313-de-21-de-marco-de-2022-387356896'''Lei nº 14.313, de 21 de março de 2022], '''autoriza o uso ''off-label ''de medicamento em que a indicação de uso seja distinta daquela aprovada no registro na ANVISA, desde que seu uso tenha sido''' recomendado pela CONITEC''', demonstradas as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e a segurança, e esteja padronizado em protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde.'' '''Portanto, o medicamento [[bevacizumabe]] está preconizado no [https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/20221216_pcdt-dmri.pdf Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da DMRI] do Ministério da Saúde para o tratamento de pacientes com DMRI acima de 60 anos '''e será ofertado por meio da assistência oftalmológica no''' SUS.''' <ref>[https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/20221216_pcdt-dmri.pdf Protocolo de Uso de Bevacizumabe na Degeneração Macular Relacionada à Idade (forma neovascular) - Apêndice 2] Acesso em 03/01/2023</ref> ==Tempo de tratamento - Critérios de interrupção==Após * redução na melhor acuidade visual corrigida no olho tratado para menos de 15 letras em 2 visitas consecutivas, devida a primeira etapa DMRI; * redução na melhor acuidade visual corrigida no olho tratado de 30 letras comparado ao início do tratamento ou à melhora da acuidade atingida desde o início do tratamento;  * evidência de deterioração da lesão neovascular a despeito de tratamento otimizado (os exemplos de evidências incluem aumento do tamanho da lesão à angiofluoresceinografia e piora dos indicadores de tomografia de coerência óptica da atividade da lesão). Os pacientes '''sem resposta a três primeiros aplicações de antiangiogênico''' deverão ter o '''diagnóstico revisado''' e, caso confirmado, avaliações e tratamentos '''mensais poderão ser mantidos até''' que se completem '''24 semanas (cerca de 6 meses''' ou 180 dias) do início do tratamento. Inexistindo resposta nesse período, deverá ser considerada a suspensão do tratamento com injeções de aflibercepte e ranibizumabe. ==Benefícios esperados== O objetivo do tratamento é estabilizar a evolução da doença, definida como a não piora da acuidade visual de 15 letras relativamente ao início do tratamento, de preferência com a cicatrização ou após qualquer etapa interrupção da atividade da membrana neovascular. Em cerca de um terço dos casos, ocorre melhora da acuidade visual inicial. ==Monitorização== A monitorização do tratamento continuado deverá ser realizada por meio de exames clínicos (individualizadoacuidade visual corrigida e biomicroscopia do segmento posterior sob midríase)e TCO conforme o esquema de tratamento escolhido, podendo variar de 04 até 16 semanas. Retinografia fluorescente (angiografia fluoresceínica) pode ser solicitada na suspeita de aparecimento de novas membranas neovasculares ou em casos em que seja necessário revisar o mesmo deverá ser descontinuado diagnóstico. Para o seguimento dos pacientes, do ponto de vista prático, deve-se realizar no mínimo medida da acuidade visual, mapeamento de retina e tomografia de coerência óptica (TCO). '''Os ensaios clínicos randomizados (ECR) descreveram três esquemas de administração de antiangiogênicos distintos:'''  Para todas modalidades de tratamento, inicia-se com a carga inicial ("loading dosage") de três (3) aplicações a intervalos de 4 semanas. a) Esquema fixo: esquema de injeções fixas mensais; todo mês é realizada consulta e aplicação do medicamento. Esquema com muito baixa adesão e alta carga para o paciente. b) Esquema Pro Re Nata (PRN): esquema de injeções conforme a necessidade ou “as needed”; consultas são mensais, porém só se trata se houverrecrudescimento na OCT. Isso pode gerar efeito sanfona e perda visual, além de o paciente não saber se vai ou não receber tratamento em dada visita. Carga do tratamento muito alta.  c) Esquema Tratar e Estender (TES):• Suspeita esquema de reação injeções com intervalos de hipersensibilidade tempo flexíveis conforme resposta ao antiangiogênico tratamento (TREX: Treat and Extend). Se na consulta com intervalo de 4 semanas não houve piora, aumenta-se o espaçamento em qualquer momento 2 semanas. Caso volte edema, encurta-se em 2 semanas. Aqui há o risco de se tratar a menos e assim ocorrer perda visual. Porém, reduz-se muito as visitas e assim a carga do tratamento. Em meta-análise autores concluíram que, apesar da vantajosa redução do número de aplicações no esquema Pro Re Nata, há perda na AV em relação ao tratamentocom injeções mensais. Por outro lado, três ensaios clínicos não demonstraram diferença significativa em relação ao desfecho funcional e anatômico entre o esquema tratar e estender e o uso de injeções mensais fixas no primeiro ano de tratamento. Há muita controvérsia na literatura em relação a qual esquema seguir no longo prazo. Cabe ressaltar que, até o momento, não há ECR com mais de 24 meses de acompanhamento. Além disso, estudos de extensão de ECR (abertos);• Presença apontam para uma piora progressiva dos resultados funcionais e anatômicos ao longo dos anos. Não sabemos se a piora em longo prazo é resultado de um esquema de administração mais flexível ou de uma limitação desta classe de fibrose medicamentos, pois boa parte dos pacientes desenvolveram ou pioraram a atrofia subretinianasgeográfica com o passar dos anosNa prática médica, as particularidades de cada paciente, a evolução clínica e o perfil de cada serviço de saúde irão nortear a frequência de aplicação de anti-VEGF. Ademais, considerando a frequência de comparecimento ao serviço, alguns desses esquemas, os quais consideram visitas com intervalo de tempo menor, podem não ser factíveis, devido à capacidade de atendimento dos centros especializados em que a aplicação é feita.  Sendo assim, os esquemas de administração descritos devem ser adequados às diversas necessidades possíveis, conforme o perfil do paciente e a autonomia do médico. A dose intravítrea a ser aplicada, por olho, é de 2 mg de aflibercepte, 0,5 mg de ranibizumabe e 1,25 mg de bevacizumabe. == Referências == <references/>
Editor, leitor
868
edições