Alterações

Fisioterapia Urológica + Biofeedback

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Tratamentos não invasivos de disfunções de assoalho pélvico pelo SUS
Tratamento Conservador de Incontinência Urinária Não Neurogênica
Para o tratamento da IUE - Incontinência Urinária de EsforçoRecomendada é recomendada a abordagem conservadora antes do tratamento invasivo. Nas mulheres o tratamento conservador incluem inclui: mudanças no estilo de vida e fisioterapia.O tratamento conservador por meio de orientação, exercícios pélvicos e biofeedback deve ser a primeira escolha nos primeiros 12 meses por antecipar a recuperação espontânea da continência (39).Os fatores de estilo de vida que podem estar associados à IUE incluem obesidade, dieta, nível de atividade física, e ingestão de líquidos. A modificação desses fatores pode melhorar a IUE. A escolha da terapia inicial deve levar em consideração a preferência da paciente e o contexto clínico geral avaliado de acordo com a seção diagnóstico.Nos casos de obesidade e sobrepeso, a perda de 5% do peso corporal inicial tem impacto na redução dos sintomas da IU. Revisão sistemática concluiu que a perda de peso foi benéfica na melhoria da IU (40, 43, 44).A modificação da ingestão de líquidos, em particular a restrição, é uma estratégia comumente usada por pessoas com IU para aliviar os seus sintomas. O aconselhamento sobre a ingestão de líquidos, fornecida pelos profissionais de saúde, deve basear-se numa ingestão de líquidos em 24 horas que seja suficiente para evitar a desidratação(49).Nos homens o tratamento conservador por meio de orientação, exercícios pélvicos e biofeedback deve ser a primeira escolha nos primeiros 12 meses por antecipar a recuperação espontânea da continência (39). Os fatores de estilo de vida que podem estar associados à IUE incluem dieta, micção de horário e adequação da ingestão de líquidos. A modificação desses fatores pode melhorar a IUE.
Fisioterapia- Treinamento dos Músculos do Assoalho Pélvico (TMAP)
O treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP) é constituído por programa no qual as pacientes são orientadas a contrair os músculos do assoalho pélvico (MAP) por um tempo progressivo, repetidas vezes ao longo do dia. O TMAP recomendado como primeira linha de tratamento, considerando a preferência da paciente, para melhorar a função do assoalho pélvico e a estabilidade da uretra. Em situações de não adesão, recusa da paciente ou falha do TMAP, outras formas de tratamento serão indicadas, conforme descrito neste PCDT. O TMAP pode ser associado ao biofeedback (por meio de estímulos visuais, táteis ou auditivos), estimulação elétrica de superfície ou cones vaginais (49-52).O TMAP não apresenta contraindicações no tratamento das mulheres e não está associado a efeitos colaterais. Fundamenta-se no incremento da força de contração dos músculos do assoalho pélvico e suporte dos órgãos pélvicos. Contudo, a manutenção dos resultados depende da continuidade dos exercícios(49). O tratamento da IU com TMAP no período pós-parto precoce aumenta as chances de continência poraté 12 meses (53, 54).A IUE masculina após a prostatectomia apresenta característica de resolução espontânea na maioria dos casos, no prazo de 6 a 12 meses (55). A realização de fisioterapia, nos primeiros meses pós-operatório, pode acelerar o tempo de recuperação da continência. Nesse período o TMAP pode ser recomendado considerando a preferência do paciente. O TMAP não oferece benefício para tratamento da IU aos 12 meses após a prostatectomia(56). Há evidências contraditórias sobre se o treinamento vesical, estimulação elétrica ou biofeedback aumenta a eficácia da TMAP isolado nos homens(49).
Biofeedback
O Biofeedback é considerado um tratamento adjunto para o TMAP, pois, permite que os pacientes observem a contração dos MAP enquanto realizam os exercícios. Atua como adjuvante ao TMAP, motiva os pacientes a conseguir uma contração muscular mais forte e, assim, estimula a adesão ao treinamento intensivo.
As medidas da atividade dos MAP podem ser avaliadas por perineômetro ou eletromiografia(57, 58). Os regimes de tratamento supervisionados de maior intensidade e a adição de biofeedback conferem maior benefício. Apoia-se o princípio geral de que uma maioreficácia é alcançada por meio da associação de diferentes tipos de tratamento e aumento progressivo da intensidade. A adição do Biofeedback ao TMAP pode promover melhor coordenação e controle dos MAP quando comparado ao TMAP sem o Biofeedback (49, 51, 59).
Esses procedimentos são técnicas de fisioterapia e devem realizados por profissional capacidado. No SUS o procedimento que respalda essas técnicas é o 03.02.01.002-5 - ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO EM PACIENTES C/ DISFUNÇÕES
UROGINECOLÓGICAS. (fonte: http://conitec.gov.br/images/Consultas/Relatorios/2019/Relatrio_-Incontinncia_Urinria_no_Neurognica_CP_47_2019.pdf)
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