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Edição das 15h00min de 8 de novembro de 2017
Índice
Classe terapêutica
Glicocorticoides tópicos simples exceto uso oftálmico
Classificação Anatômica Terapêutica Química (ATC) – R03BA05
Nomes comerciais
Dymista, Flixonase, Flixotide, Flutican, Fluticaps, Flutivate, Plurair
Indicações
Na asma
A fluticasona exerce atividade anti-inflamatória potente nos pulmões. Reduz os sintomas e as exacerbações da asma em pacientes previamente tratados com broncodilatadores isolados ou com outra terapia profilática. Os casos de asma grave necessitam de avaliação médica contínua, uma vez que pode ocorrer óbito. Os pacientes com asma grave apresentam sintomas constantes e exacerbações frequentes, além de capacidade física limitada e pico de fluxo expiratório (PFE) inferior a 60% do calculado na fase basal, com variabilidade maior que 30%; de modo geral, não retornam totalmente à condição normal após o uso de broncodilatadores. Esses pacientes necessitam de inalação de altas doses ou de tratamento com corticosteroides orais. A piora súbita dos sintomas pode requerer aumento da dose de corticosteroides, que devem ser administrados com urgência e sob supervisão médica.
Adultos
No tratamento profilático de:
- asma leve (valores de PFE maiores que 80% do previsto na fase basal, com menos de 20% de variabilidade);
- para pacientes que requerem medicação broncodilatadora, para alívio sintomático, de forma intermitente mais que de forma ocasional;
- asma moderada (valores de PFE entre 60% e 80% do previsto na fase basal, com 20% a 30% de variabilidade);
- para pacientes que requerem medicação regular para o tratamento e pacientes que apresentam asma instável ou piora com a terapia profilática atualmente disponível ou com broncodilatador isolado;
- asma grave (valores de PFE menores que 60% do previsto na fase basal, com mais de 30% de variabilidade);
- para pacientes com asma crônica grave. Muitos dos que dependem de corticosteroides orais para o controle adequado dos sintomas podem suportar uma redução significativa do uso desses corticosteroides, ou mesmo sua exclusão, após a introdução do propionato de fluticasona por via inalatória.
Crianças
Crianças a partir de 1 ano de idade, que necessitem de medicação preventiva para a asma, incluindo-se os pacientes não controlados por medicação profilática atualmente disponível no mercado.
Na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
Estudos clínicos demonstram que o uso regular de fluticasona por via inalatória tem efeitos benéficos sobre a função pulmonar, reduzindo os sintomas da DPOC, a frequência e a gravidade das exacerbações e a necessidade de terapia adicional com corticosteroides orais. Observou-se também a redução da taxa de declínio do estado de saúde do paciente. [1]
Na rinite
A fluticasona é indicada no tratamento dos sintomas nasais (rinorreia, congestão nasal, prurido e espirros) e dos sintomas oculares (prurido/ardência, lacrimejamento e vermelhidão) da rinite alérgica sazonal. Também é indicada no tratamento dos sintomas nasais (rinorreia, congestão nasal, prurido e espirros) da rinite alérgica perene. [2]
Informações sobre o medicamento
O medicamento fluticasona não pertence ao elenco de medicamentos e insumos da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
A RENAME contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio dos Componentes Básico, Estratégico e Especializado da Assistência Farmacêutica, além de determinados medicamentos de uso hospitalar. Conforme o art. 33 do Decreto nº 8.065/2013, a atualização da RENAME compete à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – CONITEC, a qual tem por objetivo assessorar o Ministério da Saúde nas atribuições relativas à incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde pelo SUS, bem como na constituição ou alteração de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas - PCDT.
Sendo assim, o referido medicamento, por não estar padronizado em nenhum dos Componentes da Assistência Farmacêutica, não é fornecido pelo Estado.
Entretanto, cabe salientar que o SUS disponibiliza diversos medicamentos, que não necessariamente compõem a mesma classe farmacológica, mas possuem indicação para mesma patologia. Estão disponíveis no SUS, os seguintes medicamentos:[3]
- Brometo de Ipratrópio – Consulte aqui como ter acesso ao medicamento
- Budesonida – Consulte aqui como ter acesso ao medicamento
- Beclometasona - Consulte aqui como ter acesso ao medicamento
- Fenoterol - Consulte aqui como ter acesso ao medicamento
- Formoterol, fumarato - Consulte aqui como ter acesso ao medicamento
- Formoterol + budesonida - Consulte aqui como ter acesso ao medicamento
- Hidrocortisona - Consulte aqui como ter acesso ao medicamento
- Prednisolona, fosfato sódico – Consulte aqui como ter acesso ao medicamento
- Prednisona - Consulte aqui como ter acesso ao medicamento
- Salmeterol - Consulte aqui como ter acesso ao medicamento
- Salbutamol, sulfato - Consulte aqui como ter acesso ao medicamento
Além dos medicamentos citados acima, deverá ser consultada a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais de cada município, pois conforme o Art. 27, §1º, do Decreto n. 7.508/2011, os entes federativos poderão ampliar o acesso do usuário à assistência farmacêutica, desde que questões de saúde pública o justifiquem.
É importante ressaltar que qualquer substituição de medicamento, é imprescindível que tenha-se o consentimento do médico assistente.
Referências
- ↑ Bula do medicamento Flixotide Acesso em: 04/11/2016
- ↑ Bula do medicamento Avamys Acesso em: 04/11/2016
- ↑ Os medicamentos informados foram sugeridos com base no Formulário Terapêutico Nacional e Rename vigentes