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(Informações sobre o medicamento/alternativas)
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==Classe terapêutica==
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==Nomes comerciais==
 
 
Insulina
 
  
==Nomes comerciais==
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ACCU-CHEK Spirit, ACCU-CHEK Combo e Paradigma 715 e 722
  
ACCU-CHEK Spirit®, ACCU-CHEK Combo® e a Paradigma 715 e 722®
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[[Classificação Anatômica Terapêutica Química (ATC)]] – Não consta
  
 
==Principais informações==
 
==Principais informações==
  
A [[bomba de infusão de insulina]] é um pequeno dispositivo eletrônico que contém um reservatório com insulina e que ligada a um tubo fino conduz a substância até um cateter colocado debaixo da pele, que terá de ser substituído de três em três dias. Desta forma, conforme as refeições, a atividade física, o estresse, o diabético pode variar a quantidade de insulina administrada sem necessidade de múltiplas injeções diárias. O equipamento é pequeno, semelhante a um telefone celular<ref>[http://www.unimedfesp.coop.br/caju/pdfs/Caju_impressaosimples.pdf Bomba de Infusão de Insulina no Tratamento da Diabetes Tipo 1]</ref>.
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A [[Bomba de infusão de insulina]], também conhecida como Sistema de infusão contínua (SIC), trata-se de um pequeno aparelho que o paciente carrega na cintura ou bolso, que conectada à pele por um cateter plástico no subcutâneo, infunde ao longo do dia e da noite microdoses de insulina. O ajuste da dose necessária para cada indivíduo é feito pelo médico endocrinologista com auxílio da equipe que acompanha o paciente. A insulina usada na bomba é de ação ultra – rápida, que é administrada de duas formas:
 
 
Esses aparelhos possibilitam simular o que acontece na fisiologia normal, com liberação contínua de insulina (basal) e por meio de pulsos (bolus) no horário das refeições, ou para corrigir a hiperglicemia, sendo capazes de proporcionar grande flexibilidade ao estilo de vida, particularmente em relação aos horários de refeições e a viagens<ref> [http://www.nutritotal.com.br/diretrizes/files/342--diretrizessbd.pdf Indicações e uso da bomba de infusão de insulina]</ref>.
 
 
 
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, as vantagens do uso da bomba de infusão de insulina são a maior flexibilidade de horário das refeições, redução do risco de hipoglicemias, e a longo prazo as complicações decorrentes do diabetes, melhora do controle glicêmico e níveis de hemoglobina glicada e melhor controle do chamado “fenômeno do amanhecer”, responsável pela elevação da glicemia entre as 4 e 8 horas da manhã, que causa hiperglicemia se o diabético não tiver calculado a dose de insulina na noite anterior, ou não se levantar de madrugada para administrá-la. No entanto, mesmo com todas essas vantagens se o diabético for obeso, ingerir grande quantidade de alimento ou açucares simples, não fizer exercícios físicos, não medir a glicemia na quantidade de vezes indicada, ou decidir determinar ele mesmo a quantidade de insulina utilizada, não existe muita vantagem no uso da bomba <ref>[http://www.diabetes.org.br/ultimas/bombas-de-infusao-de-insulina Sociedade Brasileira de Diabetes. Bombas de Infusão de Insulina]</ref>.
 
 
 
Também de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, toda criança, adolescente ou adulto com Diabetes tipo 1 são candidatos em potencial para utilização do sistema de infusão continuada de insulina. Também é indicado para pacientes com hipoglicemias graves, hipoglicemias despercebidas, cetoacidoses recorrentes, pacientes com controle metabólico instável com múltiplas doses de insulina.
 
 
 
A administração de insulina num esquema de tratamento intensivo pode ser feita através de múltiplas doses ou de bombas de infusão contínua. As comparações entre esquema de doses múltiplas injetadas e bombas de infusão geralmente revelam equivalência entre os dois métodos, tanto em termos de hemoglobina glicada ou da dose diária total de insulina. Quanto à incidência de hipoglicemia e ao grau de satisfação com o tratamento, as bombas têm melhor desempenho nos adultos, havendo equivalência nas crianças e adolescentes. O custo é maior com a bomba, obviamente. Sendo assim, embora haja um discreto favorecimento estatístico na literatura para os resultados obtidos com a bomba, em termos de hemoglobina glicada, o consenso geral é de que ambos os métodos são igualmente adequados e eficazes<ref>[http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302006000100018 MALERBI, D. et al. Posição de consenso da Sociedade Brasileira de Diabetes — insulinoterapia intensiva e terapêutica com bombas de insulina]</ref>.
 
  
A Cartilha de Apoio Médico e Científico ao Judiciário, refere com relação à Bomba de Infusão de Insulina no Tratamento Diabetes Tipo 1 que “A busca de evidências localizou uma revisão sistemática da Colaboração Cochrane que avaliou 23 estudos com 976 participantes. Essa revisão sugere que existe alguma evidência que a bomba de insulina pode ser melhor que as múltiplas injeções diárias no controle do diabetes tipo 1, mas a diferença é de pequena magnitude. No entanto, não há evidências para desfechos como mortalidade, complicações e custos. A Sociedade Brasileira de Diabetes em documento de consenso coloca que a pequena diferença encontrada na literatura entre a bomba e as múltiplas injeções não parece justificar o emprego da bomba de insulina de forma generalizada, pois os custos são maiores, o paciente e o médico precisam ser excepcionalmente bem treinados e é obrigatória a necessidade de intervenção dos profissionais de outras áreas” <ref>[http://www.unimedfesp.coop.br/caju/pdfs/Caju_impressaosimples.pdf Bomba de Infusão de Insulina no Tratamento da Diabetes Tipo 1]</ref>.
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Basal – quantidade pequena de insulina que é programado na bomba e é enviado durante 24 horas.
  
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Bolus – é a insulina que deve ser enviada nas refeições. O bolus é enviado imediatamente após a sua programação (exemplo: antes do almoço). <ref>[http://acrdiabetes.com.br/bomba-de-insulina/>. Acesso em: 28/11/2016.
  
==Informações sobre o medicamento/alternativas==
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==Informações sobre o insumo==
  
[[Bomba de infusão de insulina]] não está padronizada em nenhum dos programas do Ministério da Saúde, o qual é responsável pela seleção e definição dos medicamentos a serem fornecidos pelos referidos programas. Ainda, compete a esse órgão elaborar os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para tratamento da patologia que acomete o paciente. Sendo assim, cumpre ser informado que, por não estar padronizada, não é fornecida pelo Estado. No entanto, o Ministério da Saúde financia integralmente as [[insulina NPH|insulinas NPH]] e [[Insulina Regular|Regular]] e os Estados e Municípios, financiam os insumos. Assim, o Sistema Único de Saúde disponibiliza os medicamentos: [[glibenclamida]], [[Metformina, cloridrato|metformina]], [[gliclazida]], as [[insulina NPH|insulinas humanas NPH]] e [[Insulina Regular|Regular]]; e os insumos disponibilizados são seringas de 1ml, com agulha acoplada para aplicação de insulina; [[tiras para glicemia capilar]] e lancetas para punção digital para os portadores de Diabetes mellitus inscritos no Programa de Educação para Diabéticos.  
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'''O insumo [[bomba de infusão de insulina]] não pertence ao elenco de medicamentos e insumos da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais ([[RENAME]]) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).'''
  
Cumpre informar que, a Lei nº. 11.347/2006 determina que o SUS deve fornecer gratuitamente os medicamentos e materiais necessários a aplicação das insulinas e monitoramento da glicemia capilar aos portadores de diabetes, que devem estar inscritos no Programa de Educação para Diabéticos.  
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A [[RENAME]] contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio dos Componentes Básico, Estratégico e Especializado da Assistência Farmacêutica, além de determinados medicamentos de uso hospitalar. Conforme o Art. 33 do [http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Decreto/D8065.htm Decreto 8.065/2013], a atualização da [[RENAME]] compete à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – [[CONITEC]], a qual tem por objetivo assessorar o Ministério da Saúde nas atribuições relativas à incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde pelo SUS, bem como na constituição ou alteração de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas - PCDT.  
  
Deste modo é necessário avaliar se neste caso há necessidade da utilização deste equipamento pela paciente, uma vez que não se encontra desassistida pelo SUS o qual fornece medicamentos, bem como os insumos para tratamento da doença.
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Sendo assim, o referido insumo, por não estar padronizado em nenhum dos Componentes da Assistência Farmacêutica, não é fornecido pelo Estado.
  
 
==Referências==
 
==Referências==
 
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Edição das 12h59min de 28 de novembro de 2016

Nomes comerciais

ACCU-CHEK Spirit, ACCU-CHEK Combo e Paradigma 715 e 722

Classificação Anatômica Terapêutica Química (ATC) – Não consta

Principais informações

A Bomba de infusão de insulina, também conhecida como Sistema de infusão contínua (SIC), trata-se de um pequeno aparelho que o paciente carrega na cintura ou bolso, que conectada à pele por um cateter plástico no subcutâneo, infunde ao longo do dia e da noite microdoses de insulina. O ajuste da dose necessária para cada indivíduo é feito pelo médico endocrinologista com auxílio da equipe que acompanha o paciente. A insulina usada na bomba é de ação ultra – rápida, que é administrada de duas formas:

Basal – quantidade pequena de insulina que é programado na bomba e é enviado durante 24 horas.

Bolus – é a insulina que deve ser enviada nas refeições. O bolus é enviado imediatamente após a sua programação (exemplo: antes do almoço). <ref>[http://acrdiabetes.com.br/bomba-de-insulina/>. Acesso em: 28/11/2016.

Informações sobre o insumo

O insumo bomba de infusão de insulina não pertence ao elenco de medicamentos e insumos da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

A RENAME contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio dos Componentes Básico, Estratégico e Especializado da Assistência Farmacêutica, além de determinados medicamentos de uso hospitalar. Conforme o Art. 33 do Decreto nº 8.065/2013, a atualização da RENAME compete à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – CONITEC, a qual tem por objetivo assessorar o Ministério da Saúde nas atribuições relativas à incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde pelo SUS, bem como na constituição ou alteração de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas - PCDT.

Sendo assim, o referido insumo, por não estar padronizado em nenhum dos Componentes da Assistência Farmacêutica, não é fornecido pelo Estado.

Referências

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