O canal arterial, também conhecido como ducto arterioso, é uma estrutura anatômica vascular que conecta a artéria pulmonar principal à aorta, permitindo que o sangue venoso se misture com o sangue arterial.
Após o nascimento, com a ativação dos pulmões, o canal arterial começa a fechar. Esse fechamento ocorre de forma gradual, com redução do lúmen ocorrendo nas primeiras 24 horas após o nascimento, até o desaparecimento completo do canal entre duas e três semanas de vida, permitindo a circulação independente do sangue arterial e venoso. '''Em bebês prematuros, esse fechamento pode demorar mais a ocorrer, em alguns casos necessitando de intervenções farmacológicas ou cirúrgicas.'''Apesar de ser uma estrutura fisiológica para o feto, normalmente se fecha após o nascimento, e a persistência do canal arterial (PCA) é prejudicial. A razão para isso é principalmente pelo aumento da pressão na circulação pulmonar. Com a entrada de ar nos pulmões, a resistência da circulação pulmonar diminui, permitindo que o sangue que sai do ventrículo esquerdo, e que deveria ir para a circulação sistêmica, seja desviado para a artéria pulmonar. Isso, por sua vez, aumenta o retorno venoso no ventrículo esquerdo e a pressão diastólica de enchimento. Esse quadro pode diminuir a eficiência nas trocas gasosas e aumentar o risco de edema pulmonar em casos graves, gerando os sintomas típicos da PCA, como cianose e taquipneia. Ao longo do tempo, a PCA pode levar a um quadro de hipertrofia do ventrículo esquerdo por conta do aumento da pressão diastólica e insuficiência renal ou enterocolite necrosante, por conta da baixa quantidade de oxigênio disponível em circulação
O diagnóstico da PCA é realizado por meio de exame clínico, com confirmação por meio de um ecocardiograma.