Segundo a última versão das Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas (DDT) do Câncer de Pulmão o diagnóstico presuntivo dessa condição clínica é feito na investigação de sintomas respiratórios(tosse, dispneia, dor torácica, hemoptise) e constitucionais (fadiga e emagrecimento), ou por achado radiológico atípico em exame realizado com outro propósito.
O diagnóstico definitivo é firmado pelo exame histopatológico (análise microscópica de tecido) ou citológico (análise das célulasoriundas de secreções e líquidos corporais) de espécime tumoral obtido por broncoscopia(examerealizado com uma microcâmara que permite visualizar o aparelho respiratório — traqueia, brônquios e pulmões), mediastinoscopia(exame feito com o uso de anestesia geral, que permite visualizar o mediastino — parte localizada entre os dois pulmões — e coletar umaamostra para análise), biópsia (exame que coleta um fragmento de tecido ou célula para análise) pleural ou biópsia pleuropulmonar a céu aberto ou vídeo-assistida. A realização de uma avaliação da estrutura da parede mediastinal e das anormalidades próximas é um processo importante para a realização do estadiamento e para orientar a tomada de decisões terapêuticas, tendo em vista que o prognóstico (juízo antecipado) da doença, estádiretamente relacionado ao estágio da doença.
O estadiamento do câncer de pulmão para definição do estágio da doença é determinado pela classificação TNM (T para o tumor primário; N para linfonodos. O câncer que se disseminou para os linfonodos próximos; M para metástase).
O estadiamento invasivo do mediastino também é indicado, em casos selecionados, na doença potencialmente ressecável. Para essa finalidade, a mediastinoscopia era considerada o padrão-ouro no diagnóstico do acometimento de linfonodos do mediastino por células neoplásicas.
Consiste na exploração e biópsia do mediastino anterior com a utilização de um laringoscópio modificado denominado mediastinoscópio. O procedimento é realizado em uma sala cirúrgica e exige anestesia geral. Uma pequena incisão é feita na concavidade logo acima do esterno. O
instrumento é, então, inserido no tórax na frente da traqueia, permitindo a observação do conteúdo do mediastino ao lado da traqueia e coleta de amostras para testes diagnósticos, se necessário. Esse procedimento não consta na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS.