As arritmias cardíacas constituem um desafio clínico importante devido à sua gravidade e às suas complicações. A fibrilação atrial, resulta em uma condução elétrica rápida e descontrolada, prejudicando a hemodinâmica. Essa condição, quando refratária ao tratamento medicamentoso, pode ser tratada com ablação por cateter. Globalmente, a prevalência dessas arritmias graves está em ascensão, com milhões de novos casos de fibrilação atrial anualmente, sendo que uma parcela significativa da população brasileira com mais de 40 anos é afetada.
A O tratamento farmacológico de arritmias ventriculares e fibrilação atrial inclui o uso de antiarrítmicos, como amiodarona e beta-bloqueadores. Nos casos em que o tratamento medicamentoso é ineficaz ou inadequado, a ablação por cateter por surge como uma terapia eficaz para o controle de arritmiascomplexas como a fibrilação atrial refratária e as arritmias ventriculares. A técnica envolve a aplicação de energia de radiofrequência é utilizada ou crioenergia para destruir o tecido cardíaco responsável pela condução anormalde impulsos elétricos. Há A ablação é particularmente indicada em pacientes com taquicardia ventricular sustentada ou fibrilação atrial que não respondem ao tratamento farmacológico, sendo capaz de reduzir significativamente as recidivas e melhorar a opção qualidade de vida. A ablação por radiofrequência, apesar de ser um método consagrado no tratamento das taquiarritmias, se utiliza de utilizar cateteres intracavitários guiados por fluoroscopia. Este procedimento provoca problemas associados à exposição à radiação. Diferentes soluções para minimizar o risco do contato contínuo com a radiação são implementadas, como o uso dos aventais de chumbo. Os sistemas de mapeamento tridimensionais quando usados em associação aos cateteres de ablação, também possibilitam a realização do procedimento sem a necessidade de fluoroscopia. A '''ablação com monitoramento da de força de contato ''' é utilizada com o uso do mapeamento eletroanatômico tridimensional, e tem sido bem indicada nos casos de fibrilação atrial por produzir menor número de falhas de condução residuais. Esse resultado praticamente elimina a necessidade de ablações adicionais, além de conseguir um tempo de procedimento mais curto. A técnica garante maior segurança, pois o monitoramento em vez da fluoroscopiatempo real evita o uso de força de contato excessiva, a qual provoca exposição à radiação e seus riscosque representa um risco de perfuração cardíaca.
== O Relatório de Recomendação da CONITEC ==