O dano glaucomatoso caracteriza-se pela elevação da pressão intraocular (PIO) à níveis que se tornam danosos ao nervo ótpico. Do ponto de vista intervencional, se pode ou facilitar o escoamento do humor aquoso (muito utilizado) ou diminuir a produção de humor aquoso (pouco utilizado).
==Canaloplastia==
A canaloplastia é um procedimento não penetrante que utiliza a tecnologia de microcateter. Para realizar uma canaloplastia, é feita uma incisão no olho para obter acesso ao canal de Schlemm de maneira semelhante a uma viscocanalostomia. Um microcateter irá circunavegar o canal ao redor da íris, ampliando o canal de drenagem principal e seus canais coletores menores por meio da injeção de um material estéril semelhante a um gel chamado viscoelástico. O cateter é então removido e uma sutura é colocada dentro do canal e apertada. Ao abrir o canal, a pressão dentro do olho pode ser aliviada. A canaloplastia tem duas vantagens principais sobre as cirurgias de glaucoma mais tradicionais. A primeira dessas vantagens é um perfil de segurança melhorado em relação à trabeculectomia. Como a canaloplastia não requer a criação de uma bolha, riscos significativos a longo prazo, como infecção e hipotonia (pressão ocular extremamente baixa), são evitados. A segunda principal vantagem é que, quando combinada com a cirurgia de catarata, a PIO é reduzida ainda mais do que quando realizada isoladamente.[48] Resultados de longo prazo (três anos) foram publicados nos EUA[48] e na Europa[49] demonstrando uma redução significativa e sustentada na pressão ocular e no número de medicamentos para glaucoma necessários para o controle.
==Cirurgias de glaucoma no SUS==