==Principais informações==
NovoMix® 30 ([[Insulina aspart solúvel 30% + insulina aspart protamina 70%]]) é um análogo de insulina que apresenta tanto ação rápida (insulina aspart solúvel, que é rapidamente absorvida pelo organismo) como ação prolongada (insulina aspart protamina, que é absorvida mais lentamente pelo organismo), na proporção 30/70. Este medicamento começará começa a reduzir o nível de açúcar do sangue de 10 a 20 minutos após a aplicação, atingindo seu efeito máximo entre 1 e 4 horas e com duração do efeito por até 24 horas <ref> [http://mudandodiabetes.com.br/wp-content/uploads/2013/07/NovoMix-30_BULA_PACIENTE.pdf Bula do Medicamento] </ref>.
O NovoMix 30 foi comparado com insulina humana bifásica 30 - uma associação de 30% de insulina humana de ação rápida (insulina regular) e 70% de insulina humana de ação intermédia (insulina NPH) - e, no final dos estudos, o NovoMix 30 obteve resultados quase idênticos aos da insulina humana bifásica 30 <ref> [http://www.ema.europa.eu/docs/pt_PT/document_library/EPAR_-_Summary_for_the_public/human/000308/WC500029434.pdf European Medicines Agency - EMEA. Relatório Público Europeu de Avaliação (EPAR) destinado ao público - NovoMix] </ref>. Ou seja, não existe justificativa técnica para utilização da Insulina NovoMix em detrimento das insulinas [[Insulina NPH|NPH]] e [[Insulina Regular|regular]], fornecidas pelo SUS.
Os estudos identificados na busca, bem como as metanálises realizadas a partir dos desfechos de interesse sugerem que não é possível atestar inferioridade, similaridade ou superioridade entre as insulinas análogas de ação longa e rápida em relação aos seus comparadores existentes no SUS, insulina NPH e regular, respectivamente. Apesar de alguns desfechos parecerem favorecer as insulinas análogas (como menor risco de hipoglicemia noturna), a baixa qualidade metodológica e potenciais vieses da maioria dos estudos comprometem os resultados extraídos. Os análogos de insulina podem oferecer vantagens para o tratamento do DM1 em pacientes selecionados, mas nenhum estudo demonstrou maior benefício sobre os desfechos em longo prazo <ref> http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/setembro/05/Relatorio-Insulinas-tipoI-FINAL-114.pdf Insulinas análogas para Diabetes Mellitus tipo I</ref>.
Além do relatado, em um sistema de saúde com restrições orçamentárias, é de essencial importância a alocação de recursos de forma a maximizar o tratamento da população que recorre ao sistema. O alto custo das insulinas análogas de longa e curta ação, aliado à falta de evidências que demonstrem a superioridade em desfechos clínicos finais (duros) contraindicam a incorporação das insulinas análogas para pacientes com diabetes mellitus tipo I e tipo II no sistema de saúde público brasileiro. No caso da diabetes mellitus tipo 2, considerou-se que os estudos não comprovaram a superioridade do tratamento com estes agentes em relação ao tratamento com insulina NPH, usando para isso as medidas principais de controle da doença <ref>http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/setembro/05/Relatorio-Insulinastipo2-103-FINAL.pdf Insulinas análogas de longa ação Diabetes Mellitus tipo II</ref>.
==Informações sobre o medicamento/alternativas==