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Carbocisteína

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==Classe terapêutica==

Expectorante e mucolítico.

==Nomes comerciais==

Mucolitic, Mucofan, Mucoflux, Mucolab, Mucotoss.

==Principais informações==

As doenças obstrutivas das vias respiratórias, como a bronquite crônica, a fibrose cística e o enfisema, embora apresentem grandes diferenças etiológicas e epidemiológicas, possuem uma importante característica em comum, que é o aumento da secreção brônquica, em algum estágio da doença. Esta secreção, devido às suas propriedades bioquímicas e físicas alteradas, não é eliminada pelos mecanismos mucociliares e pela tosse, determinando a necessidade de uma remoção terapêutica <ref>BROWN, D.T. Carbocysteine. Drug Intell Clin Pharm 22:603-8, 1988</ref>.

A carbocisteína ajuda a diminuir a produção de secreções respiratórias e torna as secreções menos espessas, facilitando sua eliminação pelo organismo. É indicada para auxiliar no tratamento de problemas respiratórios, quando há um excesso de secreções que podem piorar o estado do paciente <ref>[http://cdn-1.consultaremedios.com.br/bulas/novas/carbocisteina%20ems%20gts.pdf] Bula do medicamento</ref>.

O exato mecanismo de ação da carbocisteína ainda não foi totalmente elucidado. No entanto, sua ação, parece estar relacionada à regulação da viscosidade das secreções mucosas do trato respiratório. Estudos em animais e em humanos demonstram que a carbocisteína altera a síntese das glicoproteínas do muco, aumentando, proporcionalmente, a produção de sialoglicoproteínas, o que torna a secreção mais fluida, e assim melhora a depuração mucociliar, tornando a tosse mais efetiva <ref>[http://cdn-1.consultaremedios.com.br/bulas/novas/carbocisteina%20ems%20gts.pdf] Bula do medicamento</ref>.

Seis estudos envolvendo 497 participantes foram realizados com o objetivo de avaliar a eficácia e segurança, e estabelecer uma relação benefício-risco da acetilcisteína e carbocisteína como tratamentos sintomáticos para infecções agudas do trato respiratório superior e inferior. Acetilcisteína e carbocisteína pareceram ter eficácia limitada e é segura em crianças maiores de dois anos <ref> [http://www.epistemonikos.org/pt/documents/1d64ffdec9aa0f02b2a868572974847d25314bd1] CHALUMEAU, M.; DUIJVESTIJN, CM. Acetilcisteína e carbocisteína para infecções do trato respiratório superior e inferior agudas em pacientes pediátricos sem doença bronco-pulmonar crônica</ref>.


==Informações sobre o medicamento/alternativas==

A carbocisteína não está padronizada em nenhum dos programas do Ministério da Saúde, o qual é responsável pela seleção e definição dos medicamentos a serem fornecidos pelos referidos programas. Por esse motivo, não poderá ser fornecida e não há alternativa terapêutica disponível no momento.

Para o tratamento de hipersecreção densa e viscosa decorrente de Fibrose Cística (CID 10: E84.0, E84.8) o SUS disponibiliza [[alfadornase]] por meio do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, o qual busca prover a integralidade de tratamento no âmbito do sistema. Esse Componente é regulamentado pela [http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/pt_gm_ms_1554_2013.pdf Portaria nº 1554 de 30 de julho de 2013] e [http://portalses.saude.sc.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=7242&Itemid=85 Anexos da Portaria nº 1554 de 30 de julho de 2013].

O Protocolo Clínico dessa doença está regulamentado por meio da Portaria SAS/MS nº 224, de 10 de maio de 2010. (Retificada em 27.08.10)<ref>[http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/pcdt_fibrose_cistica_manif_pulm_livro_2010.pdf]</ref>, onde se observa as diretrizes terapêuticas de tratamentos da Fibrose Cística - Manifestações Pulmonares.

Segundo tal norma, editada em consenso por todos os entes políticos da federação, cabe às SES programar o quantitativo de todos os medicamentos que fazem parte desse Componente e:

<UL TYPE="square">
<LI>À União cabe financiar, adquirir e distribuir aos Estados os medicamentos do Grupo 1A. Por
sua vez, aos Estados cabe dispensar os medicamentos do Grupo 1A à população.</LI>
<LI>À União cabe financiar os medicamentos do Grupo 1B, cabendo às SES adquirir e dispensar à
população os medicamentos do Grupo 1B.</LI>
<LI>Aos Estados cabe financiar, adquirir e dispensar à população os medicamentos do Grupo 2.
Aos Municípios cabe financiar, conjuntamente com a União e Estados, adquirir e dispensar à
população os medicamentos do Grupo 3, os quais estão inseridos no Componente Básico da
Assistência Farmacêutica.</LI>
</UL>

O medicamento [[alfadornase]] pertence ao grupo 1B.


==Referências==
<references>
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