Alterações

Stent Farmacológico

2 705 bytes adicionados, 22 abril
Stent Farmacológico no SUS
[[Arquivo:stent-cardiaco.jpg|220px|thumb|right|Stents coronarianos]]
O stent coronariano é uma endoprótese expansível, em formato de tubo, perfurada, normalmente fabricada com metal, que é colocada no interior de uma artéria para prevenir, ou, evitar a obstrução do fluxo no local do entupimento destes vasos.Posteriormente, este dispositivo foi aprimorado, revestido de substâncias químicas - ''stent farmacológico'' - que liberadas lentamente no interior da artéria a princípio preveniriam a reestenose no local onde anteriormente foi implantado um stent (intra-stent).<br>Estes dispositivos são muito utilizados em angioplastias, intervenção que objetiva aumentar o fluxo sanguíneo para o tecido muscular do coração. Seu uso auxilia na prevenção de uma nova estenose ou obstrução.
== Procedimento cirúrgico ==O procedimento ANGIOPLASTIA CORONARIANA C/ IMPLANTE DE STENT (04.06.03.003-0) está padronizado pelo SUS Patologias e é realizado em diversos hospitais do Estado, credenciados como Unidade de Assistência em Alta Complexidade Cardiovascular.indicações<refname="CONITEC"> Listagens disponíveis em: [http://wwwu.saude.sc.gov.br/images/pdf/2014/marco/17/StentFarmacologico-CP-111.pdf Relatório de Recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – CONITEC. Stent farmacológico para o tratamento da Doença Arterial Coronariana (DCA). Fevereiro, Média e Alta Complexidade > Contratualização do SUS > Habilitações AC hospitalar2014]</ref>==A Doença Arterial Coronariana (DAC) é, em 90% dos casos, resultante da oclusão ou do estreitamento das artérias coronarianas por aterosclerose, um fenômeno que afeta o revestimento endotelial das artérias médias e grandes. A DAC pode se manifestar clinicamente de diversas formas, sendo que em alguns casos a doença pode evoluir como um processo assintomático e insidioso durante anos e, até mesmo décadas. Porém pode acarretar, em curto prazo, complicações graves ou mesmo fatais. As Síndromes Coronarianas Agudas (SCA) compreendem uma variedade de estados isquêmicos que englobam a angina instável e o infarto agudo do miocárdio (IAM) sem elevação do segmento ST e com elevação do segmento ST.<br>
== Sumário de evidências científicas ==O Comitê de Apoio ao Judiciário (CAJU) Em 2011, o Ministério da Federação das Unimeds do Estado de São Paulo<ref> Acessível em: Saúde publicou o [http://wwwportalsaude.unimedssaude.comgov.br/cajuimages/pdf/2014/abril/02/indexpcdt-sindromes-coronarianas-agudas-2011.html </ref> conclui pdf Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para as Síndromes Coronarianas Agudas], que contém os detalhes sobre o atendimento dos pacientes no SUS. Estes dispositivos são muito utilizados em angioplastias, que são as cirurgias que objetivam desobstruir os stents farmacológicos (revestidos) vasos comprometidos que “''não se encontram evidências científicas de qualidade que justifiquem o causam sintomas clínicos. Seu uso auxilia na prevenção de stents revestidos com drogasuma nova estenose ou obstrução. Os stents não revestidos provavelmente acarretam menores riscos Sua indicação absoluta ocorre quando se evidencia 70% de complicaçõesobstrução das artérias do coração.''”O uso dos stents ocorre principalmente nas artérias carótidas (artérias do pescoço), artérias coronárias (artérias do coração), razão esta pela qual apenas o stent convencional é disponibilizado pelo SUSe artérias ilíacas (artérias da coxa).<br>Publicação de 2007 <ref> [http://www.scielounimedfesp.coop.br/scielocaju/capitulo_10.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2007000400016 Araújo html Cartilha de Apoio Médico e colsCientífico ao Judiciário (on line). ''Análise de Impacto do Stent Farmacológico no Orçamento convencional e revestidos ou eluídos com drogas''. Federação das Unimeds do Sistema Único Estado de Saúde''São Paulo. Arq Bras Cardiol 2007; 88(4) : 4582011 -4632013. Acessado em 03/09/2014.] </ref> validada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre o impacto que o stent farmacológico traria para o SUS traz alguns dados alarmantes .<br>'''CIDs comumente envolvidos:''' I20 até I25 ==Evidências científicas<ref name="CONITEC"/>==Com base em sua discussão. Menciona estudos que concluíram que, comparativamenteensaios clínicos randomizados e controlados e revisões sistemáticas com metanálise, '''os stents farmacológicos não apresentaram superioridade aos stents convencionais para pacientes com stent farmacológico apresentaram DAC em geral'''duas a três vezes mais eventos relacionados .<br>No que se refere à trombose tardiaavaliação econômica, estudos econômicos realizados em outros países tem demonstrado que os stents farmacológicos apresentaram relação custo-efetividade favorável comparado ao stent convencional ''', somente em pacientes de alto risco cardiovascular'''maior incidência , tais como diabéticos e pacientes com lesões de morte calibre inferir a 2,5 mm e infarto extensão maior do miocárdio que aqueles que tiveram stent convencional implantado'''18 mm. <BRbr>Estudos realizados no Brasil demonstraram que o uso do stents farmacológico não apresenta uma razão de custo-efetividade favorável na perspectiva do SUS, porém quando foi utilizado o escore de propensão o uso de stents farmacológicos foi custo-efetivo para idosos, diabéticos e pacientes com lesões longas ou vasos de fino calibre.
==Stent Farmacológico no SUS==
O procedimento ANGIOPLASTIA CORONARIANA C/ IMPLANTE DE STENT (04.06.03.003-0) está padronizado pelo SUS e é realizado em diversos hospitais do Estado, credenciados como Unidade de Assistência em Alta Complexidade Cardiovascular.<ref> Listagens disponíveis em: http://www.saude.sc.gov.br, Média e Alta Complexidade > Contratualização SUS > Habilitações > Serviços habilitados/cadastrados > Cardiologia</ref><br>Em Fevereiro agosto de 2014, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias – CONITEC publicou Relatório de Recomendação ao Ministério da Saúde onde '''recomendou a incorporação dos stents farmacológicosdo stent farmacológico coronariano''' , condicionada ao mesmo valor de ressarcimento da tabela de procedimento do SUS para as intervenções endovasculares cardíacas e extracardíacas em o stent convencional, para determinados pacientes: '''pacientes diabéticos e pacientes com lesões em vasos finos ''' (lesões de calibre inferior a 2,5 mm 5mm e extensão maior do que 18 mm):<ref name="CONITEC"/> Em agosto de 2017, foi publicado novo protocolo de stents para doença arterial coronariana, pela CONITEC. [[http://conitec.gov.br/images/Relatorios/2017/Relatorio_PCDTde_Stents_para_Doenca_Arterial_Coronariana__-_Parte_I_Doenca_Coronariana_Estavel__CP_43_2017.pdf]] A Portaria Conjunta Nº 20, DE 24 DE JULHO DE 2018, condicionada ao mesmo valor aprovou as Diretrizes Brasileiras para Utilização de Stents em Pacientes com Doença Coronariana Estável.<ref> http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/agosto/08/PCDT-STENT-CORONARIANO.pdf </ref> As Diretrizes de que trata este artigo, que contêm as recomendações para o uso de stent em pacientes com doença coronariana estável, disponíveis no sítio http://portalms.saude.gov.br/protocolos-e-diretrizes, são de caráter nacional e devem utilizadas pelas Secretarias de tabela Saúde dos Estados, Distrito Federal e Municípios na regulação do stent convencionalacesso assistencial, autorização, registro e ressarcimento dos procedimentos correspondentes.
==Referências==
<references/>
Editor
494
edições