Alterações

Fisioterapia Urológica + Biofeedback

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Uma das abordagens não invasivas amplamente utilizadas para tratar essas disfunções é o treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP), com nível 1 de evidência e grau A de recomendação, o TMAP pode ser feito através do biofeedback eletromiográfico, que além de ser útil para o treinamento, pode avaliar a atividade mioelétrica desses músculos” <ref>[BERTOTTO, Adriane. Ensaio clínico randomizado e controlado: técnicas de treinamento do assoalho pélvico com e sem biofeedback eletromiográfico em mulheres na pó-menopausa com incontinência urinária de esforço. 2014]</ref>.
 
 
== Tratamento de enurese em Pediatria ==
 
Transtorno comum na infância, a enurese é definida como uma uma micção involuntária durante o sono, pelo menos duas vezes por semanana, em crianças sem anomalias congênitas ou adquiridas, do trato urinário, ou sistema nervoso, em idade na qual o controle esfincteriano habitualmente está presente. Consi�dera-se que, a partir dos cinco anos de idade, a maioria das crianças saudáveis já adquiriu o controle cognitivo da micção. <ref>[AMB, CFM: Projeto Diretrizes. Sociedade Brasileira de Urologia: Enurese: Diagnóstico e Tratamento. 2006.] </ref>
 
Eventualmente tem ocorrido indicações de fisioterapia pélvica em crianças pelos métodos de ''biofeedback'' e eletroestiulação. Neste sentido, o "Projeto Diretrizes", do Conselho Federal de Medicina elaborou documento técnico elucidativo.
No parecer, primeiramente deve-se considerar que nem todos o pais e profissionais consideram necessário o tratamento, pois a grande parte dos casos é benigno e com resolução espontânea.
O tratamento de escolha é a "Terapia comportamental", que baseia-se na técnica de reforço positivo, visando modificar os comportamentos inapropriados que contribuem para a persistência de enurese. Dentre as técnicas usadas na terapia comportamental, estão o treinamento do controle de retenção, a micção noturna programada e o treinamento motivacional.
Como alternativas, há o "alarme noturno" e terapia medicamentosa, que inclui uma série de fármacos com diferentes mecanismos de ação (p. ex., desmopressina, anticolinérgicos e antidepressivos tricíclicos).
 
A IUE masculina após a prostatectomia apresenta característica de resolução espontânea na maioria dos casos, no prazo de 6 a 12 meses. A realização de fisioterapia, nos primeiros meses pós-operatório, pode acelerar o tempo de recuperação da continência. Nesse período o TMAP pode ser recomendado considerando a preferência do paciente. O TMAP não oferece benefício para tratamento da IU aos 12 meses após a prostatectomia. Há evidências contraditórias sobre se o treinamento vesical, estimulação elétrica ou biofeedback aumenta a eficácia da TMAP isolado nos homens.
Assim, a eletroestimulação e biofeedback são recursos fisioterapêuticos que compõem um rol de procedimentos e técnicas utilizadas na prevenção e/ou recuperação das disfunções do assoalho pélvico. Entretanto, até o presente momento, não há evidências científicas suficientes para comprovar a supremacia desta abordagem terapêutica em relação às demais técnicas aplicadas pela Fisioterapia Pélvica (urológica), inclusive se observa que na grande maioria dos casos, a eletroestimulação não é utilizada isoladamente, mas em conjunto com as demais modalidades fisioterapêuticas.
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