A técnica conhecida como embolização consiste no tratamento do aneurisma, sem que ocorra abertura do crânio. É também chamada de via endovascular.
Diferentes tipos de materiais podem ser utilizados para o fechamento dos aneurismas. A escolha vai ser feita após criteriosa análise realizada pelas equipes médicas. Balões, stents e espirais destacáveis de platina (conhecidas como “molas”) são os dispositivos mais utilizados para promover a exclusão do aneurisma da circulação.
Mais recentemente, tem sido empregado , em situações específicas , um tipo específico de stent chamado de redirecionador de fluxo (“flow diverter”).
Ele é posicionado na artéria-mãe, cobrindo o colo do aneurisma, a fim de desviar o fluxo de sangue e determinar uma progressiva trombose do saco do aneurisma.
=='''Complicações'''==
Abaixo estão listadas as possíveis complicações neurológicas inerentes ao procedimento no per trans e pós operatório precoce e tardio:
- Isquemia cerebral: causada por formação de trombos nos materiais cirúrgicos ou por lesão dos vasos: As isquemias podem ser do tipo ataque isquêmico transitório (revertem em horas), isquemia leve (déficit mínimo) ou grave (déficit importante);
- Estenose do stent;
=='''Stent Flow Diverter e SUS'''==
O SUS disponibiliza tratamento de aneurisma cerebral endovascular, porém o Stent Flow Diverter não é padronizado no Sistema Único de Saúde.
Os tratatamentos disponibilizados pelo SUS incluem:
04.03.04.010-8 - MICROCIRURGIA PARA ANEURISMA DA CIRCULAÇÃO CEREBRAL POSTERIOR MAIOR QUE 1,5 CM
04.03.04.009-4 - MICROCIRURGIA PARA ANEURISMA DA CIRCULAÇÃO CEREBRAL ANTERIOR MAIOR QUE 1,5 CM
04.03.04.011-6 - MICROCIRURGIA P/ARA ANEURISMA DA CIRCULAÇÃO CEREBRAL ANTERIOR MENOR QUE 1,5 CM
04.03.04.012-4 - MICROCIRURGIA PARA ANEURISMA DA CIRCULAÇÃO CEREBRAL POSTERIOR MENOR QUE 1,5 CM
04.03.07.004-0 - EMBOLIZAÇÃO DE ANEURISMA CEREBRAL MAIOR QUE 1,5 CM COM COLO ESTREITO
04.03.07.005-8 - EMBOLIZAÇÃO DE ANEURISMA CEREBRAL MAIOR QUE 1,5 CM COM COLO LARGO
04.03.07.015-5 - EMBOLIZAÇÃO DE ANEURISMA CEREBRAL MENOR QUE 1,5 CM COM COLO ESTREITO
04.03.07.016-3 - EMBOLIZAÇÃO DE ANEURISMA CEREBRAL MENOR DO QUE 1,5 CM COM COLO LARGO
=='''Conclusão'''==
Ao observar diversos estudos acerca do uso de stents em doenças cerebrovasculares, notou-se que se trata de uma técnica recente, porém , bastante difundida pelo mundo. São procedimentos de intervenção mínima, fato que torna seus riscos cirúrgicos bastante reduzidos em relação a outras opções de tratamento para essa enfermidade.
A escolha, pelo operador, sobre qual stent utilizar, depende do tipo e das características da doença cerebrovascular e também de seu julgamento pessoal daquela marca de stent que melhor se adequaria a cada paciente.
Esta nova tecnologia apresenta, segundo a literatura, índices de cura elevados, com índices de morbidade de 3 a 15% e mortalidade de 3 a 8%, bastante aceitáveis para casos complexos , para as técnicas endovasculares convencionais e microcirúrgicas.
O uso de stents em doenças cerebrovasculares se mostra, por fim, um campo cada vez mais promissor e mais repleto de novidades, fazendo com que esse tratamento se torne um procedimento cada vez mais seguro e eficaz.