[[Piridostigmina, brometo]] está indicado para o tratamento de doenças que afetam os músculos, como: miastenia grave, doença de Little, esclerose múltipla e na esclerose lateral amiotrófica, mioatrofias espinhais e paresias consecutivas à poliomielite. Também pode ser usado na prevenção dos distúrbios pós-punção lombar e do meningismo pós-eletroencefalografia, assim como no tratamento da enxaqueca e cefaléia.<ref>[http://www.saudedireta.com.br/catinc/drugs/bulas/mestinon.pdf]</ref>
A miastenia gravis é uma doença crônica, de caráter autoimune, caracterizada por fatigabilidade anormal de músculos estriados, podendo acometer grupos musculares isolados ou tornar-se generalizada. Os músculos afetados perdem progressivamente a força contrátil e em prazo relativamente curto ficam exauridos e não mais se contraem, mesmo após repouso prolongado. Os casos de miastenia gravis em crianças podem ser divididos em neonatal, congênitos e juvenis, cada um apresentando uma entidade clínica distinta e cujo diagnóstico deve ser correto, diferenciando entre os subtipos, visto ser a terapêutica escolhida de acordo com a forma envolvida. O tratamento da miastenia gravis congênita é suportivo e os inibidores da acetilcolinesterase podem ser úteis em algumas formas. É descrito na literatura que, embora a terapêutica possa resultar em melhora significativa dos sintomas sistêmicos, a resposta ocular geralmente é pobre, sem grandes alterações no curso natural da doença. Até o momento não existe definida uma estratégia terapêutica ideal para o controle da miastenia gravis, isto é, a combinação ótima do tratamento clínico (drogas anticolinesterásicas, drogas imunossupressoras) e o tratamento operatório. Esse fato justifica-se em função das várias formas de manifestação dessa doença e da dificuldade de realizar estudos controlados.
O tratamento da doença objetiva o controle dos sintomas motores característicos, a diminuição das exacerbações, o aumento do período em remissão e o tratamento das crises miastênicas.
Piridostigmina inibe transitoriamente o catabolismo da acetilcolina pela acetilcolinesterase, aumentando a quantidade e a duração deste neurotransmissor na fenda sináptica com consequente melhora da força muscular. Apesar de não haver estudos randomizados, duplo-cegos, contra placebo para [[piridostigmina]] padrão, sua eficácia no controle sintomático da miastenia gravis está estabelecida por estudo com nível 4 de evidência <ref> [http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/pcdt_miastenia_gravis_livro_2010.pdf Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas - Portaria SAS/MS n° 229, de 10 de maio de 2010. (Retificada em 27.08.10) - Miastenia Gravis] </ref>.
== Padronização no SUS ==