A tuberculose (TB), doença causada pelo ''Mycobacterium tuberculosis'', pode acometer uma série de órgãos e/ou sistemas. A apresentação da TB na forma pulmonar, além de ser mais frequente, é também a mais relevante para a saúde pública, pois é a forma pulmonar, especialmente a bacilífera, a responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da doença. Não raramente, a tuberculose pode manifestar-se sob diferentes apresentações clínicas, que podem estar relacionadas com o órgão acometido. Desta forma, outros sinais e sintomas, além da tosse, podem ocorrer e devem ser valorizados na investigação diagnóstica individualizada.
'''TB Pulmonar'''
TB pulmonar pós – primária – Pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum no adolescente e no adulto jovem.
'''TB Extrapulmonar'''
As apresentações extrapulmonares da TB têm seus sinais e sintomas dependentes dos órgãos e/ou sistemas acometidos. Sua ocorrência aumenta entre pacientes com aids, especialmente entre aqueles com imunocomprometimento grave.
'''Diagnóstico Bacteriológico'''
A pesquisa bacteriológica é método de importância fundamental em adultos, tanto para o diagnóstico quanto para o controle de tratamento (BRASIL, 2008), e será usado na ordem de prioridade detalhada.
A baciloscopia do escarro, desde que executada corretamente em todas as suas fases, permite detectar de 60% a 80% dos casos de tuberculose pulmonar, o que é importante do ponto de vista epidemiológico, já que os casos bacilíferos são os responsáveis pela manutenção da cadeia de transmissão.
'''Cultura para micobactéria'''
A cultura é um método de elevada especificidade e sensibilidade no diagnóstico da TB. Nos casos pulmonares com baciloscopia negativa, a cultura do escarro pode aumentar em até 30% o diagnóstico bacteriológico da doença.
'''Teste rápido molecular (TRM-TB)'''
É um teste automatizado, simples, rápido e de fácil execução nos laboratórios. O teste detecta o ''Mycobacterium tuberculosis'' e indica se há resistência à rifampicina, em aproximadamente duas horas.
'''Diagnóstico Radiológico'''
A radiografia de tórax é método diagnóstico de grande importância na investigação da tuberculose (BURRIL, 2007; DALEY; GOTWAY; JASMER, 2009). Diferentes achados radiológicos apontam para a suspeita de doença em atividade ou doença no passado, além do tipo e extensão do comprometimento pulmonar. Deve ser solicitada para todo o paciente com suspeita clínica de TB pulmonar. No entanto, até 15% dos casos de TB pulmonar não apresentam alterações radiológicas, principalmente pacientes imunodeprimidos. Nos pacientes com suspeita clínica, o exame radiológico permite a diferenciação de imagens sugestivas de tuberculose ou de outra doença, sendo indispensável submetê-los a exame bacteriológico. Em suspeitos radiológicos de tuberculose pulmonar com baciloscopia direta negativa, deve-se afastar a possibilidade de outras doenças, recomendando-se a cultura para micobactéria.
'''Tratamento dos casos diagnosticados'''
A apresentação farmacológica desse esquema passa a ser em comprimidos de doses fixas combinadas dos quatro medicamentos RHZE (Rifampicina-Isoniazida-Pirazinamida e Etambutol), nas seguintes dosagens:
R 150mg, H 75mg, Z 400mg e E 275mg.
'''Tratamento da Tuberculose Resistente'''
Tratamentos com esquema básico em pacientes infectados por bacilos que apresentem mono ou polirresistência têm sido associados ao aumento do risco de recidiva, falência e ampliação do padrão de resistência, incluindo o desenvolvimento da multirresistência. Não existem evidências baseadas em ensaios clínicos randomizados e controlados para a indicação dos melhores esquemas nessas situações. As recomendações são fundamentadas nos princípios gerais da microbiologia e terapêutica para TB, estudos observacionais e opinião de especialistas. Quando houver a indicação de mudança de esquema, essa escolha deverá ser a menor associação com medicamentos mais eficazes e alta probabilidade de cura. A necessidade de mudança de esquema e a escolha da melhor associação medicamentosa serão avaliadas por profissionais experientes no manejo dos medicamentos de segunda linha. Portanto, as unidades de referência terciária, (ver capítulo Programa Nacional de Controle da Tuberculose) diretamente ou por meio de parecer, devem definir a conduta nesses casos. Se a monorresistência à rifampicina ou à isoniazida for identificada durante a fase intensiva do esquema básico, deve-se recomeçar novo esquema. Se fot identificada durante a fase de manutenção, prorrogar o uso de RH na segunda fase para sete meses, desde que o paciente tenha adesão ao tratamento comprovada, corroborada pela evolução clínica, bacteriológica e radiológica satisfatórias. Em caso de adesão ao tratamento duvidosa, de doença em atividade, reiniciar novo esquema. Para os casos portadores de bacilos polirresistentes, independentemente da fase em que o tratamento com esquema básico se encontre, também deve ser reiniciado novo esquema conforme as indicações.
'''Descrição dos medicamentos'''
Os medicamentos são adquiridos pelo Ministério da Saúde (MS) e Secretaria Estadual da Saúde (SES), são repassados para as GERSA (Gerência Regional de Saúde), que por sua vez distribuem aos municípios e Hospital Santa Tereza:
'''''Origem: Ministério da Saúde'''''
*'''Estreptomicina 1g Pó Sol. Inj. - frasco/ampola'''
'''''Origem: Secretaria Estadual da Saúde'''''
Levofloxacino 500mg – comprimido