Avaliação econômica de tecnologias em saúde e limite de custo-efetividade

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Informações gerais

A Avaliação Econômica de Tecnologias em Saúde (AETS) é uma ferramenta essencial para a tomada de decisões no setor de saúde, especialmente em contextos de recursos limitados. Este texto aborda os principais conceitos relacionados à AETS e discute a importância dos limites de custo-efetividade.

A AETS refere-se à análise comparativa de diferentes tecnologias ou intervenções de saúde, considerando tanto os custos envolvidos quanto os efeitos sobre a saúde dos pacientes. O objetivo é fornecer informações que auxiliem na alocação eficiente dos recursos disponíveis, garantindo o máximo benefício possível para a população.

Técnicas de avaliação econômica

  • Análise de Custo-Efetividade (ACE): Compara os custos e os efeitos de duas ou mais intervenções, medindo os resultados em unidades naturais, como anos de vida ganhos ou casos evitados de uma doença.;
  • Análise de Custo-Utilidade (ACU): Semelhante à ACE, mas os resultados são ajustados pela qualidade de vida, utilizando medidas como os Anos de Vida Ajustados pela Qualidade (QALY);
  • Análise de Custo-Benefício (ACB): Tanto os custos quanto os benefícios são expressos em unidades monetárias, permitindo a comparação direta entre diferentes intervenções;
  • Análise de Custo-Minimização (ACM): Utilizada quando duas ou mais intervenções apresentam eficácia equivalente, focando na identificação da opção de menor custo.​

Essas metodologias são fundamentais para embasar decisões sobre a incorporação de novas tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS) e para a alocação eficiente de recursos [1].

Limite de custo-efetividade

O limite de custo-efetividade, também conhecido como limiar de custo-efetividade, é um parâmetro utilizado para determinar se uma intervenção de saúde oferece um valor aceitável em relação ao seu custo. Ele representa o valor máximo que a sociedade está disposta a pagar por uma unidade adicional de benefício em saúde, como um QALY. Esse limiar auxilia na interpretação da razão de custo-efetividade incremental (ICER), que é a diferença de custo entre duas intervenções dividida pela diferença em seus efeitos [2].

No Brasil, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) tem discutido a adoção de limiares de custo-efetividade para orientar decisões de incorporação de novas tecnologias. A definição de um limiar adequado é desafiadora, pois deve refletir a capacidade de pagamento do sistema de saúde e as prioridades da sociedade [3].

Objetivos da avaliação econômica e dos limites de custo-efetividade

  • Tomada de Decisão Informada: Fornecem dados objetivos sobre os benefícios e custos das intervenções, auxiliando gestores e profissionais de saúde a escolherem as opções mais eficientes;
  • Sustentabilidade Financeira: Garantem que os recursos limitados sejam utilizados de forma a maximizar os benefícios em saúde, evitando gastos com intervenções de baixo valor agregado;
  • Equidade no Acesso: Contribuem para a distribuição justa dos recursos, assegurando que diferentes grupos populacionais tenham acesso a intervenções eficazes.​

Referências

  1. Ir para cima Avaliação Econômica em Saúde
  2. Ir para cima O Uso de Limiares de Custo-Efetividade nas Decisões em Saúde: Recomendações da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS
  3. Ir para cima Conitec publica recomendações sobre custo-efetividade em decisões em saúde

As demais referências utilizadas para elaboração deste medicamento constam em forma de link no decorrer do texto.