Capsulotomia Nd-YAG laser

Revisão de 15h09min de 17 de junho de 2025 por Anonimo (Discussão | contribs) (INDICAÇÕES)

Índice

INTRODUÇÃO

A capsulotomia com laser YAG, que é um procedimento para remover a opacidade da cápsula posterior do olho. É um procedimento que utiliza um laser para criar uma abertura na cápsula posterior do olho, removendo a opacidade que impede a passagem da luz.

Este procedimento é indicado para pessoas que já fizeram cirurgia de catarata e que desenvolveram essa opacidade, a qual pode comprometer a visão.  

A capsulotomia é realizada sob anestesia local (gotas de colírio) e não é um procedimento doloroso. O laser é direcionado à cápsula posterior, criando uma abertura que permite a passagem da luz e a recuperação da visão.

INDICAÇÕES

 

RISCOS

Várias complicações são relatadas com o uso do Nd: YAG laser na OCP, que incluem: marcas ou fissuras na LIO, aumento da PIO, deslocamento da LIO, uveíte, edema macular cistoide (ECM), descolamento de retina, buraco macular, hemorragia retiniana e endoftalmite.18 Muitos estudos sobre a incidência de descolamento de retina após Nd: YAG laser mostram aumento dessa incidência de 0,5% para 3,6% em comparação com pacientes que não receberam o tratamento a laser.19 O mecanismo exato para a patogênese permanece obscuro. A maioria dos autores acredita que a perda da cápsula posterior intacta inicia mudanças vítreas, tais como liquefação, que levariam à diminuição na viscosidade e despolimerização do vítreo, além de ondas de choque que também poderiam induzir a alterações diretamente no vítreo posterior.20 O aumento da PIO após Nd: YAG laser tem sido bem documentado, e existem vários mecanismos postulados. A obstruçãoda malha trabecular por células inflamatórias e detritos seria o responsável em causar redução na capacidade de drenagem. Lynch et al.21 encontraram redução quantificável da drenagem em olhos de macacos após Nd: YAG lasere, estudos histopatológicos, após o sacrifício dos macacos, mostraram que a malha trabecular continha fibrina, material da lente, células inflamatórias, pigmentos e eritrócitos. Schubert et al.22 acreditam que a perda de proteína a partir do vítreo dialisável é responsável pelo aumento da PIO. O ECM é uma complicação pouco comum após Nd: YAG laser. Mesmo que o "padrão ouro" para o diagnóstico dessa afecção seja a angiofluoresceinografia, vários estudos demonstraram boa correlação com a tomografia de coerência óptica (OCT), em particular os sistemas de domínio espectral de nova geração.23 O risco de ECM pode ser reduzido aumentando-se o intervalo entre a extração da catarata e a capsulotomia a laser.24 O YAG laser pode ainda causar danos na LIO, que inclui corrosões, buracos, rachaduras e deslocamentos. Fatores que contribuempara essas complicações incluem alta energia do laser, precisão do laser como foco,a distância entre a LIO e a cápsula posterior, o material da LIO e seu design. Lee et al.25 descreveram opacidades, buracos e fraturas em uma LIO de PMMA (polymethylmeth-acrylate) de 2,0 dioptrias após capsulotomia e Hsieh et al.26 relataram um caso em que uma LIO com parte óptica de vidro e alças de poliamida foi fraturada depois de uma capsulotomia com laser.


CUIDADOS

Vários cuidados durante o procedimento cirúrgico levam à redução nas taxas de OCP, tais como limpeza cortical meticulosa, LIO dentro do saco capsular, capsulorhexis curvilínea contínua, que se sobrepõe à borda óptica da LIO 360 graus, modificações no desenho das LIOs e do material, como uma parte óptica de borda quadrada e truncada. No entanto, nenhuma dessas medidas erradica por total a OCP, especialmente nos olhos de pacientes pediátricos, com uveíte, e diabéticos.18 Nos últimos 10 a 15 anos, tornou-se claro que o desenho da LIO desempenha papel importante na prevenção de OCP. A implantação de lentes de borda quadrada, introduzidas no início de 1990, foi associada com menor opacidade em relação a outras LIOs.27 Como resultado dessas descobertas, novas LIOs com a borda óptica quadrada foram introduzidas posteriormente. Recentes estudos mostraram que lentes de silicone com borda quadrada têm taxa de opacificação semelhante à das lentes de acrílico hidrofóbico.28,29,30 Fallor eHoft31 compararam danos do Nd: YAG laser em quatro tipos de LIOs em um estudo experimental, e observaram que LIOs com separação estreita entre a lente e a cápsula posterior podem experimentar mais danos com o uso de laser. Ao compararem os padrões de aplicação do laser mais frequentes, Ruiz-Casas et al.32 descobriram que menos energia é utilizada quando este é aplicado no formato cruz do que no padrão circular, porém a técnica em forma de cruz envolve maior risco de danos no centro da lente do que no padrão circular. No entanto, para cirurgiões experientes esse risco é baixo, o que não justifica a aplicação do padrão circular. Relatos na literatura sobre o impacto do polimento da cápsula anterior do cristalino na formação de OCP são contraditórios. Em relação à remoção completa do material cortical e polimento da cápsula anterior, a técnica de irrigação/aspiração (I-A) bimanual mostrou-se superior à técnica de (I-A) coaxial, devido à melhor acessibilidade a todas as áreas do saco capsular, permitindo melhor limpeza cortical.33,34 As lentes de contato para Yag laser ou lentes de Abraham podem ser utilizadas para estabilizar o olho, melhorar o feixe de laser, facilitar a focagem precisa e diminuir a área de laser na cápsula posterior. É desejada uma quantidade mínima de energia necessária para se obter a desagregação e ruptura da cápsula. Na maioria dos lasers, uma cápsula típica pode ser aberta usando 1-2 mJ/pulso. Para se evitarem marcas na LIO, o laser pode ser focado intencionalmente posterior à cápsula. A onda de choque se irradia para frente e rompe a cápsula. A capsulotomia deve ser tão grande quanto a pupila em condições isotópicas, como dirigir à noite, quando obrilho da borda capsular exposta é mais provável. Para um paciente com alto risco de descolamento da retina pode-se optar por uma pequena abertura. A capsulotomia com Yag laser pode resultar em complicações pós-operatórias significativas relacionadas à pressão ocular de morbidade. Essas incluem: elevação transitória e imediata da PIO pós-operatória, início de glaucoma ou agravamento do glaucoma preexistente. Destaca-se pela maior frequência, o aumento da PIO com pico nas primeiras duas horas, sendo geralmente transitório. Esse aumento é comumente na ordem de 5 a 10 mmHg e pode dar origem a danos visuais, principalmente em portadores de glaucoma avançado, que apresentam essa complicação com maior frequência.35 Muitos medicamentos são utilizados para a profilaxia de picos de PIO após Nd: YAG laser. O cloridrato de apraclonidina a 0,5%e o tartarato de brimonidina a 0,2% ou a 0,15% (agonistas alfa-adrenérgicos) são usados como profilaxia padrão para esses eventos.36,37 Os inibidores da anidrase carbônica também são eficazes e seguros para a prevenção dos picos de PIO. A dorzolamida tópica e acetazolamida oral, ministradas profilaticamente como administração única antes do Nd: YAG laser, também mostraram boa eficácia e segurança na prevenção da elevação da PIO.38 Outro estudo comparando a eficácia da dorzolamida tópica com a apraclonidina encontrou resultados semelhantes com ambas as drogas.38 O levobunolol e o timolol (antagonistas beta-adrenérgicos) demonstraram ser eficazes para a redução em longo prazo da PIO em pacientes com glaucoma ou hipertensão ocular.39,40 O mais prudente é tratar com medicação profilática os pacientes que apresentam fatores de risco para o aumento considerável da PIO. Esses fatores de risco incluem: afacia, glaucoma, PIO pré-existente superior a 20 mm Hg, alta miopia e doenças vitreorretinianas. Em pacientes de alto risco, a PIO pode ser medida novamente 1 hora após otratamento com laser, e se estiver aumentada 5 mmHg ou mais, nova medida deverá ser obtida em 4 horas para pacientes com danos glaucomatoso pré-existentes. Se o aumento da PIO persistir, deve-se continuar com terapia antiglaucomatosa durante pelo menos uma semana. O tratamento após laser com esteroides tópicos e agentes cicloplégicos varia de acordo com a experiência individual do cirurgião. O uso de esteroides tópicos quatro vezes por dia, durante uma semana no pós-operatório é, muitas vezes, útil para aliviar possíveis desconfortos e inflamações.


CAPSULOTOMIA NO SUS

No âmbito do SUS o procedimento é padronizado segundo a Tabela SIGTAP como segue:

Procedimento: 04.05.05.002-0 - CAPSULOTOMIA A YAG LASER

Valores

Serviço Ambulatorial: R$ 112,77

Serviço Hospitalar: R$ 0,00

Total Ambulatorial: R$ 112,77

Serviço Profissional: R$ 0,00

Total Hospitalar: R$ 0,00

REFERÊNCIAS

1. Allen D, VasavadaA. Cataract and surgery for cataract. BMJ. 2006;333(7559):128-32. https://doi.org/10.1136/bmj.333.7559.128 2. Schaumberg D, Dan M, Christen W, Glynn R. A systematic overview of the incidence of posterior capsule opacification. Ophthalmology. 1998;105(7):1213-21. https://doi.org/10.1016/S0161-6420(98)97023-3 3. Cleary G, Spalton D, Koch D. Effect of square-edged intraocular lenses on neodymium:YAG laser capsulotomy rates in the United States. J Cataract Refract Surg. 2007;33(11):1899-906. https://doi.org/10.1016/j.jcrs.2007.06.056 4. Hayashi K, Hayashi H, Nakao F, Hayashi F. Correlation between posterior capsule opacification and visual function before and after neodymium: YAG laser posterior capsulotomy. Am J Ophthalmol. 2003;136(4):720-6. https://doi.org/10.1016/S0002-9394(03)00425-2 5. Knighton RW, Slomovic AR, Parrish RK II. Glare measurements before and after neodymium-YAG laser posterior capsulotomy. Am J Ophthalmol. 1985;100(5): 708-13. https://doi.org/10.1016/0002-9394(85)90627-0 6. Tan JCH, Spalton DJ, Arden GB. The effect of neodymium: YAG capsulotomy on contrast sensitivity and the evaluation of methodsfor its assessment. Ophthalmology. 1999;106(4):703-9. https://doi.org/10.1016/S0161-6420(99)90154-9 7. Tetz MR, Auffarth GU, Sperker M, Blum M, V€olckerHE. Photographic image analysis system of posterior capsule opacification. J Cataract Refract Surg. 1997; 23(10):1515-20. https://doi.org/10.1016/S0886-3350(97)80022-3 8. Cheng CY, Yen MY, Chen SJ. Visual acuity and contrast sensitivity in different types of posterior capsule opacification. J Cataract Refract Surg. 2001;27(7):1055-60. https://doi.org/10.1016/S0886-3350(97)80022-3 9. Strong N. Interferometer assessment of potential visual acuity before YAG capsulotomy: relative performance of three instruments. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol. 1992;230(1):42-66. https://doi.org/10.1007/BF00166761 10. Kato S, Suzuki T, Hayashi Y, Numaga J, Hattori T, Yuguchi T, Kaiya T, Oshika T. Risk factors for contraction of the anterior capsule opening after cataract surgery. J Cataract Refract Surg. 2002;28(1):109-12. https://doi.org/10.1016/S0886-3350(01)00901-4 11. Hansen SO, Crandall AS, Olson RJ. Progressive constriction of the anterior capsular opening following intact capsulorhexis. JCataract Refract Surg. 1993;19(1):77-82. https://doi.org/10.1016/S0886-3350(13)80287-8 12. Hayashi K, Hayashi H. Effects of anterior capsule contraction on visual function after cataract surgery. J Cataract Refract Surg. 2007;33(11):1936-40. https://doi.org/10.1016/j.jcrs.2007.06.068 13. Miyake K, Ota I, IchihashiS, Miyake S, Tanaka Y, Terasaki H. New classification of capsular block syndrome. J Cataract Refract Surg. 1998;24(9):1230-4. https://doi.org/10.1016/S0886-3350(98)80017-5 14. Nishi O, Kayo Nishi K, Takahashi E. Capsular Bag Distention syndrome noted five years after intraocular lens implantation. AmJ Ophthalmol. 1998;125(4):545-7. https://doi.org/10.1016/S0002-9394(98)00358-4 15. Davison JA. Positive and negative dysphotopsia in patients with acrylic intraocular lenses. J Cataract Refract Surg. 2000;26(9):1346-55. http://dx.doi.org/10.1016/S0886-3350(00)00611-8 16. Cooke DL, Kasko S, Platt LO. Resolution of negative dysphotopsia after laser anterior capsulotomy. J Cataract Refract Surg. 2013;39(7):1107-9. https://doi.org/10.1016/j.jcrs.2013.05.002 17. Folden DV. Neodymium: YAG laser anterior capsulectomy: surgical option in the management of negative dysphotopsia. J CataractRefract Surg. 2013;39(7):1110-5 https://doi.org/10.1016/j.jcrs.2013.04.015 18. Aslam TM, Devlin H, Dhillon B. Use of Nd:YAG laser capsulotomy. Surv Ophthalmol. 2003;48(6):594-612. http://dx.doi.org/10.1016/j.survophthal.2003.08.002 19. Dardenne MU, Gerten GJ, Kokkas K, Kermani O. Retrospective study of retinal detachment following neodymium:YAGlaser posterior capsulotomy. J Cataract Refract Surg. 1989;15(6):676-80. http://dx.doi.org/10.1016/S0886-3350(89)80036-7 20. Lerman S, Thrasher B, Moran M. Vitreous changes after neodymium-YAG laser irradiation of the posterior lens capsule or mid-vitreous. Am J Ophthalmol. 1984;97(4):470-5. https://doi.org/10.1016/0002-9394(84)90150-8 21. Lynch MG, Quigley HA, Green WR. The effect of neodymium: YAG laser capsulotomy on aqueous humor dynamics in the monkey eye. Ophthalmology. 1986;93(10):1270-5. https://doi.org/10.1016/S0161-6420(86)33575-9 22. Schubert HD, Morris WJ, Trokel SL, Balazs EA. The role of the vitreous in the intraocular pressure rise after neodymium-YAG laser capsulotomy. Arch Ophthalmol. 1985;103(10):1538-42. https://doi.org/10.1001/archopht.1985.01050100114030 23. Torrón-Fernández-Blanco C, Ruiz-Moreno O, Ferrer-Novella E, Sánchez-Cano A, Honrubia-López FM. Pseudophakic cystoids macular edema. Assessment with optical coherence tomography. Arch Soc Esp Oftalmol. 2006;81(3):147-53. Abstract disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16572358 24. 24. Henderson BA, Kim JY, Ament CS, Ferrufino-Ponce ZK, Grabowska A, Cremers SL. Clinical pseudophakic cystoids macular edema. Risk factors for development and duration after treatment. J Cataract Refract Surg. 2007;33(9):1550-8. https://doi.org/10.1016/j.jcrs.2007.05.013 25. Lee JS, Li CY, Lin YC, Chang SY, Lin KK. Ripple-like intraocular lens damage from a neodymium: YAG laser. J Cataract Refract Surg. 2003;29(3):621-3. https://doi.org/10.1016/S0886-3350(02)01523-7 26. Hsieh MW, Chien KH, Liu CC, Lu DW, Tai MC. Rare case of optic fracture in a glass intraocular lens after neodymium-doped yttrium aluminium garnet capsulotomy. Clin Exp Ophthalmol. 2013;41(4):414-5. https://doi.org/10.1111/j.1442-9071.2012.02887.x 27. Hollick EJ, Spalton DJ, Ursell PG, Pande MV, Barman SA, Boyce JF, Tilling K. The effect of polymethylmethacrylate, silicone, and polyacrylic intraocular lenses on posterior capsular opacification 3 years after cataract surgery. Ophthalmology. 1999;106(1):49-54, discussion 54-5. https://doi.org/10.1016/S0161-6420(99)90047-7 28. Prosdocimo G, Tassinari G, Sala M, Di Biase A, Toschi PG, Gismondi M, Corbanese U. Posterior capsule opacification after phacoemulsification: silicone CeeOn Edge versus acrylate AcrySof intraocular lens. J Cataract Refract Surg. 2003;29(8):1551-5. https://doi.org/10.1016/S0886-3350(02)02051-5 29. Findl O, Menapace R, Sacu S, BuehlW, Rainer G. Effect of optic material on posterior capsule opacification in intraocular lenses with sharp-edge optics. Ophthalmology. 2005;112(1):67-72. https://doi.org/10.1016/j.ophtha.2004.07.032 30. Johansson B. Clinical consequences of acrylic intraocular lens material and design: Nd:YAG-laser capsulotomy rates in 3 x 300 eyes 5 years after phacoemulsification. Br J Ophthalmol. 2010; 94(4):450-5. https://doi.org/10.1136/bjo.2009.166181 31. Fallor MK, Hoft RH. Intraocular lens damage associated with posterior capsulotomy: a comparison of intraocular lens designs and four different Nd:YAG laser instruments. Am Intraocul Implant Soc J. 1985;11(16):564-7. https://doi.org/10.1016/S0146-2776(85)80133-6 32. Ruiz-Casas D, Barrancos C, Alio II J, Ruiz-Guerrero M, Munoz-Negrete F. Effect of posterior neodymium:YAG capsulotomy. Safety evaluation of macular foveal thickness, intraocular pressure and endothelial cell loss in pseudophakic patients with posterior capsule opacification. ArchSoc Esp Oftalmol. 2013;88(11):415-22. https://doi.org/10.1016/j.oftal.2013.04.003 33. Sacu S, Menapace R, Wirtitsch M, Buehl W, Rainer G, Findl O. Effect of anterior capsule polishing on fibrotic capsule opacification: three-year results. J Cataract Refract Surg. 2004;30(11):2322-7. https://doi.org/10.1016/j.jcrs.2004.02.092 34. Sacu S, Menapace R, Findl O, Georgopoulos M, Buehl W, Kriechbaum K, Rainer G. Influence of optic edge design and anterior capsule polishing on posterior capsule fibrosis. J Cataract Refract Surg. 2004;30(3):658-62. http://dx.doi.org/10.1016/j.jcrs.2003.07.005 35. Barnes EA, Murdoch IE, Subramaniam S, Cahill A, Kehoe B, Behrend M. Neodymium: yttrium-aluminum-garnet capsulotomy and intraocular pressure in pseudophakic patients with glaucoma. Ophthalmology. 2004;111(7):1393-7. https://doi.org/10.1016/j.ophtha.2003.12.047 36. Chen TC. Brimonidine 0.15% versus apraclonidine 0.5% for prevention of intraocular pressure elevation after anterior segment laser surgery. J Cataract Refract Surg. 2005;31(9):1707-12. https://doi.org/10.1016/j.jcrs.2005.02.035 37. Chen TC, Ang RT, Grosskreutz CL, Pasquale LR, Fan JT. Brimonidine 0.2% versus apraclonidine 0.5% for prevention of intraocular pressure elevations after anterior segment laser surgery. Ophthalmology. 2001;108(6):1033-8. https://doi.org/10.1016/S0161-6420(01)00545-0 38. Ladas ID, Baltatzis S, Panagiotidis D, Zafirakis P, Kokolakis SN, Theodossiadis GP. Topical 2.0% dorzolamide VS oral acetazolamide for prevention of intraocular pressure rise after neodymium:YAG laser posterior capsulotomy. Arch Ophthalmol. 1997;115(10):1241-4. https://doi.org/10.1001/archopht.1997.01100160411003 39. Richter CU, Arzeno G, Pappas HR, Arrigg CA, Wasson P, Steinert RF. Prevention of intraocular pressure elevation following neodymium YAG laser posterior capsulotomy. Arch Ophthalmol. 1985;103(7):912-5. http://dx.doi.org/10.1001/archopht.1985.01050070038026 40. Migliori ME, Beckman H, Channell MM. Intraocular pressure changes after neodymium-YAG laser capsulotomy in eyes pre treated with timolol. Arch Ophthalmol. 1987;105(4):473-5. https://doi.org/10.1001/archopht.1987.01060040043028