Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (CESAF) - Tuberculose
Informações gerais
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. A doença afeta prioritariamente os pulmões (forma pulmonar), embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A forma extrapulmonar, que afeta outros órgãos que não o pulmão, ocorre mais frequentemente em pessoas vivendo com HIV, especialmente aquelas com comprometimento imunológico.
Apesar de ser uma enfermidade antiga, a tuberculose continua sendo um importante problema de saúde pública. No mundo, a cada ano, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose. A doença é responsável por mais de um milhão de óbitos anuais. No Brasil, mais de 84 mil casos novos são notificados, ocorrendo cerca de 6 mil óbitos anuais [1].
Diagnóstico
No Brasil, o diagnóstico da TB é realizado conforme preconizado no Manual de Recomendações Para o Controle da Tuberculose no Brasil, sendo subdividido em diagnóstico clínico, diferencial, bacteriológico, imagem, histopatológico e por outros testes diagnósticos. Para a rede laboratorial, as orientações e recomendações para o diagnóstico laboratorial de micobactérias estão contidas no Manual de Recomendações para o Diagnóstico Laboratorial de Tuberculose e Micobactérias não Tuberculosas de Interesse em Saúde Pública no Brasil.
Para o diagnóstico laboratorial da tuberculose são utilizados os seguintes exames:
- Teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB) ou baciloscopia;
- Cultura;
- Teste de Sensibilidade aos fármacos.
Além do diagnóstico laboratorial, a avaliação clínica é de suma importância para o diagnóstico da TB e a realização da radiografia do tórax é indicada como um método complementar para esse diagnóstico [2].
Tratamento
O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses, é gratuito e está disponível, exclusivamente, no Sistema Único de Saúde (SUS). São utilizados quatro medicamentos para o tratamento dos casos de tuberculose que utilizam o esquema básico: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. A tuberculose tem cura quando o tratamento é feito de forma adequada, até o final. O papel dos profissionais de saúde em apoiar e monitorar o tratamento da tuberculose, por meio de um cuidado integral e humanizado e centrado na pessoa, é muito importante. Uma das principais estratégias para promover a adesão ao tratamento é o Tratamento Diretamente Observado (TDO).
O TDO consiste na observação da tomada do medicamento pela pessoa com tuberculose sob a observação de um profissional de saúde ou por outros profissionais capacitados, como profissionais da assistência social, entre outros, desde que supervisionados por profissionais de saúde. Esse regime de tratamento deve ser realizado, idealmente, em todos os dias úteis da semana, ou excepcionalmente, três vezes na semana
Importante: logo nas primeiras semanas do tratamento, a pessoa se sente melhor e, por isso, precisa ser orientada pelo profissional de saúde a realizar o tratamento até o final, independentemente do desaparecimento dos sintomas. É importante lembrar que o tratamento irregular pode complicar a doença e resultar no desenvolvimento de tuberculose droga resistente.
Os seguintes medicamentos são ofertados por meio do Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (CESAF), para o tratamento de tuberculose:
- Estreptomicina;
- Etambutol;
- Isoniazida;
- Pirazinamida;
- Rifampicina;
- Rifabutina;
- Rifapentina;
- Rifapentina + Isoniazida;
- Rifampicina + Isoniazida;
- Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida;
- DFC (4x1 – RHZE) Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida + Etambutol;
- Levofloxacino;
- Claritromicina;
- Piridoxina;
Considerações
Todas as informações aqui disponibilizadas encontram-se disponíveis no site da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da SES/SC, além de Notas técnicas, Campanhas e Publicações.