Meia Elástica
As meias elásticas comprimem a musculatura da panturrilha, mantendo as veias contraídas. Dessa forma, diminuem o refluxo e a hipertensão venosa. São indicadas para a grande maioria dos pacientes. Tanto ajudam a aliviar os sintomas (nos casos menos graves) quanto a curar ferimentos e evitar que eles retornem (nos casos mais avançados).
A compressão é maior no tornozelo e vai diminuindo gradualmente em direção do joelho e da coxa, auxiliando no retorno venoso dos membros inferiores, proporcionam auxilio efetivo no alívio cansaço e sensação de peso nas pernas e no alívio dos sintomas das doenças venosas.
As meias elásticas até o joelho são suficientes para o tratamento. A meia elástica, localizada acima do joelho, pode atrapalhar a flexão dessa articulação.
O inchaço das pernas e outros sintomas da Insuficiência Venosa Crônica também podem ser evitados elevando-se as pernas acima do nível do coração e evitando ficar em pé por longos períodos de tempo. Quando esses longos períodos em pé são necessários, pode-se fletir as pernas de vez em quando para permitir que a bomba venosa continue enviando sangue ao coração. A Manutenção do peso ideal também é bastante importante para diminuir o impacto dos sintomas da Insuficiência Venosa Crônica.
Índice
Insuficiência Venosa Crônica (IVC)
A insuficiência Venosa Crônica é definida como uma anormalidade do sistema venoso, causada por uma incompetência valvular, associada ou não a obstrução do fluxo venoso.Pode afetar o sistema venoso superficial, o sistema venoso profundo, ou ambos.
A insuficiência venosa crônica acomete pessoas de diferentes faixas etárias e pode causar sérios problemas socioeconômicos, como ausência do trabalho, e até mesmo aposentadoria de indivíduos em fase produtiva da vida.
O diagnóstico é clínico, e quando necessário, são utilizados exames complementares. O tratamento envolve faixas ou meias elásticas, curativos específicos e procedimentos cirúrgicos.
Indicações e contraindicações
As contra-indicações são poucas: doenças arteriais obstrutivas periféricas avançadas, insuficiência cardíaca congestiva, flebite séptica, dermatite úmida, neuropatia periférica avançada. Pouquíssimos casos de alergia foram relatados devido a um dos componentes das meias.
Não há efeitos colaterais do tratamento com a terapia de compressão se a tabela de tamanhos do fabricante for seguida à risca.
A Prescrição Médica
Este tratamento é prescrito por um medico para tratar flebite, trombose, tratamento após cirurgia de veias e alívio das manifestações de doença venosa crônica (pernas pesadas, varizes, edemas, úlceras de perna, etc.). Também pode ser prescrito para prevenir problemas venosos durante a gravidez e viagens longas.
Na solicitação do material, o médico deve descrever a medida adequada ao perfil físico do paciente e o valor da compressão necessária em mmhg.
Informações Necessárias para a compra da meia elástica
- Tipo indicado: 3/4; 7/8; meia calça ou meia calça com cinta.
- Modelo: varia conforme o fabricante
- Tipo de compressão: As meias medicinais de compressão estão disponíveis em diferentes graus de compressão, dependendo da gravidade da patologia a ser tratada. A pressão exercida pela meia de compressão na área do tornozelo é medida em milímetros de mercúrio (mmHg). As classes de compressão são definidas de acordo com diferentes normas oficiais (AFNOR na França, GZG na Alemanha, etc.). O médico prescreve a classe de compressão que corresponde à patologia do paciente. Leve compressão corresponde às classes 1 ou 2 (18-22 mmhg ou 15-23 mmhg), forte compressão às classes 3 ou 4 (30-40 mmhg), dependendo da norma utilizada.;
- Circunferências: tornozelo, panturrilha, abaixo do joelho, metade da coxa, 5 cm abaixo da virilha
- Comprimento: da sola do pé até abaixo do joelho; da sola do pé até 5 cm da virilha
Recomendação desfavorável pela CONITEC
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – CONITEC, por meio do Relatório de Recomendação nº 590 e da Portaria MS/SCTIE nº 3, de 19 de fevereiro de 2021 tornou pública a decisão de não incorporar as meias elásticas de compressão como parte do tratamento de pacientes com linfedema de membros inferiores, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.
Referências
- Insuficiência Venosa Crônica. Uma atualização. Disponibilizada em: http://www.jvascbr.com.br/03-02-04/03-02-04-318/03-02-04-318.pdf Pesquisa realizada em 16/10/14
As demais referências foram citadas ao longo do texto.