Laserterapia

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DEFINIÇÃO

A laserterapia de baixa intensidade (LBI) utiliza energia luminosa para estimular o reparo tecidual, promovendo a regeneração celular e a regeneração de vasos sanguíneos, causando efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e na cicatrização.

Existem dois tipos de laser de baixa potência: o vermelho e infravermelho, que atuam por meio de um efeito fotoquímico, no qual a energia luminosa é transformada em energia química dentro das células, trazendo benefícios, como melhora da oxigenação celular, aumento do fluxo sanguíneo, ativação do sistema imunológico, ativação do sistema antioxidante endógeno, redução do infiltrado inflamatório, redução do edema, analgesia e ação antimicrobiana (quando associado a corantes na terapia fotodinâmica). O laser vermelho de comprimento de onda 660 Nanômetros (±10nM) é indicado para regular a cicatrização e a drenagem linfática local. O laser infravermelho com comprimento entre 808nM(±10nM) alcança maiores profundidades, sendo então melhor aplicado para feito analgésico, processo inflamatório, reparação tecidual e disfunções neuromusculares. Além disso ele também é indicado para o controle de sintomatologia dolorosa, para o reparo neural e drenagem local sobre os linfonodos.

É um procedimento utilizado nas lesões musculoesqueléticas por fisioterapeutas e também nas lesões orais por dentistas, recorrendo a suas propriedades anti-inflamatórias, analgésicas, cicatrizantes, de neoformação vascular e de reparação tecidual.

A mucosite oral é um evento adverso decorrente da quimioterapia e a radioterapia, que matam as células que se multiplicam rapidamente na região da boca, com consequente formação de ulcerações dolorosas. A laserterapia pode ser utilizada tanto para tratar essas ulcerações, como também de forma preventiva, sendo utilizada 3 dias após a quimioterapia ou diariamente após a radioterapia.

EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS E AVALIAÇÃO DA CONITEC

Embora existam indicativos preliminares que a laserterapia de baixa intensidade seja eficaz em reduzir a dor de diferentes causas, assim como possa auxiliar na regeneração tecidual e controle da inflamação, não há estudos científicos suficientes acerca do tamanho deste efeito. Ademais, não há sequer um consenso sobre um protocolo único para a aplicação clínica. Isso se deve à variação dos parâmetros que podem ser aplicados em comprimento de onda, energia, fluência, potência, duração do tratamento e repetição.

A laserterapia teve uma avaliação preliminares na Conitec, mas até o momento não se decidiu pela incorporação no SUS. Em 13/05/2017, na sua 55a reunião, os membros do Plenário da CONITEC realizaram questionamento sobre a demanda de laserterapia para prevenção e tratamento da mucosite oral. O técnico do Departamento de Gestão de Incorporação de Tecnologias em Saúde esclareceu que a laserterapia é recomendada pelas Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Câncer de Cabeça e Pescoço (Portaria SAS/MS nº 516, de 17 de junho de 2015) para o tratamento precoce da mucosite oral. Os membros presentes na reunião solicitaram a apresentação de uma análise de impacto orçamentário da incorporação da laserterapia no SUS pelo demandante nesta indicação e a trouxesse em reunião posterior para subsidiar a tomada de decisão, e, até o momento, não há novas informações.