Mudanças entre as edições de "Elosulfase alfa"

De InfoSUS
Ir para: navegação, pesquisa
(Informações sobre o medicamento/alternativas)
(Principais informações)
Linha 13: Linha 13:
 
Reações alérgicas fatais como anafilaxia podem ocorrer durante a infusão do medicamento e até três horas após. Os efeitos colaterais mais comuns relatados durante infusões de elosufase alfa incluíram febre, vômito, dor de cabeça, náuseas, dor abdominal, calafrios e fadiga <ref>https://www.bmrn.com/products/vimizim.php</ref>.
 
Reações alérgicas fatais como anafilaxia podem ocorrer durante a infusão do medicamento e até três horas após. Os efeitos colaterais mais comuns relatados durante infusões de elosufase alfa incluíram febre, vômito, dor de cabeça, náuseas, dor abdominal, calafrios e fadiga <ref>https://www.bmrn.com/products/vimizim.php</ref>.
  
Esse medicamento foi aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration), agencia regulatória norte-americana, para pacientes com Mucopolissacaridose IVA em fevereiro de 2014. Foi aprovado pela European Medicines Agency, segundo [http://www.ema.europa.eu/docs/pt_PT/document_library/EPAR_-_Summary_for_the_public/human/002779/WC500169241.pdf Relatório Público Europeu de Avaliação (EPAR)] e, em 28 de abril de 2014, a Comissão Europeia concedeu sua Autorização de Introdução no Mercado válida para toda a União Europeia.
+
[[Elosulfase alfa]] foi registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em dezembro de 2014<ref>[http://www7.anvisa.gov.br/datavisa/consulta_produto/rconsulta_produto_detalhe.asp]</ref>.
  
A Diretoria de Assuntos Regulatórios do laboratório que desenvolveu o medicamento informou, em outubro de 2014, que o medicamento foi submetido para registro na ANVISA e a documentação de registro encontra-se em análise nesse Órgão.
 
  
  

Edição das 11h30min de 30 de novembro de 2015

Classe terapêutica

Enzimoterapia restitutiva

Nomes comerciais

Vimizim

Principais informações

Elosulfase alfa é a uma terapia de reposição enzimática para tratamento de pacientes com Mucopolissacaridose tipo IV (MPS IV, Síndrome de Morquio A), uma doença crônica e progressiva [1]. A terapêutica de reposição enzimática fornece aos pacientes a enzima que lhes falta. A elosulfase alfa é uma cópia da enzima humana N-acetilgalactosamina-6-sulfatase, cuja ação é ajudar a decompor os glicosaminoglicanos (GAG), impedindo seu acúmulo nas células e, melhorando, dessa forma, os sintomas da MPS IVA [2].

Reações alérgicas fatais como anafilaxia podem ocorrer durante a infusão do medicamento e até três horas após. Os efeitos colaterais mais comuns relatados durante infusões de elosufase alfa incluíram febre, vômito, dor de cabeça, náuseas, dor abdominal, calafrios e fadiga [3].

Elosulfase alfa foi registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em dezembro de 2014[4].



Mucopolissacaridose tipo IV (MPS IV, Síndrome de Morquio A)


A mucopolissacaridose tipo IVA (MPS IVA, também conhecida por Síndrome de Morquio A) é uma doença genética causada pela falta de uma enzima chamada N-acetilgalactosamina-6-sulfatase, necessária para a decomposição de substâncias no organismo chamadas glicosaminoglicanos (GAG). Quando há ausência ou quantidades pequenas dessa enzima, os GAG não se decompõem e acumulam-se nas células de todo o corpo, levando à disfunção das células, tecidos e órgãos [5].

As alterações clínicas começam a ocorrer a partir dos 18 a 24 meses de idade, com a instalação de grande retardo pondo-estatural. Dentre as alterações esqueléticas típicas pode ocorrer: nanismo com tronco curto, tórax em quilha (pectus carinatum), cifose, hiperlordose, escoliose, deformidade ovóide das vértebras, geno valgo, pé plano valgo bilateral, hiperextensão articular (principalmente dos punhos) e hipoplasia odontogênica. Dentre as manifestações extra-esqueléticas pode haver: opacidade da córnea, hepatomegalia (abdome proeminente), lesões valvulares cardíacas, prognatismo, nariz curto e achatado, dentes espaçados e com redução no esmalte, e freqüentemente alterações auditivas, que podem variar desde disacusias condutivas até neurossensoriais [6].

Informações sobre o medicamento/alternativas

Elosulfase alfa não está padronizada em nenhum dos programas do Ministério da Saúde, o qual é responsável pela seleção e definição dos medicamentos a serem fornecidos pelos referidos programas. Ainda, compete a esse órgão elaborar os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para tratamento da patologia que acomete o paciente. Sendo assim, cumpre ser informado que o medicamento referido, por não estar padronizado, não é fornecido pelo Estado. Como ele atua sobre o processo da doença uma vez que atua na reposição enzimática fazendo com as células do indivíduo possam funcionar com maior normalidade (diminuindo os glicosaminoglicanos acumulados). Para tratamento medicamentoso que atue no processo desta doença tipo IV, ou seja que atue nesta deficiência enzimática, não há alternativa.

A maioria das alternativas para o paciente com mucopolissacaridose tipo IV envolvem tratamentos paliativos para melhorar a qualidade de vida do paciente, uma vez que as modificações físicas que a doença provoca requerem cuidados especiais. Atualmente os cuidados envolvem acompanhamento médico em virtude de comprometimento respiratório, ósseo e articular e maior propensão a infecções; fisioterapia, fonoaudiologia e outras atividades terapêuticas.

Referências

<references>
  1. [1]
  2. [2] Vimizim – resumo do EPAR destinado ao público
  3. https://www.bmrn.com/products/vimizim.php
  4. [3]
  5. [4] Vimizim – resumo do EPAR destinado ao público
  6. [5] CHAVES, A. G. et al. Síndrome de Morquio: relato de caso e revisão da literatura