O Brasil elabora listas oficiais de medicamentos desde 1964, antes mesmo da recomendação e da publicação da lista modelo de medicamentos feita pela [http://www.who.int/eportuguese/countries/bra/pt/ Organização Mundial da Saúde (OMS)] em 1978. Inicialmente, as atualizações foram realizadas pela Central de Medicamentos (Ceme), que a partir da versão elaborada em 1975 passa a receber a denominação de Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename).==Informações gerais==
A Política '''Relação Nacional de Medicamentos regulamentada pela [https://bvsmsEssenciais (RENAME)''' é uma lista oficial que reúne os medicamentos considerados fundamentais para atender às necessidades de saúde prioritárias da população brasileira.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt3916_30_10_1998.html Portaria nº 3.916Elaborada pelo Ministério da Saúde, de 30 de outubro de 1998], primeiro documento norteador para a Assistência Farmacêutica RENAME orienta a oferta e política o uso de medicamentos publicado pós-criação do no Sistema Único de Saúde (SUS), estabeleceu entre suas diretrizes promovendo o uso racional e prioridades garantindo o acesso a adoção tratamentos eficazes e a revisão permanente da Rename, considerando-a como ferramenta imprescindível para a promoção do uso racional de medicamentosseguros.
A Política Nacional RENAME é atualizada periodicamente para refletir as necessidades de Assistência Farmacêutica (PNAF), publicada pela [http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2004/res0338_06_05_2004.html Resolução nº 338 do Conselho Nacional de Saúde] em 6 de maio de 2004, em consonância com as deliberações saúde da 12ª Conferência Nacional de Saúde população e da 1ª Conferência Nacional de Medicamentos as evoluções científicas e tecnológicas. O processo de Assistência Farmacêutica, amplia conceitualmente o escopo de sua atuação para ações atualização envolve a avaliação criteriosa de promoçãoevidências científicas sobre eficácia, proteção segurança e recuperação da saúde desenvolvidas no SUScusto-efetividade dos medicamentos, tendo o medicamento além de considerar aspectos como insumo essencial que deverá ter acesso assegurado com uso racional. A PNAF ressalta o uso da Rename relevância em um de seus eixos estratégicos, enfatizando a necessidade de sua atualização periódica, para servir como instrumento racionalizador das ações saúde pública e disponibilidade no âmbito da Assistência FarmacêuticaSUS.
Após um período de descontinuidade na ==Como é definida a RENAME==A responsabilidade pela definição e atualização da Rename, RENAME recai sobre o processo foi retomado de forma sistemática pelo Ministério da Saúde em 2005, com a criação o apoio da Comissão Técnica e Multidisciplinar Nacional de Incorporação de atualização da Rename Tecnologias no SUS (ComareCONITEC). A CONITEC avalia propostas de incorporação, a qualexclusão ou alteração de medicamentos na lista, sob a coordenação do Departamento de Assistência Farmacêutica baseando-se em critérios técnicos e Insumos Estratégicos científicos. As decisões são pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite (DAFCIT), passa a revisar que reúne representantes das três esferas de gestão do SUS: federal, estadual e publicar a municipal <ref>[https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/relacao_nacional_medicamentos_2024.pdf?utm_source=chatgpt.com Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME a partir de sua quinta edição em 20062024]</ref>.
No contexto do acesso a medicamentos no SUS é importante mencionar os avanços trazidos pela [http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12401.htm Lei nº 12.401, de 28 de abril de 2011], que altera a [http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990], estabelecendo a assistência terapêutica integral, que consiste na dispensação de medicamentos e produtos de interesse para a saúde, cuja prescrição esteja em conformidade com as diretrizes terapêuticas definidas em protocolo clínico para a doença ou o agravo à saúde a ser tratado ou, no caso destes não estarem disponíveis, com base nas relações de medicamentos instituídas pelo gestor federal do SUS. Acerca ==Estrutura da incorporação, exclusão ou alteração pelo SUS de medicamentos, produtos e procedimentos, bem como a constituição ou a alteração de [https://www.gov.br/conitec/pt-br/assuntos/avaliacao-de-tecnologias-em-saude/protocolos-clinicos-e-diretrizes-terapeuticas Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas], a referida Lei estabelece que o Ministério da Saúde seja assessorado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS - [[CONITEC]].RENAME==
A criação da RENAME é organizada em componentes que refletem diferentes estratégias de assistência farmacêutica no SUS <ref>[[CONITEChttps://www.conass.org.br/wp-content/uploads/2022/01/RENAME-2022.pdf?utm_source RENAME]] constitui-se um avanço ao regulamentar </ref>:Conass*'''Componente Básico:''' abrange medicamentos destinados a utilização atender condições mais prevalentes e é financiado de critérios transparentes e cientificamente respaldadosforma compartilhada entre União, ao considerar nas suas avaliações estados e recomendações sobre municípios.*'''Componente Estratégico:''' inclui medicamentos as evidências científicas sobre a eficáciapara doenças de relevância epidemiológica nacional, a acuráciacomo tuberculose e hanseníase, a efetividade com financiamento centralizado pelo Ministério da Saúde.*'''Componente Especializado:''' contempla medicamentos para condições específicas que exigem tratamentos de maior complexidade e a segurançacusto, bem como os benefícios e os custos em relação às tecnologias já incorporadasseguindo protocolos clínicos definidos.
A Além desses, a RENAME desempenha ainda o importante papel também relaciona insumos e medicamentos de orientar uso hospitalar, organizados conforme a política pública de desenvolvimento científico e tecnológicoClassificação Anatômica Terapêutica Química (ATC), a fim de dotar o País de capacidade de desenvolver e produzir os medicamentos para atender às necessidades do SUSrecomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). <ref>[https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/relacao_nacional_medicamentos_2024.pdf Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – RENAME 2024]</ref>
De acordo com ==Atualizações recentes==A versão mais recente da RENAME, publicada em 2024, introduziu a ferramenta digital [https://wwwads.insaude.gov.br/webservlet/dou/-/portaria-gm/ms-n-6mstrWeb?src=mstrWeb.324-de-26-de-dezembro-de-2024-604385932 Portaria GM/MS nº 6.324, de 26 de dezembro de 20243140&evt=3140&documentID=642B02B14CCFA8D7D876F3A50C77313B&Server=SRVBIPDF03&Port=0&Project=DMBnafar& RENAME em Tempo Real], fica estabelecida a Relação Nacional que permite consultas atualizadas sobre medicamentos e insumos de Medicamentos Essenciais - RENAME 2024 forma ágil e prática. Essa inovação visa facilitar o acesso à informação e promover maior transparência no âmbito do Sistema Único uso de Saúde (medicamentos no SUS) por meio da atualização do elenco de medicamentos e insumos da <ref>[https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sectics/rename Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME 2022]</ref>.
'''[https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/relacao_nacional_medicamentos_2024.pdf Consulte aqui a RENAME 2024]''' '''[https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sectics/daf/relacao-nacional-de-medicamentos-essenciais Consulte Clique aqui as publicações anteriores da para consultar a RENAME2024]'''
==Referência==
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*'''''As demais referências utilizadas para elaboração deste medicamento constam em forma de link no decorrer do texto.'''''