Alterações

Neuroimagem funcional

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Inclusão Ressonância com espectroscopia
O diagnóstico precoce de certos tipos de acidente vascular cerebral é cada vez mais importante na neurologia, uma vez que as substâncias que dissolvem coágulos sanguíneos podem ser usadas nas primeiras horas após a ocorrência de certos tipos de acidente vascular cerebral, mas são perigosas para uso posterior. As alterações cerebrais observadas no FMRI podem ajudar a tomar a decisão de tratar com esses agentes.
 
Como o PET, SPECT também pode ser usado para diferenciar diferentes tipos de processos de doenças que produzem demência, e cada vez mais é usado para esse propósito. Neuro-PET tem uma desvantagem de exigir o uso de traçadores com meias-vidas de no máximo 110 minutos. O SPECT, no entanto, é capaz de fazer uso de traçadores com meia-vidas muito mais longas, como o tecnécio-99.
 
 
 
== RESSONÂNCIA MAGNÉTICA COM ESPECTROSCOPIA ==
 
 
A espectroscopia de prótons vem sendo utilizada nas áreas acadêmica e industrial desde a década de 60, no entanto, sua aplicação na avaliação bioquímica do cérebro in vivo é mais recente.
A espectroscopia por ressonância magnética e a ressonância magnética “convencional” são métodos que se utilizam dos mesmos princípios físicos, diferindo na forma em que os dados são processados e apresentados. Em vez das imagens anatômicas de ressonância magnética a que estamos acostumados, as imagens de espectroscopia são representadas por um gráfico, que demonstra picos de metabólitos que apresentam diferentes radiofreqüências e intensidades.
A espectroscopia pode ser obtida a partir de diversos átomos como hidrogênio, fósforo, carbono, sódio e flúor. De maneira geral, do ponto de vista clínico, a espectroscopia mais utilizada é a de hidrogênio, devido à abundância deste átomo no organismo. A espectroscopia de prótons permite a distinção entre tecidos normais e anormais.
A espectroscopia de prótons analisa amostras tridimensionais (“voxel”). De acordo com o “voxel”, a espectroscopia pode ser dividida em “voxel” único e “voxel” múltiplo. Existem duas técnicas básicas de realização de espectroscopia de prótons: “stimulated echo acquisition mode” (STEAM) e “point resolved spectroscopy” (PRESS), que variam de acordo com os parâmetros escolhidos para a obtenção do espectro.
Para que uma substância seja detectada pela espectroscopia de prótons, sua concentração deve ser maior que 0,5–1,0 mmol/l. Por esse motivo, a maioria dos neurotransmissores e aminoácidos essenciais não é detectada por esta técnica, sendo então detectadas outras substâncias chamadas de metabólitos, cujo papel no cérebro muitas vezes ainda é desconhecido.
Os metabólitos identificados pela espectroscopia são: N-acetil-aspartato, colina, creatina total, mio-inositol, glutamato/glutamina, lactato e lipídios. Em geral, os metabólitos não podem ser estudados em valores absolutos e sua avaliação é feita por meio de relações, sendo, em geral, o denominador a creatina ou, menos comumente, a colina. Ainda deve-se saber que a concentração dos metabólitos varia de acordo com a localização no encéfalo e com a idade do paciente.
Algumas indicações já estão bem estabelecidas: diferenciação entre lesão focal neoplásica e não-neoplásica, diferenciação entre radionecrose e recidiva tumoral, diagnóstico de doença de Canavan e detecção de encefalopatia hepática subclínica. Outras aplicações estão sendo pesquisadas.
A grande discussão está em quais as verdadeiras indicações e aplicações da espectroscopia de prótons, pois como qualquer método novo, num primeiro momento, parece ao menos tentar resolver alguns dos dilemas diagnósticos, antes não-resolvidos pelas outras técnicas já utilizadas.
== AVALIAÇÕES CONITEC ==
 
O PET-CT foi avaliado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde - CONITEC, tendo incorporado ao a técnica para o '''diagnóstico oncológico''', no qual pode acompanhar o desenvolvimento do tumor, sua localização, presença de metástases e resposta a determinados medicamentos. Ou seja, não está disponível no SUS o PET-CT cerebral.
Não há registros de avaliação dos demais métodos de neuroimagem funcional pela Conitec.
 
 
 
== REFERÊNCIAS ==
 
 
Leite, Claudia da Costa. Espectroscopia de prótons por ressonância magnética. Radiologia Brasileira [online]. 2001, v. 34, n. 1 [Acessado 13 Fevereiro 2023], pp. V-VI. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0100-39842001000100001>. Epub 24 Jun 2003. ISSN 1678-7099. https://doi.org/10.1590/S0100-39842001000100001.
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