Mudanças entre as edições de "Vacina hipossensibilizante para alergias"

De InfoSUS
Ir para: navegação, pesquisa
 
Linha 1: Linha 1:
==Classe terapêutica==
+
#redirecionamento [[Vacinas para alergia (Imunoterapia com alérgenos)]]
 
 
Vacinas
 
 
 
== Indicação ==
 
 
 
A imunoterapia com alérgenos, também chamada de vacina para alergia ou vacina hipossensibilizante, consiste na aplicação de doses crescentes do alérgeno ao qual a pessoa é sensível, durante período de tempo variável, que geralmente varia de 1 a 3 anos. O objetivo deste tipo de terapia é reduzir o grau de sensibilidade (anticorpos da classe IgE) de pessoas que são alérgicas a determinadas substâncias, para reduzir a possibilidade de reações alérgicas imediatas e graves, como a anafilaxia. O quadro de anafilaxia geralmente é desencadeado por alimentos, medicamentos ou insetos (abelhas e formigas). Os anticorpos da classe IgE, produzidos durante a reação alérgica, são específicos para alérgenos do ambiente, como os ácaros da poeira, pólen, fungos, alimentos e insetos, dentro outros. A '''vacina hipossensibilizante''' pode ser indicada para pessoas sensíveis aos ácaros da poeira doméstica, pólen, fungos e venenos de insetos (abelhas, vespas, marimbondos e formigas). Estas vacinas também atuam modulando a inflamação característica das condições alérgicas crônicas, observadas nos casos de rinite alérgica e asma brônquica. É importante mencionar que esta modalidade terapêutica não apresenta indicação para o tratamento da alergia a alimentos e de alergia por contato. A indicação da imunoterapia, pelo médico assistente, deverá ser fundamentada: na comprovação da sensibilização (detecção de anticorpos IgE para o alérgeno), avaliação da importância da alergia no quadro clínico do paciente e na disponibilidade do alérgeno para o tratamento. As vacinas com alérgenos não devem ser aplicadas como forma isolada de tratamento, portanto, a imunoterapia com vacina hipossensibilizante deve ser utilizada como parte de um plano de tratamento, que deve incluir também medidas de controle ambiental e farmacoterapia. Em pacientes que também sofram de asma é necessário cautela ainda maior, uma vez que apresentam maior risco de desenvolver reações. As vacinas hipossensibilizantes são contraindicadas para pacientes com asma não controlada, durante as crises de asma, pacientes com doença coronariana, em pessoas que utilizam medicamentos anti-hipertensivos do tipo betabloqueadores e pacientes com imunodeficiências ou doenças autoimunes. <ref>[http://www.asbai.org.br/secao.asp?s=81&id=298 Associação Brasileira de Alergia e Imunologia] Acesso em: 24/01/2017</ref>
 
 
 
Conforme o regulamento técnico da ANVISA, [http://www.anvisa.gov.br/anvisalegis/resol/2003/rdc/324_03rdc.htm RDC n° 324 de 10 de novembro de 2003], que tem a finalidade de regulamentar os Procedimentos de Produção e Controle de Qualidade para obter o Registro, Alterar e Revalidar os registros dos Extratos Alergênicos e dos Produtos Alergênicos, os produtos alergênicos são divididos em 2 (duas) categorias:
 
 
 
*'''Produtos Alergênicos Registrados (produzidos industrialmente)'''
 
 
 
Produtos alergênicos disponibilizados no mercado como medicamentos com propósitos terapêuticos, produzidos a partir de extratos alergênicos registrados, contendo um único alérgeno ou misturas definidas de alérgenos, com concentrações específicas. As misturas de alérgenos não podem conter extratos conhecidamente incompatíveis que possam reduzir a potência definida. Devem ser produzidos em conformidade com as Boas Práticas de Fabricação de medicamentos e de acordo com o registro aprovado. As vacinas alergênicas industrializadas, devem ser registrados na ANVISA/MS como “produtos biológicos”. <ref>[http://www.anvisa.gov.br/anvisalegis/resol/2003/rdc/324_03rdc.htm Resolução Anvisa] Acesso em: 24/01/2017</ref>
 
 
*'''Produtos Alergênicos não registrados (produzidos por manipulação)'''
 
 
 
Produtos alergênicos preparados sob prescrição médica individual, a partir de Extratos Alergênicos registrados e com a finalidade de ser utilizado como produto “nominal ao paciente”. São preparações com composição variável ou em uma concentração específica ou em uma diluição adequada à sensibilidade do paciente, com propósito terapêutico, conforme a prescrição médica individual e preparadas em locais específicos e autorizadas para manipular produto alergênico com propósito terapêutico e devem ser manipulados de acordo com as normas das Boas Práticas de Manipulação de Produtos Alergênicos Estéreis (BPMPAE).<ref>[http://www.anvisa.gov.br/anvisalegis/resol/2003/rdc/324_03rdc.htm Resolução Anvisa]Acesso em: 24/01/2017</ref>
 
 
 
==Informações sobre o produto==
 
 
 
'''As vacinas hipossensibilizantes não pertencem ao elenco de medicamentos e insumos da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais [RENAME] no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).'''
 
 
 
A [RENAME] contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio dos Componentes Básico, Estratégico e Especializado da Assistência Farmacêutica, além de determinados medicamentos de uso hospitalar. Conforme o Art. 33 do [http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Decreto/D8065.htm Decreto nº 8.065/2013], a atualização da [[RENAME]] compete à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – [[CONITEC]], a qual tem por objetivo assessorar o Ministério da Saúde nas atribuições relativas à incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde pelo SUS, bem como na constituição ou alteração de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas - PCDT.
 
 
 
Sendo assim, o referido produto, por não estar padronizado em nenhum dos Componentes da Assistência Farmacêutica, não é fornecido pelo Estado.
 
 
 
==Referências==
 
<references/>
 

Edição atual tal como às 20h00min de 18 de dezembro de 2018