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Os cuidados crônicos no intuito da profilaxia das crises ocasionadas pela doença envolvem a educação do paciente para evitar os possíveis fatores desencadeantes, como traumas (principalmente faciais e no trato respiratório superior), infecções dentárias e o uso de medicações que exacerbam o HAE <ref> Atkinson, JP, et al. Hereditary angioedema: Prevention of attacks. In: UpToDate, Basow, DS (Ed), UpToDate, Waltham, MA, 2013. </ref>. | Os cuidados crônicos no intuito da profilaxia das crises ocasionadas pela doença envolvem a educação do paciente para evitar os possíveis fatores desencadeantes, como traumas (principalmente faciais e no trato respiratório superior), infecções dentárias e o uso de medicações que exacerbam o HAE <ref> Atkinson, JP, et al. Hereditary angioedema: Prevention of attacks. In: UpToDate, Basow, DS (Ed), UpToDate, Waltham, MA, 2013. </ref>. | ||
− | A profilaxia farmacológica de longo prazo está indicada para aqueles pacientes que apresentam mais de uma crise grave por mês, ou que se encontram acometidos por mais do que cinco dias por mês. Já foram usados na profilaxia das crises duas modalidades de tratamento: andrógenos atenuados ([[danazol]], [[estanazolol]] e [[oxandrolona]]) e agentes antifibrinolíticos ([[ácido épsilon-aminocaproico]] e [[ácido tranexâmico]]) <ref> Giavina-Bianchi, P, et al. Diretrizes do diagnóstico e tratamento do angioedema hereditário. Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 33. N° 6, 2010 </ref>, , sendo que estudos demonstraram maior eficácia com os andrógenos [http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/pcdt_angioedema_livro_2010.pdf Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para o diagnóstico e tratamento do Angioedema no SUS]. | + | A profilaxia farmacológica de longo prazo está indicada para aqueles pacientes que apresentam mais de uma crise grave por mês, ou que se encontram acometidos por mais do que cinco dias por mês. Já foram usados na profilaxia das crises duas modalidades de tratamento: andrógenos atenuados ([[danazol]], [[estanazolol]] e [[oxandrolona]]) e agentes antifibrinolíticos ([[ácido épsilon-aminocaproico]] e [[ácido tranexâmico]]) <ref> Giavina-Bianchi, P, et al. Diretrizes do diagnóstico e tratamento do angioedema hereditário. Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 33. N° 6, 2010 </ref>, , sendo que estudos demonstraram maior eficácia com os andrógenos <ref> [http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/pcdt_angioedema_livro_2010.pdf Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para o diagnóstico e tratamento do Angioedema no SUS] </ref>. |
[[Icatibanto]] trata-se de fármaco que bloqueia a atividade da bradicinina e, portanto, impede o agravamento dos sintomas decorrentes da crise de angioedema hereditário. Assim, sua única indicação com registro aprovado pela ANVISA é o tratamento dos sintomas das crises agudas de angioedema hereditário em pacientes adultos. Conclui-se que o medicamento não possui indicação aprovada no Brasil para a profilaxia em longo prazo. | [[Icatibanto]] trata-se de fármaco que bloqueia a atividade da bradicinina e, portanto, impede o agravamento dos sintomas decorrentes da crise de angioedema hereditário. Assim, sua única indicação com registro aprovado pela ANVISA é o tratamento dos sintomas das crises agudas de angioedema hereditário em pacientes adultos. Conclui-se que o medicamento não possui indicação aprovada no Brasil para a profilaxia em longo prazo. |
Edição das 18h46min de 25 de junho de 2013
Índice
Classe terapêutica
Antagonista dos receptores B2 da bradicinina
Nomes comerciais
Firazyr
Principais informações
Icatibanto foi aprovado pela ANVISA para tratamento do angioedema hereditário.
O angioedema hereditário (HAE) é uma desordem genética resultante da deficiência ou disfunção do inibidor da C1 esterase. Caracteriza-se por episódios recorrentes de angioedema (edema dos vasos sanguíneos) bem-delimitado sem coceira (ou urticária), que geralmente afeta a pele ou as mucosas dos tratos respiratório ou gastrintestinal. Apesar de o edema se resolver espontaneamente em dois a quatro dias mesmo na ausência de tratamento, pode ocorrer edema da glote e conseqüente asfixia, podendo ser fatal.
Na Portaria SAS/MS n. 109, de 23 de abril de 2010, está publicado o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para o diagnóstico e tratamento do Angioedema no SUS.
Os cuidados crônicos no intuito da profilaxia das crises ocasionadas pela doença envolvem a educação do paciente para evitar os possíveis fatores desencadeantes, como traumas (principalmente faciais e no trato respiratório superior), infecções dentárias e o uso de medicações que exacerbam o HAE [1].
A profilaxia farmacológica de longo prazo está indicada para aqueles pacientes que apresentam mais de uma crise grave por mês, ou que se encontram acometidos por mais do que cinco dias por mês. Já foram usados na profilaxia das crises duas modalidades de tratamento: andrógenos atenuados (danazol, estanazolol e oxandrolona) e agentes antifibrinolíticos (ácido épsilon-aminocaproico e ácido tranexâmico) [2], , sendo que estudos demonstraram maior eficácia com os andrógenos [3].
Icatibanto trata-se de fármaco que bloqueia a atividade da bradicinina e, portanto, impede o agravamento dos sintomas decorrentes da crise de angioedema hereditário. Assim, sua única indicação com registro aprovado pela ANVISA é o tratamento dos sintomas das crises agudas de angioedema hereditário em pacientes adultos. Conclui-se que o medicamento não possui indicação aprovada no Brasil para a profilaxia em longo prazo.
Informações sobre o medicamento/alternativas
O fármaco Icatibanto não está padronizado em nenhum dos programas do Ministério da Saúde, o qual é responsável pela seleção e definição dos medicamentos a serem fornecidos pelos referidos programas. Por esse motivo, não poderá ser disponibilizado no momento.
Alternativamente, o danazol 50mg, 100 mg e 200mg está padronizado pelo Ministério da Saúde, através do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, para o tratamento do defeito no sistema complemento (CID 10 D84.1), segundo critérios estabelecidos no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde para Angiodema e Portaria SAS/MS n. 109, de 23 de abril de 2010.
O acesso ao Componente Especializado da Assistência Farmacêutica se dá através de abertura de processo de solicitação de medicamento, devendo o paciente ou, na sua impossibilidade, o seu cuidador, dirigir-se ao Centro de Custo para este Componente, ao qual o município onde reside está vinculado.
Referências
- ↑ Atkinson, JP, et al. Hereditary angioedema: Prevention of attacks. In: UpToDate, Basow, DS (Ed), UpToDate, Waltham, MA, 2013.
- ↑ Giavina-Bianchi, P, et al. Diretrizes do diagnóstico e tratamento do angioedema hereditário. Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 33. N° 6, 2010
- ↑ Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para o diagnóstico e tratamento do Angioedema no SUS