Mudanças entre as edições de "Irinotecano"

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(Disponibilidade do medicamento no SUS)
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== Classe terapêutica ==
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==Classe terapêutica==
  
Antineoplásico
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Agentes antineoplásicos <ref>[https://www.whocc.no/atc_ddd_index/?code=L01 Grupo ATC] Acesso 31/08/2018</ref>
  
== Nomes Comerciais ==
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[[Classificação Anatômica Terapêutica Química (ATC)]] - L01XX19  <ref>[https://www.whocc.no/atc_ddd_index/?code=L01XX19 Código ATC] Acesso 31/08/2018</ref>
  
Camptosar, Tecnotecan, Dosatecan, Irenax, Photo-Itecan, Libratecam
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Antineoplásico
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<ref>[https://consultas.anvisa.gov.br/#/medicamentos/q/?substancia=19954 Classe Terapêutica - Registro ANVISA] Acesso 31/08/2018</ref>
  
==Resumo==
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==Nomes comerciais==
  
'''Irinotecano''' é um quimioterápico com registro na ANVISA e que é usado em uma grande variedade de neoplasias. Para algumas há portaria do Ministério da Saúde padronizando seu uso. Cada caso terá que ser avaliado individualmente para conferir se há cobertura pelo SUS.
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Camptosar ®; Cloritecan ®; Dosatecan ®; Evoterin ®; Irimac ®; Proto-Itecan ®; Tevairinot ®; Trebyxan ®
  
==Principais informações==
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==Indicações==
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O medicamento [[Irinotecano]] é indicado como agente único ou combinado no tratamento de pacientes com: carcinoma metastático do cólon ou reto não tratado previamente; carcinoma metastático do cólon ou reto cuja moléstia tenha recorrido ou progredido após terapia anterior com 5- fluoruracila; neoplasia pulmonar de células pequenas e não pequenas; neoplasia de colo de útero; neoplasia de ovário; neoplasia gástrica recorrente ou inoperável. O medicamento [[Irinotecano]] também está indicado para tratamento como agente único de pacientes com: neoplasia de mama inoperável ou recorrente; carcinoma de células escamosas da pele; linfomas. <ref>[http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=4012402017&pIdAnexo=5322474 Bula do medicamento do profissional] Acesso em 31/08/2018</ref>.
  
O '''irinotecano''' é um agente antineoplásico da classe dos agentes inibidores da topoisomerase I, um derivado semi-sintético da camptotecina (alcalóide extraído de vegetais como, por exemplo, a ''Campthotheca acuminata''). Age interagindo com a enzima topoisomerase I, uma enzima importante no processo de multiplicação celular. O bloqueio da topoisomerase I causa um erro na replicação da cadeia de DNA das células tumorais, levando-as à morte.
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== Padronização no SUS ==
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[http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_clinicos_diretrizes_terapeuticas_oncologia.pdf Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas em Oncologia – Ministério da Saúde 2014]
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[http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/fevereiro/07/PORTARIA-no-04-PCDT.carcinoma.mama.2018.pdf Portaria Conjunta SAS/SCTIE n°  4, de 23 de janeiro de 2018] - [http://conitec.gov.br/images/Protocolos/DDT/DDT_CarcinomaMama_2018_site.pdf Aprova as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Carcinoma de Mama]
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[http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/setembro/29/Portaria-SAS-DDT-Pulmao-23-09-2014.pdf Portaria Ministério da Saúde n°  957, de 26 de setembro de 2014] - [http://conitec.gov.br/images/Artigos_Publicacoes/ddt_CAPulmao_26092014.pdf Aprova as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Câncer de Pulmão]
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http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2014/prt0958_26_09_2014.html Portaria Ministério da Saúde n°  958, de 26 de setembro de 2014] - [http://conitec.gov.br/images/Artigos_Publicacoes/ddt_Colorretal__26092014.pdf Aprova as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Câncer de Cólon e Reto]
  
==Registro na ANVISA==
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==Informações sobre o medicamento==
  
'''Irinotecano''' tem registro na ANVISA e é indicado:
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O medicamento [[Irinotecano|irinotecano]] está padronizado pelo Ministério da Saúde para o tratamento de '''Neoplasia maligna da Mama – CID10 C50, C50.0, C50.1, C50.2, C50.3, C50.4, C50.5, C50.6, C50.8, C50.9; Câncer de Pulmão – CID10 C34, C34.0, C34.1, C34.2, C34.3, C34.8, C34.9; Câncer de Cólon e Reto – CID10 C18, C18.0, C18.1, C18.2, C18.3, C18.4, C18.5, C18.6, C18.7, C18.8, C18.9, C19, C20.''' '''Entretanto, a disponibilização do medicamento dependerá do protocolo utilizado por cada CACON e UNACON .'''
  
- Como agente único ou combinado no tratamento de pacientes com:
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Os procedimentos diagnósticos e terapêuticos oferecidos pelos estabelecimentos de saúde habilitados como Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) ou Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) e serviços que conformam os complexos hospitalares, devem ser baseados em evidências científicas, Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) e Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Ministério da Saúde e nas normas e critérios de incorporação de tecnologias definidos nas legislações vigentes, assim como respeitar as definições da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC). <ref>[http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2014/prt0140_27_02_2014.html Portaria nº 140, de 27 de fevereiro de 2014] Acesso em 31/08/2018 </ref> 
  
• Carcinoma metastático do cólon ou reto não tratado previamente;
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'''Os CACONs e UNACONs credenciados e habilitados no SUS são os responsáveis pelo fornecimento de medicamentos oncológicos que eles, livremente, padronizam, adquirem e fornecem, cabendo-lhes codificar e registrar conforme o respectivo procedimento, ou seja, estes estabelecimentos são os responsáveis pela definição de quais medicamentos e protocolos serão oferecidos aos seus pacientes'''.<ref>[http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/abril/26/nota-tecnica-419.pdf Nota Técnica nº 419/2017 – CGAE/DAET/SAS/MS] Acesso em 31/08/2018 </ref> 
 
• Carcinoma metastático do cólon ou reto cuja moléstia tenha recorrido ou progredido após terapia anterior com 5-fluoruracila;
 
 
• Neoplasia pulmonar de células pequenas e não-pequenas;
 
 
• Neoplasia de cólo de útero;
 
  
• Neoplasia de ovário;
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Os endereços e contatos dos CACONs e UNACONs existentes em Santa Catarina podem ser consultados [http://ceos.saude.sc.gov.br/index.php/Endere%C3%A7os/Contatos_CACON/UNACONs aqui].  
 
 
• Neoplasia gástrica recorrente ou inoperável.
 
 
 
 
 
- Como agente único de pacientes com:
 
 
 
• Neoplasia de mama inoperável ou recorrente;
 
 
 
• Carcinoma de células escamosas da pele;
 
 
 
• Linfoma maligno.<ref>[http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=19662522016&pIdAnexo=3640068 Bula do medicamento] Acesso em: 08/09/2016 </ref>
 
 
 
==Disponibilidade do medicamento no SUS==
 
 
 
- Colon ou reto: A [http://conitec.gov.br/images/Artigos_Publicacoes/ddt_Colorretal__26092014.pdf Portaria nº 958, de 26 de setembro de 2014] recomenda quimioterapia paliativa para doentes com câncer colorretal recidivado inoperável ou com doença no estágio IV ao diagnóstico, com esquemas terapêuticos baseados em fluoropirimidina, associada ou não a [[oxaliplatina]], [[irinotecano]], [[mitomicina C]], [[bevacizumabe]], [[cetuximabe]] ou [[panitumumabe]], observando-se características clínicas do doente e condutas adotadas no hospital. Portanto, para tratamento paliativo de câncer colorretal, o [[irinotecano]] está disponível no SUS.
 
 
 
- Neoplasia pulmonar de células pequenas: A [http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2014/prt0957_26_09_2014.html Portaria nº 957, de 26 de setembro de 2014] que aprova as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Câncer de Pulmão cita o [[irinotecano]] como opção terapêutica associado à [[cisplatina]], entre outros esquemas. Portanto, para tratamento de Câncer de pulmão de células pequenas, o [[irinotecano]] está disponível no SUS.
 
 
 
- Neoplasia pulmonar de células não-pequenas: A [http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2014/prt0957_26_09_2014.html Portaria nº 957, de 26 de setembro de 2014] que aprova as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Câncer de Pulmão não cita o [[irinotecano]] como opção terapêutica. Portanto, para tratamento de Câncer de pulmão de células não-pequenas, o [[irinotecano]] não está disponível no SUS.
 
 
 
- Neoplasia de cólo de útero: este tipo de câncer ainda não possui Diretrizes Diagnosticas e Terapêuticas elaboradas pelo Ministério da Saúde, portanto, cada unidade de saúde habilitada em oncologia utiliza o esquema terapêutico que desejar, podendo usar inclusive o [[irinotecano]]. A tabela SIGTAP oferece 2 códigos para cobrança de quimioterapia em câncer de colo uterino: 03.04.04.004-5 (Quimioterapia do carcinoma epidermóide / adenocarcinoma do colo uterino) usado para tratamento concomitante à radioterapia do adenocarcinoma do cólo uterino em estádios de Ib2 até IVa e 03.04.02.018-4 (Quimioterapia do carcinoma epidermóide / adenocarcinoma do colo ou do corpo uterino avançado), usado para cobrar tratamento com quimioterapia paliativa do carcinoma epidermóide ou adenocarcinoma do colo ou do corpo do útero – doença loco-regionalmente avançada, metastática ou recidivada.
 
 
 
- Neoplasia de ovário: a [http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2012/prt0458_21_05_2012.html Portaria nº 458, de 21 de maio de 2012] que dita as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas da neoplasia maligna epitelial de ovário, deixa em aberto a opção de quimioterápico a ser usado em doença refratária ou resistente à platina, assim, o [[irinotecano]] pode ser usado, de acordo com as rotinas de cada serviço. A Portaria não inclui o [[irinotecano]] no tratamento prévio, adjuvante ou recidiva em doença sensível à platina.
 
 
 
- Neoplasia gástrica recorrente ou inoperável: a [http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/17/Portaria-Conjunta-DDT-Adenocarcinoma-de-Estomago-17-07-2018.pdf Portaria Conjunta nº 3, de 15 de janeiro de 2018] que define as diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do adenocarcinoma de estômago cita o esquema ECF ([[epirrubicina]], [[cisplatina]] e [[fluorouracila]] infusional) mas também diz que ''a escolha dos fármacos a serem utilizados deve levar em conta a experiência da instituição e a factibilidade da administração'' portanto, a instituição pode padronizar outro esquema de tratamento, inclusive incluindo [[irinotecano]].
 
  
 
==Referências==
 
==Referências==
 
<references/>
 
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*'''As demais referências utilizadas para elaboração deste medicamento constam em forma de link no decorrer do texto.'''

Edição das 18h46min de 31 de agosto de 2018

Classe terapêutica

Agentes antineoplásicos [1]

Classificação Anatômica Terapêutica Química (ATC) - L01XX19 [2]

Antineoplásico [3]

Nomes comerciais

Camptosar ®; Cloritecan ®; Dosatecan ®; Evoterin ®; Irimac ®; Proto-Itecan ®; Tevairinot ®; Trebyxan ®

Indicações

O medicamento Irinotecano é indicado como agente único ou combinado no tratamento de pacientes com: carcinoma metastático do cólon ou reto não tratado previamente; carcinoma metastático do cólon ou reto cuja moléstia tenha recorrido ou progredido após terapia anterior com 5- fluoruracila; neoplasia pulmonar de células pequenas e não pequenas; neoplasia de colo de útero; neoplasia de ovário; neoplasia gástrica recorrente ou inoperável. O medicamento Irinotecano também está indicado para tratamento como agente único de pacientes com: neoplasia de mama inoperável ou recorrente; carcinoma de células escamosas da pele; linfomas. [4].

Padronização no SUS

Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas em Oncologia – Ministério da Saúde 2014 Portaria Conjunta SAS/SCTIE n° 4, de 23 de janeiro de 2018 - Aprova as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Carcinoma de Mama Portaria Ministério da Saúde n° 957, de 26 de setembro de 2014 - Aprova as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Câncer de Pulmão http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2014/prt0958_26_09_2014.html Portaria Ministério da Saúde n° 958, de 26 de setembro de 2014] - Aprova as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Câncer de Cólon e Reto

Informações sobre o medicamento

O medicamento irinotecano está padronizado pelo Ministério da Saúde para o tratamento de Neoplasia maligna da Mama – CID10 C50, C50.0, C50.1, C50.2, C50.3, C50.4, C50.5, C50.6, C50.8, C50.9; Câncer de Pulmão – CID10 C34, C34.0, C34.1, C34.2, C34.3, C34.8, C34.9; Câncer de Cólon e Reto – CID10 C18, C18.0, C18.1, C18.2, C18.3, C18.4, C18.5, C18.6, C18.7, C18.8, C18.9, C19, C20. Entretanto, a disponibilização do medicamento dependerá do protocolo utilizado por cada CACON e UNACON .

Os procedimentos diagnósticos e terapêuticos oferecidos pelos estabelecimentos de saúde habilitados como Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) ou Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) e serviços que conformam os complexos hospitalares, devem ser baseados em evidências científicas, Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) e Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Ministério da Saúde e nas normas e critérios de incorporação de tecnologias definidos nas legislações vigentes, assim como respeitar as definições da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC). [5]

Os CACONs e UNACONs credenciados e habilitados no SUS são os responsáveis pelo fornecimento de medicamentos oncológicos que eles, livremente, padronizam, adquirem e fornecem, cabendo-lhes codificar e registrar conforme o respectivo procedimento, ou seja, estes estabelecimentos são os responsáveis pela definição de quais medicamentos e protocolos serão oferecidos aos seus pacientes.[6]

Os endereços e contatos dos CACONs e UNACONs existentes em Santa Catarina podem ser consultados aqui.

Referências

  1. Grupo ATC Acesso 31/08/2018
  2. Código ATC Acesso 31/08/2018
  3. Classe Terapêutica - Registro ANVISA Acesso 31/08/2018
  4. Bula do medicamento do profissional Acesso em 31/08/2018
  5. Portaria nº 140, de 27 de fevereiro de 2014 Acesso em 31/08/2018
  6. Nota Técnica nº 419/2017 – CGAE/DAET/SAS/MS Acesso em 31/08/2018
  • As demais referências utilizadas para elaboração deste medicamento constam em forma de link no decorrer do texto.