Mudanças entre as edições de "Vitrectomia via pars plana (VVPP)"

(Vitrectomia no SUS)
 
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==Visão geral==
 
==Visão geral==
  
A vitrectomia pars plana (VPP) é uma técnica comumente empregada em cirurgia vitreorretiniana que permite o acesso ao segmento posterior para o tratamento de condições como descolamento de retina, hemorragia vítrea, endoftalmite e buracos maculares em um sistema fechado e controlado. O nome do procedimento deriva do fato de que o vítreo é removido (ou seja, vítreo + ectomia = remoção do vítreo) e os instrumentos são introduzidos no olho através da pars plana.Em alguns casos, pode ser necessário o uso de gás ou óleo de silicone para manter a retina no lugar.  
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A vitrectomia via pars plana e a vitrectomia posterior são, na prática, o mesmo procedimento cirúrgico, referindo-se à remoção do vítreo (substância gelatinosa que preenche o globo ocular) através de pequenas incisões na pars plana, uma região do olho próxima à íris. O termo "vitrectomia posterior" indica que a cirurgia visa o segmento posterior do olho, onde se localiza a retina e o vítreo. Portanto, ambas as expressões descrevem a mesma técnica cirúrgica, utilizada para tratar diversas doenças da retina e do vítreo.  
  
A cirurgia é realizada em ambiente hospitalar, com anestesia local e sedação ou anestesia geral.  
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O nome do procedimento deriva do fato de que o vítreo é removido (ou seja, vítreo + ectomia = remoção do vítreo) e os instrumentos são introduzidos no olho através da pars plana. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de gás ou óleo de silicone para manter a retina no lugar.
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A cirurgia é realizada em ambiente hospitalar, com anestesia local e sedação ou anestesia geral.
  
 
==Indicações==
 
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==Vitrectomia no SUS==
 
==Vitrectomia no SUS==
  
No âmbito do SUS o procedimento está padronizado de acordo com a Tabela SIGTAP como segue:
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A PORTARIA Nº 386, DE 15 DE JULHO DE 2008, incluiu os procedimentos relacionados a vitrectomia na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais - OPM do Sistema Único de Saúde - SUS.
 
 
Procedimento: 04.05.03.014-2 - VITRECTOMIA POSTERIOR
 
 
 
Valores
 
 
 
Serviço Ambulatorial: R$ 0,00 Serviço Hospitalar: R$ 1.918,15
 
 
 
Total Ambulatorial: R$ 0,00 Serviço Profissional: R$ 749,14
 
  
Total Hospitalar: R$ 2.667,29
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No âmbito do SUS os procedimentos abaixo estão padronizados de acordo com a Tabela SIGTAP como segue:  
  
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04.05.03.014-2 - VITRECTOMIA POSTERIOR;
  
Entretanto, há muitas possibilidades de procedimentos combinados, dependendo da(s) doença(s) a ser(em) abordada(s) (por exemplo, combinação de
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04.05.03.016-9 - VITRECTOMIA POSTERIOR COM INFUSÃO DE PERFLUOCARBONO E ENDOLASER ;
  
facoemulsificação com implante de LIO e VVPP para catarata e hemorragia vítrea, entre outros).
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04.05.03.017-7 - VITRECTOMIA POSTERIOR COM INFUSÃO DE PERFLUOCARBONO/ÓLEO DE SILICONE/ENDOLASER.

Edição atual tal como às 16h57min de 17 de junho de 2025

Índice

Visão geral

A vitrectomia via pars plana e a vitrectomia posterior são, na prática, o mesmo procedimento cirúrgico, referindo-se à remoção do vítreo (substância gelatinosa que preenche o globo ocular) através de pequenas incisões na pars plana, uma região do olho próxima à íris. O termo "vitrectomia posterior" indica que a cirurgia visa o segmento posterior do olho, onde se localiza a retina e o vítreo. Portanto, ambas as expressões descrevem a mesma técnica cirúrgica, utilizada para tratar diversas doenças da retina e do vítreo.

O nome do procedimento deriva do fato de que o vítreo é removido (ou seja, vítreo + ectomia = remoção do vítreo) e os instrumentos são introduzidos no olho através da pars plana. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de gás ou óleo de silicone para manter a retina no lugar.

A cirurgia é realizada em ambiente hospitalar, com anestesia local e sedação ou anestesia geral.

Indicações

As indicações para vitrectomia pars plana incluem a remoção de opacidades vítreas, alívio da tração vitreorretiniana, restauração da relação anatômica normal da retina e epitélio pigmentar da retina (EPR) e acesso ao espaço sub-retiniano.

As condições específicas incluem:

Buraco macular

Membrana epirretiniana

Tração vitreomacular

Hemorragia vítrea

Descolamento de retina tracional

Descolamento de retina regmatogênico

Edema macular refratário

Biópsia vítrea

Endoftalmite

Lente intraocular luxada

Restos de cristalino luxados

Corpos estranhos intraoculares

Complicações

A seguir está uma lista de complicações que podem ser observadas no intraoperatório ou no pós-operatório da vitrectomia pars plana:

Catarata

Glaucoma

Endoftalmite

Descolamento da retina

Hipotonia

Hemorragia supracoroidal

Hemorragia vítrea

Edema macular cistóide

Neuropatia óptica

Fototoxicidade

Entre outras.

Vitrectomia no SUS

A PORTARIA Nº 386, DE 15 DE JULHO DE 2008, incluiu os procedimentos relacionados a vitrectomia na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais - OPM do Sistema Único de Saúde - SUS.

No âmbito do SUS os procedimentos abaixo estão padronizados de acordo com a Tabela SIGTAP como segue:

04.05.03.014-2 - VITRECTOMIA POSTERIOR;

04.05.03.016-9 - VITRECTOMIA POSTERIOR COM INFUSÃO DE PERFLUOCARBONO E ENDOLASER ;

04.05.03.017-7 - VITRECTOMIA POSTERIOR COM INFUSÃO DE PERFLUOCARBONO/ÓLEO DE SILICONE/ENDOLASER.