Mudanças entre as edições de "Coenzima Q10"

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==Classe terapêutica==
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== Registro na Anvisa ==
  
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'''Isento''' de registro na ANVISA conforme a [https://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/3898888/%281%29RDC_240_2018_COMP.pdf/779c2f17-de8c-41ae-9752-62cfbf6b1077#:~:text=(Publicada%20no%20DOU%20n%C2%BA%20144,com%20obrigatoriedade%20de%20registro%20sanit%C3%A1rio. "RDC Nº 240, de 26 de julho de 2018"].
  
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'''Categoria:''' Suplemento alimentar
  
==Nomes comerciais==
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== Informações gerais ==
  
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A '''coenzima Q10''' é um suplemento alimentar. Conforme a [https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2018/int0028_26_07_2018.pdf "Instrução normativa – IN n° 28, de 26 de julho de 2018"], o limite máximo do nutriente nos suplementos alimentares é de 200 mg por dose. Não há alegações em saúde autorizadas pela ANVISA para este suplemento. A seguinte advertência "“Este produto não deve ser consumido por gestantes, lactantes e crianças” deve constar na rotulagem do produto.
  
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'''INFORMAÇÕES DA ANVISA''':
  
==Principais informações==
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Suplementos alimentares não são medicamentos e, por isso, não servem para tratar, prevenir ou curar doenças. Os suplementos são destinados a pessoas saudáveis. Sua finalidade é fornecer nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos em complemento à alimentação.
  
A coenzima Q10 é uma molécula que existe no nosso organismo e que desempenha um papel fundamental no metabolismo energético, e na proteção antioxidante das nossas células. Também conhecida como ubiquinona, esta coenzima encontra-se em todas das células do nosso organismo, mas principalmente nas células que necessitam de um fornecimento superior de energia, como é o caso das células musculares, em especial do coração e músculo esquelético. Níveis reduzidos de Q10 estão associados a fadiga, falta de força muscular e envelhecimento.
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Em nenhuma hipótese, um suplemento alimentar pode apresentar indicação de prevenção, tratamento ou cura de doenças. Esse tipo de alegação é restrita a medicamentos.  <ref>[https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/alimentos/suplementos-alimentares Informações da ANVISA] </ref>
  
Coenzima Q10 é encontrada principalmente nas mitocôndrias, que são organelas celulares produtoras de energia - desempenha um importante papel na produção de ATP, principal fonte de energia celular. Quando transformamos os alimentos e o oxigênio em energia (ATP), a parte final desta transformação depende da presença de Coenzima Q10, e sem os níveis adequados desta, as nossas células não são capazes de produzir energia de uma forma eficaz.
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==Disponibilidade no SUS==
  
A presença de níveis adequados de Q10 também diminui a produção de radicais livres de oxigênio. Além disso tem um papel antioxidante na regeneração de outros antioxidantes, como a vitamina C e a vitamina E.
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O suplemento alimentar Coenzima Q10 não está padronizado em nenhum dos programas do Ministério da Saúde, o qual é responsável pela seleção e definição dos medicamentos/insumos a serem fornecidos pelos referidos programas. Ainda, compete a esse órgão elaborar os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para tratamento da patologia que acomete o paciente. Sendo assim, cumpre ser informado que, por não estar padronizado, não é fornecido pelo Estado. Também não há outras alternativas disponibilizadas pelo SUS.
 
 
A coenzima Q10 é produzida no nosso organismo, e em situações normais, esta produção é suficiente até aos 20 anos, mas com a idade as quantidades de Q10 produzida diminuem. Esta coenzima pode ser consumida através da alimentação, em especial através do consumo de carne e peixe.
 
 
 
A suplementação de coenzima Q10 ou ubiquinona é utilizada em doenças cardiovasculares como insuficiência cardíaca, insuficiência coronariana; hipertensão arterial; prolapso da válvula mitral; síndrome da isquemia-reperfusão; estenose aórtica; doenças não-cardiovasculares como doenças periodontais; deficiências imunológicas; doenças neuromusculares; doenças pulmonares crônicas; tratamentos ortomoleculares como antioxidante e suplemento nutricional (já que com a idade diminui a sua concentração no organismo). Também é indicada no tratamento de doenças degenerativas, cerebrovasculares.
 
 
 
 
 
'''Ataxia'''
 
 
 
Ataxia é um sinal neurológico de incoordenação motora e desequilíbrio, que pode estar presente em uma série de doenças. A ataxia pode ser cerebelar, sensitiva ou vestibular.
 
 
 
Ataxia cerebelar se refere à decomposição irregular do ajuste fino da postura e dos movimentos, normalmente controlados pelo cerebelo e suas conexões, o que provoca movimentos desequilibrados e desordenados implicando em alterações na fala, gestos, equilíbrio e marcha.
 
 
 
A patogênese da doença ainda é uma incógnita e, da mesma forma, o tratamento ainda não está estabelecido.
 
 
 
Pesquisadores descobriram que alguns pacientes com ataxia hereditária apresentam nível reduzido da coenzima Q10 (CoQ10) em seus músculos. Alguns poucos estudos demonstraram que a suplementação com a substância possa melhorar os sintomas da doença. Em pacientes com Ataxia de Friedreich foi administrado doses diárias de CoQ em conjunto com vitamina E, e resultados iniciais comprovaram uma melhora no déficit de respiração mitocondrial nas musculaturas analisadas (cardíaca e esquelética). Isso também parece ter levado a um retardo na progressão da doença.
 
 
 
É importante ressaltar que, embora a CoQ10 tenha apresentado resultados positivos nas pesquisas com doenças neurodegenerativas, outros estudos são necessários antes que possa ser determinada a eficácia da CoQ10, para que os pacientes não sejam expostos a riscos desnecessários e gastos significativos. Ainda não existe tratamento específico para essa doença.
 
 
 
 
 
'''Paraplegia espástica hereditária'''
 
 
 
A paraplegia espástica hereditária abrange um grupo de distúrbios neurológicos raros que afetam principalmente os neurônios motores superiores e causam rigidez e fraqueza das pernas. A paraplegia espástica hereditária é caracterizada principalmente por graus variáveis de rigidez e enfraquecimento dos músculos das pernas, espasmos musculares e problemas de controle da bexiga. Um número limitado de famílias afetadas pode apresentar algumas das seguintes alterações mais graves: retardo mental, demência, epilepsia, neuropatia periférica, retinopatia, surdez, ataxia, disartria e distúrbios do sistema extrapiramidal.  Atualmente, nenhum tratamento é capaz de retardar ou modificar o curso da doença.
 
 
 
==Informações sobre o medicamento/alternativas==
 
 
 
Coenzima Q10 não é disponibilizada pelo SUS. Não há alternativa terapêutica disponível no momento.
 
  
 
==Referências==
 
==Referências==
 
 
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Edição atual tal como às 15h27min de 3 de novembro de 2025

Registro na Anvisa

Isento de registro na ANVISA conforme a "RDC Nº 240, de 26 de julho de 2018".

Categoria: Suplemento alimentar

Informações gerais

A coenzima Q10 é um suplemento alimentar. Conforme a "Instrução normativa – IN n° 28, de 26 de julho de 2018", o limite máximo do nutriente nos suplementos alimentares é de 200 mg por dose. Não há alegações em saúde autorizadas pela ANVISA para este suplemento. A seguinte advertência "“Este produto não deve ser consumido por gestantes, lactantes e crianças” deve constar na rotulagem do produto.

INFORMAÇÕES DA ANVISA:

Suplementos alimentares não são medicamentos e, por isso, não servem para tratar, prevenir ou curar doenças. Os suplementos são destinados a pessoas saudáveis. Sua finalidade é fornecer nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos em complemento à alimentação.

Em nenhuma hipótese, um suplemento alimentar pode apresentar indicação de prevenção, tratamento ou cura de doenças. Esse tipo de alegação é restrita a medicamentos. [1]

Disponibilidade no SUS

O suplemento alimentar Coenzima Q10 não está padronizado em nenhum dos programas do Ministério da Saúde, o qual é responsável pela seleção e definição dos medicamentos/insumos a serem fornecidos pelos referidos programas. Ainda, compete a esse órgão elaborar os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para tratamento da patologia que acomete o paciente. Sendo assim, cumpre ser informado que, por não estar padronizado, não é fornecido pelo Estado. Também não há outras alternativas disponibilizadas pelo SUS.

Referências

  1. Informações da ANVISA