Mudanças entre as edições de "Pesquisa de C4d por Imuno-Histoquímica e anticorpos Anti-HLA (DSA)"
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A pesquisa de C4d no tecido hepático, bem como a dosagem sérica de anti-HLA (DSA) em sangue periférico, são ferramentas fundamentais para o diagnóstico de RMA. No presente estudo foi realizada a revisão sistemática das evidências científicas. | A pesquisa de C4d no tecido hepático, bem como a dosagem sérica de anti-HLA (DSA) em sangue periférico, são ferramentas fundamentais para o diagnóstico de RMA. No presente estudo foi realizada a revisão sistemática das evidências científicas. | ||
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Edição das 16h59min de 12 de dezembro de 2025
Em linhas gerais, o diagnóstico da rejeição mediada por anticorpos ocorre por meio de biopsia do órgão transplantado, de avaliação das enzimas hepáticas e de exclusão causas comuns, tais como a formação de coágulos na artéria hepática, a infecção por citomegalovírus e a dosagem da concentração de imunossupressores no sangue.
Segundo os critérios da Classificação Internacional de Banff para Patologias de Transplantes, o diagnóstico da rejeição mediada por anticorpos aguda de transplante de fígado envolve os seguintes aspectos:
a) a identificação de aumento do tamanho e das células que revestem os microvasos sanguíneos do sistema venoso que liga o trato gastrointestinal e o baço ao fígado, de inflamação de pequenos vasos com a presença de tipos específicos de glóbulos brancos do sangue, de multiplicação de células dos canais responsáveis pelo transporte da bile e redução do fluxo biliar;
b) a detecção de anticorpos anti-HLA DSA positivo;
c) a presença de C4d nos microvasos sanguíneos do fígado transplantado;
d) a exclusão de outras causas que podem indicar lesão hepática parecida.
Desse modo, diante de suspeita clínica de rejeição aguda mediada por anticorpos, recomenda se a pesquisa de C4d no tecido hepático e de anticorpos específicos anti-HLA (DSA), além de exclusão de outras causas.
Índice
CONSIDERAÇÕES FINAIS do Relatório Preliminar de Recomendação do Procedimento Pesquisa de C4d por imuno-histoquímica e anticorpos Anti-HLA (DSA) para avaliação de rejeição de Transplante Hepático
O Relatório Preliminar de Recomendação do Procedimento Pesquisa de C4d por imuno-histoquímica e anticorpos Anti-HLA (DSA) para avaliação de rejeição de Transplante Hepático[1] esclarece:
A pesquisa de C4d no tecido hepático, bem como a dosagem sérica de anti-HLA (DSA) em sangue periférico, são ferramentas fundamentais para o diagnóstico de RMA. No presente estudo foi realizada a revisão sistemática das evidências científicas.
No que pese a falta de estudos de acurácia que avaliaram as propriedades diagnósticas (sensibilidade, especificidade, VPP e VPN) da fração C4d do complemento em exames de imunohistoquímica em amostras de biópsia de fígado transplantado, bem como, os que avaliassem a detecção sérica de anticorpos anti-HLA “de novo”, em sangue periférico de pacientes com transplante hepático e suspeita de rejeição, os estudos observacionais, ainda que variando de baixa a média qualidade de evidência, responderam bem à dúvida quanto à validade destes exames, em termos de prevalência em casos suspeitos de rejeição aguda de enxerto mediada por anticorpos, auxiliando na investigação clínica e laboratorial de uma situação potencialmente fatal se não diagnosticada e tratada adequada e oportunamente.
Ademais, a realização desta abordagem no auxílio diagnóstico é recomendada pelos protocolos internacionais de imunossupressão em transplante hepático para os casos suspeitos de rejeição mediada por anticorpos, não restando dúvidas quanto à eficácia, portanto, não gerando dúvidas quanto à evidência científica.
A avaliação econômica sugere que a detecção de C4d por imunohistoquímica apresenta razão de custoefetividade incremental favorável e dominante sobre a avaliação histopatológica convencional (fixada em coloração por hematoxilina-eosina). A análise do impacto orçamentário (bruto e incremental) da realização paralela de anti-HLA em sangue periférico com a histopatologia por imunohistoquímica para o marcador C4d, mostra que o gasto seria muito inferior do que qualquer uma das complicações associadas a um possível ou suspeito caso de rejeição de transplante hepático.
Este documento é uma versão preliminar e poderá sofrer alteração após a consulta pública.
Disponibilidade no SUS
As duas tecnologias avaliadas (IH-C4d e anti-HLA) não constam no Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS (SIGTAP).
Recomendação inicial da Conitec:
A Conitec recomendou inicialmente a incorporação, ao SUS, da pesquisa de C4d por imunohistoquímica e anticorpos Anti-HLA (DSA) para a avaliação de rejeição de transplante hepático. Esse tema foi discutido durante a 142ª Reunião Ordinária da Comissão, realizada nos dias 2, 3 e 4 de julho de 2025. Na ocasião, o Comitê de Produtos e Procedimentos considerou a qualidade das evidências, o uso consagrado da tecnologia na prática clínica, o baixo quantitativo populacional elegível, o custo e o baixo impacto orçamentário.
Foi realizado uma Consulta Pública Conitec/SECTICS nº 70/2025 de 14/08/2025 a 02/09/2025, com 5 contribuições recebidas