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O mecanismo de ação do [[eltrombopague olamina|Eltrombopague]] envolve interação com o domínio transmembranar do R-TPO humano e inicia uma cascata de sinalização similar, mas não idêntica, à da trombopoietina endógena (TPO), induzindo a proliferação e a diferenciação dos megacariócitos a partir das células progenitoras da medula óssea. A TPO é a citocina central envolvida na regulação da megacariópoiese e na produção de plaquetas, e é o ligando endógeno para o R-TPO <ref> http://www.ema.europa.eu/docs/pt_PT/document_library/EPAR_-_Product_Information/human/001110/WC500089964.pdf </ref>.
 
O mecanismo de ação do [[eltrombopague olamina|Eltrombopague]] envolve interação com o domínio transmembranar do R-TPO humano e inicia uma cascata de sinalização similar, mas não idêntica, à da trombopoietina endógena (TPO), induzindo a proliferação e a diferenciação dos megacariócitos a partir das células progenitoras da medula óssea. A TPO é a citocina central envolvida na regulação da megacariópoiese e na produção de plaquetas, e é o ligando endógeno para o R-TPO <ref> http://www.ema.europa.eu/docs/pt_PT/document_library/EPAR_-_Product_Information/human/001110/WC500089964.pdf </ref>.
  
De acordo com a Portaria nº 1.316, de 22 de novembro de 2013, que aprovou o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Púrpura Trombocitopênica Idiopática, o uso de [[eltrombopague]] tem se mostrado eficaz na elevação da contagem de plaquetas e na redução de sangramentos em pacientes com PTI previamente tratados com pelo menos uma linha de tratamento, através do resultado de ensaios clínicos randomizados com período curto de acompanhamento, variando de 6 semanas a 6 meses. Porém o medicamento está associado com eventos adversos graves, como tromboembolia venosa, e sua segurança a longo prazo é desconhecida. Trata-se de um medicamento potencialmente útil no tratamento da PTI crônica, mas que deverá contar com mais elementos de eficácia, efetividade e segurança para ser considerado como alternativa terapêutica, fora de ensaios clínicos.
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De acordo com a Portaria nº 1.316, de 22 de novembro de 2013, que aprovou o [http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2013/prt1316_22_11_2013.htmlProtocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Púrpura Trombocitopênica Idiopática], o uso de [[eltrombopague]] tem se mostrado eficaz na elevação da contagem de plaquetas e na redução de sangramentos em pacientes com PTI previamente tratados com pelo menos uma linha de tratamento, através do resultado de ensaios clínicos randomizados com período curto de acompanhamento, variando de 6 semanas a 6 meses. Porém o medicamento está associado com eventos adversos graves, como tromboembolia venosa, e sua segurança a longo prazo é desconhecida. Trata-se de um medicamento potencialmente útil no tratamento da PTI crônica, mas que deverá contar com mais elementos de eficácia, efetividade e segurança para ser considerado como alternativa terapêutica, fora de ensaios clínicos.
  
 
==Informações sobre o medicamento/alternativas==
 
==Informações sobre o medicamento/alternativas==

Edição das 14h16min de 3 de novembro de 2014

Classe terapêutica

Anti-hemorrágico

Nomes comerciais

Revolade

Principais informações

O fármaco eltrombopague é indicado para doentes adultos esplenectomizados (ou seja, que sofreram remoção do baço) com púrpura trombocitopénica imune (idiopática) (PTI) crônica, refratários a outros tratamentos (por exemplo corticosteróides, imunoglobulinas). Pode ser considerado terapêutica de segunda linha em doentes adultos não esplenectomizados nos quais a cirurgia é contra-indicada [1].

Eltrombopague está indicado apenas para pacientes com púrpura trombocitopênica idiopática que apresentam risco aumentado de sangramento e hemorragia. O medicamento não deve ser usado simplesmente para aumentar a contagem de plaquetas [2].

O mecanismo de ação do Eltrombopague envolve interação com o domínio transmembranar do R-TPO humano e inicia uma cascata de sinalização similar, mas não idêntica, à da trombopoietina endógena (TPO), induzindo a proliferação e a diferenciação dos megacariócitos a partir das células progenitoras da medula óssea. A TPO é a citocina central envolvida na regulação da megacariópoiese e na produção de plaquetas, e é o ligando endógeno para o R-TPO [3].

De acordo com a Portaria nº 1.316, de 22 de novembro de 2013, que aprovou o Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Púrpura Trombocitopênica Idiopática, o uso de eltrombopague tem se mostrado eficaz na elevação da contagem de plaquetas e na redução de sangramentos em pacientes com PTI previamente tratados com pelo menos uma linha de tratamento, através do resultado de ensaios clínicos randomizados com período curto de acompanhamento, variando de 6 semanas a 6 meses. Porém o medicamento está associado com eventos adversos graves, como tromboembolia venosa, e sua segurança a longo prazo é desconhecida. Trata-se de um medicamento potencialmente útil no tratamento da PTI crônica, mas que deverá contar com mais elementos de eficácia, efetividade e segurança para ser considerado como alternativa terapêutica, fora de ensaios clínicos.

Informações sobre o medicamento/alternativas

O medicamento Eltrombopague não está padronizado em nenhum dos programas do Ministério da Saúde, o qual é responsável pela seleção e definição dos medicamentos a serem fornecidos pelos referidos programas. Ainda, compete a esse órgão elaborar os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para tratamento da patologia que acomete o paciente. Sendo assim, cumpre ser informado que o medicamento referido, por não estar padronizado, não é fornecido pelo Estado.

Alternativamente, para os pacientes portadores de Púrpura Trombocitopênica (CID10 D69.3), a SES disponibiliza, através do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, Portaria nº 1554 de 30 de julho de 2013 e Anexos da Portaria nº 1554 de 30 de julho de 2013, os medicamentos Imunoglobulina humana intravenosa ampolas 1g e 5g, Ciclofosfamida drágeas 50 mg e Azatioprina comprimidos de 50 mg.

Informamos ainda que a Portaria SAS/MS n° 715 de 17 de dezembro de 2010 em seu artigo primeiro, aprova, na forma do anexo desta portaria, o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Púrpura Trombocitopênica Idiopática.

O acesso ao Componente Especializado da Assistência Farmacêutica se dá através de abertura de processo de solicitação de medicamento, devendo o paciente ou, na sua impossibilidade, o seu cuidador, dirigir-se à Unidade de Assistência Farmacêutica - UFAs para este Componente, a qual o município onde reside está vinculado.

Referências

  1. http://www.ema.europa.eu/docs/pt_PT/document_library/EPAR_-_Product_Information/human/001110/WC500089964.pdf
  2. http://www.anvisa.gov.br/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=2272362013&pIdAnexo=1543357
  3. http://www.ema.europa.eu/docs/pt_PT/document_library/EPAR_-_Product_Information/human/001110/WC500089964.pdf