DENMO é principalmente uma astrocitopatia. Envolve desmielinização e inflamação de múltiplos segmentos da medula espinhal e dos nervos ópticos. [6] DENMO produz perda axonal significativa associada a infiltração linfocítica perivascular e proliferação vascular. [6] A necrose na DENMO geralmente envolve tanto a substância cinzenta quanto a branca, o que é distinto da esclerose múltipla. [6] A fisiopatologia da DENMO envolve principalmente o sistema imune humoral. [6] A NMO é caracterizada por um anticorpo IgG específico da doença contra o canal de água astrocítico aquaporina 4 (AQP4) (também conhecido como autoanticorpo aquaporina-4 (anti-AQP4 ou AQP4-IgG). [7] [ 8 ] A proteína de membrana do canal de água AQP4 está concentrada no nervo óptico, na área postrema e na medula espinhal. [9] Áreas ricas em AQP4 do SNC são responsáveis pelos achados clínicos da DENMO. A fisiopatologia proposta envolve autoanticorpos anti-AQP4 que são produzidos perifericamente entrando no SNC e ligando-se aos processos dos pés dos astrócitos, que então induz dano celular mediado pelo complemento, infiltração de granulócitos e morte de astrócitos. [8] A morte dos astrócitos induz a morte secundária dos oligodendrócitos, resultando em desmielinização e, finalmente, na morte das células neuronais. [8] O desequilíbrio hídrico local do SNC resulta em danos aos oligodendrócitos e desmielinização. [2]A perda de imunorreatividade de AQP4 e a patologia de astrócitos no cérebro e nas lesões da medula espinhal distinguem as lesões de das lesões de esclerose múltipla (EM). [7] Ainda existem elementos desconhecidos na fisiopatologia da DENMO, incluindo o mecanismo de perda de tolerância e formação de anti-AQP4, patogênese da DENMO soronegativa e os mecanismos pelos quais o anti-AQP4 rompe a barreira hematoencefálica. [8]
A NMO é caracterizada por um anticorpo IgG específico da doença contra o canal de água astrocítico aquaporina 4 (AQP4), também conhecido como autoanticorpo aquaporina-4 (anti-AQP4 ou AQP4-IgG). [7] [ 8 ] A proteína de membrana do canal de água AQP4 está concentrada no nervo óptico, na área postrema e na medula espinhal. [9] Áreas ricas em AQP4 do SNC são responsáveis pelos achados clínicos da DENMO. A fisiopatologia proposta envolve autoanticorpos anti-AQP4 que são produzidos perifericamente entrando no SNC e ligando-se aos processos dos pés dos astrócitos, que então induz dano celular mediado pelo complemento, infiltração de granulócitos e morte de astrócitos. [8] A morte dos astrócitos induz a morte secundária dos oligodendrócitos, resultando em desmielinização e, finalmente, na morte das células neuronais. [8] O desequilíbrio hídrico local do SNC resulta em danos aos oligodendrócitos e desmielinização. [2]A perda de imunorreatividade de AQP4 e a patologia de astrócitos no cérebro e nas lesões da medula espinhal distinguem as lesões de das lesões de esclerose múltipla (EM). [7]
Ainda existem elementos desconhecidos na fisiopatologia da DENMO, incluindo o mecanismo de perda de tolerância e formação de anti-AQP4, patogênese da DENMO soronegativa e os mecanismos pelos quais o anti-AQP4 rompe a barreira hematoencefálica. [8] == Diagnóstico Sinais e sintomas ==
Contexto históricoCuriosamente, os pacientes podem inicialmente apresentar uma doença aguda semelhante à gripe (febre, mialgia e dor de cabeça).
Mais tarde, sinais e sintomas mais sugestivos e específicos de NMO podem começar a se desenvolver, incluindo neurite óptica ou mielite.
O exame oftalmológico pode estar dentro dos limites normais em pacientes assintomáticos ou pré-sintomáticos com DENMO. Pacientes com neurite óptica relacionada à NMO geralmente apresentam edema agudo do disco óptico [8] , mas podem desenvolver atrofia óptica. A primeira associação entre mielite e distúrbio cavitação do nervo óptico foi relatada central pode ser vista como uma sequela de desmielinização e necrose em 1870 por Sir Thomas Clifford Allbuttcasos mais graves. Seus relatos de caso eram vagos e nenhuma patologia foi documentada [1011] Quase 80 anos depoisPacientes com neurite óptica em DENMO geralmente apresentam diminuição da acuidade visual, Stansbury publicou uma revisão completa sobre NMO e depois aceitou como uma entidade separada do campo visual ou da EMvisão colorida (dessaturação vermelha). [8]Um defeito pupilar aferente relativo pode ser observado no envolvimento unilateral ou bilateral, mas assimétrico do nervo óptico. [48]
== Sinais e sintomas oculares ==As manifestações de envolvimento da medula espinhal são paraparesia ou tetraparesia, bem como disfunção esfincteriana. [11]
Ao contrário da neurite óptica relacionada à EM, os pacientes com DENMO podem ter um prognóstico visual pior após a neurite óptica e muitos pacientes ficam com deficiência visual residual. [10]
Curiosamente, os pacientes podem inicialmente apresentar uma doença aguda semelhante à gripe (febre, mialgia e dor de cabeça). Mais tarde, sinais e sintomas mais sugestivos e específicos de NMO podem começar a se desenvolver, incluindo neurite óptica ou mielite. O exame oftalmológico pode estar dentro dos limites normais em pacientes assintomáticos ou pré-sintomáticos com DENMO. Pacientes com neurite óptica relacionada à NMO geralmente apresentam edema agudo do disco óptico segue um curso recidivante e crônico [89] , mas podem desenvolver atrofia óptica. A cavitação do nervo óptico central pode ser vista como uma sequela com ataques agudos recorrentes de desmielinização mielite transversa e necrose em casos mais graves. [11] Pacientes com /ou neurite óptica em DENMO geralmente apresentam diminuição da acuidade visual, do campo visual ou da visão colorida (dessaturação vermelha). [8]Um defeito pupilar aferente relativo pode ser observado no envolvimento unilateral ou bilateral, mas assimétrico do nervo ópticocom apenas recuperação parcial ou nenhuma. [8]
A mielite transversa na DENMO é frequentemente grave, causando uma síndrome completa da medula espinhal envolvendo todas as três principais vias neurológicas (motora, sensorial e autonômica). Isso pode resultar em sintomas e sinais permanentes (por exemplo, paraparesia ou quadriparesia, espasmos tônicos paroxísticos, disfunção da bexiga e perda sensorial), bem como progressão radiográfica para atrofia da medula espinhal. [7] [8] [9]
As manifestações de envolvimento da medula espinhal são paraparesia ou tetraparesia, bem como disfunção esfincteriana. [11] Ao contrário da neurite óptica relacionada à EM, os pacientes com DENMO podem ter um prognóstico visual pior após a neurite óptica e muitos pacientes ficam com deficiência visual residual. [10] DENMO geralmente segue um curso recidivante e crônico [9] com ataques agudos recorrentes de mielite transversa e/ou neurite óptica unilateral ou bilateral com apenas recuperação parcial ou nenhuma. [8] A mielite transversa na DENMO é frequentemente grave, causando uma síndrome completa da medula espinhal envolvendo todas as três principais vias neurológicas (motora, sensorial e autonômica). Isso pode resultar em sintomas e sinais permanentes (por exemplo, paraparesia ou quadriparesia, espasmos tônicos paroxísticos, disfunção da bexiga e perda sensorial), bem como progressão radiográfica para atrofia da medula espinhal. [7] [8] [9] Embora a neurite óptica na DENMO possa se assemelhar superficialmente à EM, a neurite óptica relacionada à DENMO tende a ser mais grave, mais extensa, com maior probabilidade de ser bilateral, recorrente e com menor probabilidade de recuperação do que a neurite óptica visto em MS. [8]A neurite óptica observada em DENMO é mais provável de ter envolvimento bilateral rapidamente sequencial ou simultâneo e também envolver o quiasma óptico. Muitos pacientes com ou sem tratamento ficam com perda visual residual grave com acuidade de 20/200 ou pior. [7] [8] Uma síndrome de área postrema também pode se desenvolver na DENMO devido ao envolvimento da medula e se manifesta como soluços intratáveis ou náuseas e vômitos e narcolepsia sintomática. [7] [8]
Uma síndrome de área postrema também pode se desenvolver na DENMO devido ao envolvimento da medula e se manifesta como soluços intratáveis ou náuseas e vômitos e narcolepsia sintomática. [7] [8]
== Diagnóstico ==
Critérios de diagnóstico para '''DENMO com soro positivo AQP4-IgG: [7]''' - Pelo menos 1 característica clínica principal - Teste positivo para AQP4-IgG usando o melhor método de detecção disponível
- Exclusão de diagnósticos alternativos
Pelo menos 1 característica clínica principal [7]
Critérios diagnósticos para '''DENMO sem AQP4-IgG ou DENMO com status desconhecido de AQP4-IgG:'''
Teste positivo para AQP4-IgG usando o melhor método de detecção disponível [7]
Exclusão - Pelo menos 2 características clínicas principais ocorrendo como resultado de diagnósticos alternativos [7]um ou mais ataques clínicos e atendendo a todos os seguintes requisitos:
- Pelo menos uma característica clínica central deve ser neurite óptica, mielite aguda com lesões de mielite transversa longitudinalmente extensas (LETM) ou síndrome de área postrema
- Disseminação no espaço (2 ou mais características clínicas centrais diferentes)
Critérios diagnósticos para DENMO sem AQP4-IgG ou DENMO com status desconhecido Cumprimento dos requisitos adicionais de AQP4-IgG: [7]ressonância magnética, conforme aplicável
- Testes negativos para AQP4-IgG usando o melhor método de detecção disponível ou teste indisponível
Pelo menos 2 características clínicas principais ocorrendo como resultado de um ou mais ataques clínicos e atendendo a todos os seguintes requisitos: [7]Pelo menos uma característica clínica central deve ser neurite óptica, mielite aguda com lesões de mielite transversa longitudinalmente extensas (LETM) ou síndrome de área postrema [7]Disseminação no espaço (2 ou mais características clínicas centrais diferentes) [7]Cumprimento dos requisitos adicionais de ressonância magnética, conforme aplicável [7]Testes negativos para AQP4-IgG usando o melhor método de detecção disponível ou teste indisponível [7]Exclusão de diagnósticos alternativos [7]
== '''Principais características clínicas: [7] == '''
Neurite óptica
Mielite aguda
Neurite óptica [7]Síndrome da área postrema: episódio de soluços inexplicáveis ou náuseas e vômitos
Mielite Síndrome aguda [7]do tronco cerebral
Síndrome da área postrema: episódio Narcolepsia sintomática ou síndrome clínica diencefálica aguda com lesões de soluços inexplicáveis ou náuseas e vômitos [7]ressonância magnética diencefálica típicas de DENMO
Síndrome aguda do tronco cerebral [7]sintomática com lesões cerebrais típicas de DENMO
Narcolepsia sintomática ou síndrome clínica diencefálica aguda com lesões de ressonância magnética diencefálica típicas de DENMO [7]
Síndrome cerebral sintomática com lesões cerebrais típicas de DENMO [7]
Requisitos adicionais de '''ressonância magnética ''' para DENMO sem AQP4-IgG ou DENMO com status desconhecido de AQP4-IgG: [7]
Neurite óptica aguda: requer RM cerebral mostrando (a) achados normais ou apenas lesões inespecíficas da substância branca, OU (b) RM do nervo óptico com lesão hiperintensa em T2 ou lesão realçada por gadolínio ponderada em T1 estendendo-se por >1/2 do comprimento do nervo óptico ou envolvendo quiasma óptico [7] Mielite aguda: requer lesão de RM intramedular associada que se estende por > 3 segmentos contíguos (LETM) OU > 3 segmentos contíguos de atrofia focal da medula espinhal em pacientes com história compatível com mielite aguda [7]. Síndrome de área postrema: requer lesões associadas à medula dorsal/área postrema [7] Síndrome aguda do tronco encefálico: requer lesões peri ependimárias do tronco encefálico associadas '''Exames de laboratório''' Os níveis séricos de anticorpos AQP4 não são apenas específicos para NMO, mas também se correlacionam com o grau de atividade da doença. O teste de AQP4 é recomendado durante um ataque agudo e antes de iniciar a terapia imunossupressora. [11] Recomenda-se que o teste de AQP4-IgG sérico seja feito com ensaios séricos baseados em células (microscopia ou detecção baseada em citometria de fluxo), pois eles otimizam a detecção de autoanticorpos e têm a melhor sensibilidade e especificidade. [7] Ensaios de imunofluorescência indireta e ELISAs às vezes são usados devido a ensaios baseados em células ainda não estarem amplamente disponíveis. [7] No entanto, eles têm uma sensibilidade mais baixa em comparação com os ensaios baseados em células e, ocasionalmente, produzem resultados falsos positivos, portanto, é necessário cautela na interpretação. [7]O teste de confirmação usando 1 ou mais técnicas de ensaio AQP4-IgG é recomendado em casos duvidosos ou soronegativos, mas clinicamente/radiograficamente sugestivos de DENMO. [7] O '''teste anti-aquaporina 4''', '''ainda não está disponível no SUS''', mas há um processo de incorporação em curso.No dia 20 de '''fevereiro de 2025''', na 137ª Reunião Ordinária da '''Conitec''', os membros do Comitê de Produtos e Procedimentos deliberaram por unanimidade que a matéria fosse disponibilizada em consulta pública com '''recomendação favorável à incorporação no SUS do teste de detecção em soro de anticorpos anti-aquaporina 4 por imunofluorescência indireta em cell-based assay (CBA) para pacientes com apresentação clínica-radiológica do distúrbio do espectro da neuromielite óptica (DENMO)'''. O comitê ressaltou que esta é uma doença rara e que, atualmente, não existe um Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) nem qualquer tratamento disponível no SUS. Além disso, devido à gravidade da enfermidade, foi destacada a relevância do teste anti-AQP4 para o diagnóstico e orientação quanto ao tratamento dos pacientes.
DENMO pode coexistir com Lúpus Eritematoso Sistêmico, Síndrome de Sjögren ou miastenia gravis e a presença desses diagnósticos tende a fortalecer a confiança no diagnóstico de DENMO. [7]
Um pequeno número de pacientes com características clínicas de DENMO, principalmente todos soronegativos para AQP4-IgG, tem anticorpos detectáveis de glicoproteína de oligodendrócito de mielina (MOG) no soro. [7]
== Exames A falta de laboratório == bandas oligoclonais no LCR suporta um diagnóstico de DENMO em vez de um diagnóstico de EM, mas elas podem ser detectadas transitoriamente durante um ataque de DENMO. [7] A pleocitose do LCR com >50 leucócitos/microlitro ou a presença de neutrófilos ou eosinófilos são úteis para distinguir a DENMO da EM. [7]
Os níveis séricos de anticorpos AQP4 não são apenas específicos para NMO, mas também se correlacionam com o grau de atividade da doença. O teste de AQP4 é recomendado durante um ataque agudo e antes de iniciar a terapia imunossupressora. [11] Recomenda-se que o teste de AQP4-IgG sérico seja feito com ensaios séricos baseados em células (microscopia ou detecção baseada em citometria de fluxo), pois eles otimizam a detecção de autoanticorpos e têm a melhor sensibilidade e especificidade. [7] Ensaios de imunofluorescência indireta e ELISAs às vezes são usados devido a ensaios baseados em células ainda não estarem amplamente disponíveis. [7] No entanto, eles têm uma sensibilidade mais baixa em comparação com os ensaios baseados em células e, ocasionalmente, produzem resultados falsos positivos, portanto, é necessário cautela na interpretação. [7]O teste de confirmação usando 1 ou mais técnicas de ensaio AQP4-IgG é recomendado em casos duvidosos ou soronegativos, mas clinicamente/radiograficamente sugestivos de DENMO. [7] Um pequeno número de pacientes com características clínicas de DENMO, principalmente todos soronegativos para AQP4-IgG, tem anticorpos detectáveis de glicoproteína de oligodendrócito de mielina (MOG) no soro. [7] A falta de bandas oligoclonais no LCR suporta um diagnóstico de DENMO em vez de um diagnóstico de EM, mas elas podem ser detectadas transitoriamente durante um ataque de DENMO. [7] A pleocitose do LCR com >50 leucócitos/microlitro ou a presença de neutrófilos ou eosinófilos são úteis para distinguir a DENMO da EM. [7]
DENMO pode coexistir com Lúpus Eritematoso Sistêmico, Síndrome de Sjögren ou miastenia gravis e a presença desses diagnósticos tende a fortalecer a confiança no diagnóstico de DENMO. [7]
== Neuroimagem ==
Uma ressonância magnética demonstrando padrões de lesão específicos é um fator importante no diagnóstico de DENMO. [7] Certos padrões cerebrais, do nervo óptico e da medula espinhal são característicos da DENMO e a detecção de uma lesão da medula espinhal associada à mielite aguda é a característica de neuroimagem mais específica da DENMO. [7] Essas lesões de RM geralmente envolvem a substância cinzenta central e estão associadas a edema medular, hipointensidade central em sequências ponderadas em T1 e realce após administração IV de gadolínio. [7] As lesões cervicais na DENMO estendem-se caracteristicamente para o tronco cerebral. [7]As lesões da medula na EM diferem da DENMO porque geralmente têm 1 segmento vertebral de comprimento ou menos, ocupam tratos periféricos de substância branca e podem ser assintomáticas. [7]
Essas lesões de RM geralmente envolvem a substância cinzenta central e estão associadas a edema medular, hipointensidade central em sequências ponderadas em T1 e realce após administração IV de gadolínio. [7]
As lesões cervicais na DENMO estendem-se caracteristicamente para o tronco cerebral. [7]
As lesões da medula na EM diferem da DENMO porque geralmente têm 1 segmento vertebral de comprimento ou menos, ocupam tratos periféricos de substância branca e podem ser assintomáticas. [7]
== Diagnóstico diferencial ==
== Tratamento Complicações ==Mielopatia permanente e cegueira podem ocorrer na DENMO mesmo após um curso inicialmente monofásico. [11] .
O tratamento inicial para pacientes com suspeita de NMO ou pacientes com ataques agudos é glicocorticoides intravenosos. A prevenção de ataques recorrentes é tratada com imunossupressão de longo prazo. Supõe-se que os pacientes soropositivos para AQP4-IgG correm risco de recaída indefinidamente e o tratamento preventivo deve ser considerado, mesmo em pacientes com remissão clínica prolongada. [7]
== Prognóstico ==
Os pacientes com DENMO têm um prognóstico variável, com muitos pacientes sofrendo altos níveis de incapacidade. [8]
== Tratamento geral e no SUS (considerações sobre o inebilizumabe) == Um estudo demonstrou que apenas 22% dos pacientes tiveram recuperação total, mas 6% não apresentaram nenhuma recuperação. [8]
Defeitos visuais graves ou deficiência motora estão presentes em cerca de metade dos pacientes dentro de 5 anos do início da doença. [8]
Diretrizes para o manejo da NMO têm sido difíceis de estabelecer, uma vez que a maioria dos estudos envolve um pequeno número de pacientes. O tratamento para episódios agudos consiste principalmente em esteróides (metilprednisolona 500-1000mg diariamente por 5-10 dias) seguido de plasmaférese ou imunoglobulina intravenosa. [10] Eculizumabe e inebilizumabe são anticorpos humanizados que foram estudados em ensaios clínicos randomizados em pacientes com DENMO e mostraram eficácia no tratamento de longo prazo. [12] [13] Outras imunoterapias também foram usadas para o manejo de longo prazo da A mortalidade relacionada à doença na DENMO, como azatioprina, micofenolato de mofetil, rituximabe, metotrexato, mitoxantrona, tocilizumabe e glicocorticóides oraisé mais comumente devida à insuficiência respiratória neurogênica. [8] [14]
== Tratamento ==
Apenas um estudo disponibilizou resultados até o momento avaliando o inebilizumabe comparado ao placebo (muito embora haja as modalidades de imunosupressão já citadas). Esse ensaio recrutou 231 O tratamento inicial para pacientes adultos, com acompanhamento por até quatro anos, sendo a maioria suspeita de NMO ou pacientes com DENMO predominante AQP4-IgG sorologicamente positivosataques '''agudos é glicocorticoides intravenosos. Foi verificada uma redução '''A '''prevenção de surtos de DENMO, diminuição da piora da incapacidade relacionada à DENMO, redução da taxa de hospitalizações relacionadas à DENMO e um bom perfil ataques recorrentes é tratada com imunossupressão de tolerabilidade e segurança do inebilizumabe frente ao placebo para a população AQP4 IgG sorologicamente positivalongo prazo. '''
Supõe-se que os pacientes soropositivos para AQP4-IgG correm risco de recaída indefinidamente e o tratamento preventivo deve ser considerado, mesmo em pacientes com remissão clínica prolongada. [7]
Não há, até o momento, PCDT do Ministério da Saúde para essa doença. Cabe ressaltar que a evidência disponível não apresenta informações comparativas entre o inebilizumabe e outras alternativas terapêuticas utilizadas para DENMO. O impacto financeiro do uso do inebilizumabe chega a aproximadamente 1 milhão de R$ ao ano indefinidamente, sobretudo em pacientes soropositivos para AQP4-IgG, pois estes correm risco de recaída indefinidamente e o tratamento preventivo deve ser considerado, mesmo em pacientes com remissão clínica prolongada.
== Acompanhamento médico ==
'''Diretrizes para o manejo da NMO têm sido difíceis de estabelecer, uma vez que a maioria dos estudos envolve um pequeno número de pacientes.'''
Efeitos colaterais como hepatotoxicidade, imunossupressão, linfoma e outras malignidades devem ser avaliados O tratamento para '''episódios agudos''' consiste principalmente em pacientes que recebem esses medicamentos : [10] .
- esteróides (metilprednisolona 500-1000mg diariamente por 5-10 dias) seguido
- plasmaférese ou - imunoglobulina intravenosa. Eculizumabe e inebilizumabe são anticorpos humanizados que foram estudados em ensaios clínicos randomizados em pacientes com DENMO e mostraram eficácia no '''tratamento de longo prazo'''. [12] [13] Outras '''imunoterapias''' também foram usadas para o manejo de longo prazo da DENMO, como azatioprina, micofenolato de mofetil, rituximabe, metotrexato, mitoxantrona, tocilizumabe e glicocorticóides orais. [8] [14] Efeitos colaterais como hepatotoxicidade, imunossupressão, linfoma e outras malignidades devem ser avaliados em pacientes que recebem esses medicamentos [10] == Complicações Tratamento no SUS (e considerações sobre o inebilizumabe) == '''Não há, até o momento, PCDT do Ministério da Saúde para essa doença.''' Na tabela SIGTAP encontramos os seguintes '''procedimentos padronizados''': '''03.03.02.001-6 - PULSOTERAPIA I (POR APLICACAO)''': CONSISTE NA TERAPIA COM CORTICOESTEROIDES (METILPREDNISOLONA) COM FINALIDADE DE CONTROLAR RAPIDAMENTE O PROCESSO INFLAMATORIO DE DOENCAS DIFUSAS DO TECIDO CONJUNTIVO. MAXIMO DE TRES APLICACOES POR PACIENTE MES. '''03.06.02.001-7 - AFERESE TERAPEUTICA:''' PROCEDIMENTO QUE UTILIZA MAQUINA SEPARADORA CELULAR COM OBJETIVO DE TROCAR OU SUBSTITUIR UMA OU MAIS FRACOES DO SANGUE. ENVOLVE O USO DE UM CONJUNTO DESCARTAVEL ADAPTAVEL A MAQUINA LIQUIDOS E OUTROS PRODUTOS PARA A RECOMPOSICAO DE ELETROLITROS E MONITORAMENTO LABORATORIAL PARA ACOMPANHAMENTO DO PACIENTE. PLASMAFERESE E O PROCEDIMENTO MAIS COMUMENTE REALIZADO. O PRINCIPAL MEIO DE REPOSICAO E RICO EM ALBUMINA (4 POR CENTO). TAMBEM PODEM SER INDICADAS ERITROCITAFERESE, LEUCAFERESE, TROMBOCITAFERESE. A '''Imunoglobulina Humana''' está disponível pelo SUS para tratamento de algumas condições, mas '''não está padronizada especificamente para a neuromielite óptica (CID-10 G36.0)'''. '''MEDICAMENTOS'''
Apenas os '''glicocorticoides orais''' estão disponíveis no SUS para tratamentos oftálmicos crônicos ( processos inflamatórios e alérgicos, agudos e crônicos, envolvendo os olhos e anexos, como conjuntivite alérgica; ceratite; úlcera alérgica marginal da córnea; herpes-zoster oftálmico; irite e iridociclite; coriorretinite; inflamação do segmento anterior; uveíte posterior difusa e coroidite; '''neurite óptica'''; oftalmia do simpático)
Estão padronizados pelo Ministério da Saúde por meio do Componente Básico da Assistência Farmacêutica - CBAF: prednisona nas apresentações de 5 mg e 20 mg (comprimido), prednisolona nas apresentações de 1 mg/mL e 3 mg/mL (solução oral), dexametasona nas apresentações 4 mg (comprimido) e 0,1 mg/mL (elixir).
Mielopatia permanente e cegueira podem ocorrer na DENMO mesmo após um curso inicialmente monofásico. [11] .
== Prognóstico == ''' Inebilizumabe'''
Apenas um estudo disponibilizou resultados até o momento avaliando o inebilizumabe comparado ao placebo (muito embora haja as modalidades de imunosupressão já citadas). Esse ensaio recrutou 231 pacientes adultos, com acompanhamento por até quatro anos, sendo a maioria pacientes com DENMO predominante AQP4-IgG sorologicamente positivos. Foi verificada uma redução de surtos de DENMO, diminuição da piora da incapacidade relacionada à DENMO, redução da taxa de hospitalizações relacionadas à DENMO e um bom perfil de tolerabilidade e segurança do inebilizumabe frente ao placebo para a população AQP4 IgG sorologicamente positiva.
Os pacientes com Cabe ressaltar que a evidência disponível não apresenta informações comparativas entre o inebilizumabe e outras alternativas terapêuticas utilizadas para DENMO têm um prognóstico variável. O '''impacto financeiro''' do uso do inebilizumabe chega a aproximadamente 1 milhão de R$ ao ano indefinidamente, com muitos sobretudo em pacientes sofrendo altos níveis soropositivos para AQP4-IgG, pois estes correm risco de incapacidade. [8] Um estudo demonstrou que apenas 22% dos pacientes tiveram recuperação totalrecaída indefinidamente e o tratamento preventivo deve ser considerado, mas 6% não apresentaram nenhuma recuperação. [8] Defeitos visuais graves ou deficiência motora estão presentes mesmo em cerca de metade dos pacientes dentro de 5 anos do início da doença. [8] A mortalidade relacionada à doença na DENMO é mais comumente devida à insuficiência respiratória neurogênicacom remissão clínica prolongada. [8]
A '''Conitec''' recomendou inicialmente, por unanimidade, a '''não incorporação ao SUS do inebilizumabe para tratamento de pacientes com distúrbio do espectro da neuromielite óptica soropositivos para o anticorpo anti-aquaporina 4 (AQP4-IgG).''' Esse tema foi discutido durante a 128ª Reunião Ordinária da Comissão, realizada nos dias 10 e 11 de '''abril de 2024.''' No dia 10 de abril de 2024, o Comitê de Medicamentos considerou que, apesar do caráter raro e das consequências incapacitantes da doença, incertezas importantes foram observadas, especialmente de cunho econômico. Neste sentido, o Comitê considerou que existem aspectos que carecem de melhor desenvolvimento, tais como a estimativa de pacientes soropositivos para AQP4-IgG, o percentual de usuários da tecnologia, a inclusão do custo do exame para diagnóstico nos estudos econômicos e a caracterização dos pacientes incluídos nos estudos que foram utilizados na análise.
== Referências ==