Mudanças entre as edições de "Terapia por Pressão Subatmosférica (VAC) - Curativo a Vácuo"
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Neoplasia não removida | Neoplasia não removida | ||
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Edição das 17h57min de 28 de abril de 2025
Introdução
Trata-se de curativo que utiliza um aparelho gerador de pressão sub-atmosférica, também é chamado de curativo com pressão negativa ou técnica do fechamento de feridas assistido a vácuo.
Esta técnica consiste na colocação de um material de interface (espuma ou gaze), por meio do qual a pressão subatmosférica (pressão negativa - usualmente 125mm Hg abaixo da pressão ambiente) seria aplicada e o exsudato removido. Esse material fica em contato com o leito da ferida com objetivo de cobrir toda sua extensão, incluindo túneis e cavidades. O material de interface é coberto por uma película adesiva transparente que oclui totalmente a ferida em relação ao meio externo. Em seguida, um tubo de sucção é conectado a esse sistema e ao reservatório de exsudato, que é adaptado a um dispositivo eletro-eletrônico/computadorizado.
Esta técnica visa reduzir o edema, retirar o excesso de fluidos e melhorar a circulação local, o que levaria à maior granulação e, conseqüentemente, à aceleração do fechamento da ferida.
Técnica: Uma esponja é recortada para cobrir exatamente a extensão da ferida e, então, é recoberta com plástico transparente e permeável ao vapor. Drenos ligam a esponja a um sistema coletor. Uma bomba portátil aplica pressão negativa de sucção de 125 mm Hg. A pressão sub-atmosférica é igualmente distribuída sobre toda a ferida e aspira todos os fluídos da mesma. Ao drenar os fluídos da ferida, o substrato para o crescimento de microorganismos é teoricamente removido. A pressão negativa deve acelerar a formação de tecido de granulação e aumentar o fluxo sanguíneo para a ferida, acelerando a cicatrização.[1]
Indicações
Uso em feridas complexas para cicatrização. Atua para aproximar as bordas da ferida; remover material infeccioso da ferida; reduzir edema; promover/melhorar a perfusão das feridas e estimular a granulação.
Pode ser utilizada no tratamento de feridas agudas como queimaduras, traumas e enxertos de pele, mas também é comumente usada para feridas crônicas ou complexas e sem cura, como por exemplo, as úlceras por pressão, destacando-se a pouca disponibilidade de evidências.[2]
Contra-indicações
Debridamento incompleto
Estruturas vasculares visíveis
Osteomelite não tratada
Neoplasia não removida
Presença de fístula
Não Incorporado no SUS
Na 25ª reunião da CONITEC, realizada no dia 08/05/2014, os membros do plenário deliberaram não recomendar a incorporação da terapia por pressão subatmosférica (VAC) em lesões traumáticas agudas extensas. Foram consideradas questões como: - O VAC é um curativo à “vácuo”, como um dispositivo que promove pressão negativa e armazena as secreções da ferida e que isso facilitaria a cicatrização, diminuindo a granulação e o odor, mas pode ter efeitos deletérios, como rompimento de vasos e necrose de estruturas ósseas. Esses riscos inerentes requerem um treinamento adequado do operador. - A consulta pública recebeu 65 contribuições, e que de forma geral as contribuições não acrescentaram novas informações ao relatório e não foi recebida literatura suplementar relevante, representando por vezes apenas uma opinião do autor. - Apesar do impacto orçamentário ser de fato muito alto o que pesa para a deliberação é a falta de evidências que justifique a incorporação do dispositivo. - Que de uma forma geral o manejo tradicional do tratamento já é eficiente. - Que os profissionais tendem ter preferência por uma técnica sobre outra muito mais em relação a praticidade e facilidade do que sua eficácia cientificamente comprovada.[3]