Alterações

Litíase urinária

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O tratamento no SUS
==Classe terapêuticaInvestigação<ref>[https://portaldaurologia.org.br/medicos/publicacoes/guidelines/ Guideline Resumido da European Association of Urology, 2018]</ref>==A nefrolitíase é uma das condições clínico-cirúrgicas mais frequentes, caracterizada pelo surgimento de estruturas sólidas/cristalinas no interior do sistema urinário. A prevalência da doença litiásica continua a aumentar globalmente, principalmente nos últimos anos, em ambos os sexos e em todas as etnias. Estima-se que afete 10% a 15% da população.
A ultrassonografia, em conjunto com a radiografia simples do abdome, pode ser considerada a modalidade inicial para a cólica nefrética.
A radiografia simples de abdome (Rx) é frequentemente utilizada porque cerca de 90% dos cálculos renais têm densidade radiopaca. Para ser visível, é necessário que o cálculo tenha pelo menos 2 mm em seu maior diâmetro. No entanto, as radiografias simples têm limitações de sensibilidade para detectar cálculos ureterais.
A ultrassonografia pode detectar todos os tipos de cálculos renais, independentemente da radiopacidade, além de avaliar a presença e o grau de eventual hidronefrose.
A tomografia computadorizada, preferencialmente em protocolo de baixa dose, fornece informações para confirmação diagnóstica e decisão terapêutica, com vantagens nos casos de identificação de cálculos em região ureteral, bem como de determinar a repercussão do cálculo sugerindo ou não obstrução.
==Tratamento clínico<ref>[http://www.projetodiretrizes.org.br/5_volume/29-LitiUrin.pdf Lemos GC, Schor N. ''Litíase Urinária: Aspectos Metabológicos em Adultos e Crianças''. Sociedade Brasileira de Urologia. Projeto Diretrizes. Associação Médica Brasileira. Conselho Federal de Medicina. São Paulo. jun/2006.]</ref> Clínico (conservador, sem cirurgia)==Não há consenso entre os especialistas, pois:* Apesar de 40 anos de pesquisa laboratorial e epidemiológica, O alívio da dor é o papel dos elementos que causam e dos que impedem a formação dos cálculos não está totalmente entendido;* A formação de cálculos nem sempre está associada a valores alterados de exames de sangue e urina habitualmente realizados;* A história natural primeiro passo terapêutico no manejo da litíase é muito variável, necessitando seguimento em longo prazo para avaliar seu benefíciocólica renal.<br>Além destes aspectos, os medicamentos disponíveis para tratamento no que diz respeito à dissolução do cálculo, crescimento ourecorrência Os antiinflamatórios não hormonais (AINH) são totalmente estabelecidos. A maioria dos estudos científicos não apresenta controles com placebo ou versus história natural eficazes no tratamento da evolução da doençacólica renal e superiores aos opioides. Os tratamentos devem levar em consideração a observação O uso de que '''15% a 20% dos pacientes apresentam redução da recorrência sem tratamento'''.<br>Recomendações comprovadas cientificamente:# '''Aumento da ingestão opioides para o manejo de fluidos:''' Os pacientes devem cólica renal deve ser orientados para ingerir, pelo menos, 2,5 L/diaminimizado.# '''Ingestão de cálcio''': Sugere-se O uso da dipirona seja em associação com a ingestão de 800 a 1200 mg de cálcio ao diahioscina ou isoladamente, tem bons resultados, ''na forma de alimentos''. Tanto o excesso como a restrição do cálcio são prejudiciaisapesar dos efeitos colaterais relacionados à sonolência.# '''Restrição da ingesta de proteínas e sódio e aumento da ingesta de potássio'''
==Nefrolitotripsia Percutânea (NLP)==é um procedimento urológico minimamente invasivo para A hidratação intravenosa com o tratamento único propósito de promover a passagem forçada de cálculos renaisdeveser evitada. Foi realizada pela primeira vez em 1976, mas após o advento O papel da LEOC terapia médica expulsiva (Litotripsia Extracorpórea por Ondas de ChoqueTEM) ficou em segundo plano, retornando para seu lugar de destaque nos casos na promoção da passagem espontânea de falha ao tratamento com LEOC. Atualmente tem suas indicações bem definidas para cálculos renais maiores que 2 cm é controverso, mas a literatura atual sugere benefício em pelve renal ou cálices superiores, cálculos de cálice inferior maiores que 1 cmureterais distais, cálculos muito duros (vistos à tomografia com densidade >1000UH) tamanho entre 5 e aqueles casos que falharam ao tratamento anterior com LEOC10 mm. O procedimento consiste da punção de um cálice renal guiada por radioscopia, seguida As vantagens e desvantagens da dilatação até se poder entrar TEM devem ser discutidas com o nefroscópio dentro do rim - aparelho com menos de 1cm de diâmetro munido de uma câmera, por onde se pode observar a anatomia intrarrenal, e de paciente em um canal processo de trabalho, por onde se podem passar probes e pinças para quebrar e retirar os cálculos, respectivamente. Esta pequena incisão tomada de aproximadamente 1cm é bastante diferente daquela lombotomia tradicional para cirurgia aberta, tanto esteticamente, como, principalmente, relacionado a dor e à recuperação no pós-operatóriodecisão compartilhada.
==Litotripsia extraMediante a manutenção da dor lombar, apesar do tratamento medicamentoso, deve-corpórea por ondas de choque se proceder à drenagem da unidade renal obstruída (LEOC cateter ureteral ou LECOnefrostomia percutânea)==ou a remoção do cálculo.<br> <br> * '''O PAPEL DAS MEDICAÇÕES NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA LITÍASE'''<ref>[http://www.projetodiretrizes.org.br/5_volume/29-LitiUrin.pdf Lemos GC, Schor N. ''Litíase Urinária: Aspectos Metabológicos em Adultos e Crianças''. Sociedade Brasileira de Urologia. Projeto Diretrizes. Associação Médica Brasileira. Conselho Federal de Medicina. São Paulo. jun/2006.]</ref> <br>É um Estudos de tratamento medicamentoso para litíase sugerem que ocorre redução na formação de cálculos urinários (pedra nos rins, cálculo renal)porém estes são estudos com poucos pacientes e evolução menor de 3 anos. As medicações utilizadas apresentam efeitos colaterais consideráveis, sendo sugerido que consiste em submeter o cálculo ao impacto elas sejam prescritas quando ocorrer a formação recorrente de sucessivas cálculos. Por outro lado, a litotripsia extracorpórea por ondas de choque também tem efeitos colaterais importantes, que apesar de alta energiapouco freqüentes, geradas por diferentes mecanismos podem ser graves. Deste modo, as medidas dietéticas e a prescrição criteriosa do tratamento medicamentoso devem ser a escolha preferencial para prevenção de acordo futuros eventos litiásicos, até que novas drogas com o tipo menor potencial nocivo sejam desenvolvidas.<br>Na era dos tratamentos minimamente invasivos e de equipamentobaixa morbidade, emitidas por uma fonte à distância do foco procura-se utilizar o menor número de atuaçãodrogas possível. Estasdevem ser prescritas para pacientes com elevada recorrência, que se propagam em meio líquido risco cirúrgico alto e penetram no corpo em direção quando não há adesão ao cálculotratamento dietético. Essa onda de choque entra no abdômen do(a) paciente portador do cálculo urinário através <br>A mudança do ponto estilo de contato entre um cilindro (que contém a fonte vida deve ser enfatizada. ==Tratamento intervencionista<ref>[https://sbn.org.br/utilidades/diretrizes-e-recomendacoes/ Sociedade Brasileira de energia e um meio líquido Nefrologia. Diretrizes de propagação da onda) Litíase Renal]</ref>==Os avanços técnicos e a peletecnológicos tem promovido mudanças significativas no tratamento dos cálculos urinários. Após incidir sobre o cálculoAtualmente, sempre que possível, a onda de choque continua procura-se propagando até sair tratar os cálculos do corpotrato urinário de maneira minimamente invasiva. Trata-se Estas propiciam as seguintes vantagens: ausência ou cicatrizes muito pequenas, menor período de um procedimento ambulatorial e pouco dolorosohospitalização, menos dor no pós operatório, dependendo do limiar menor período de dor do convalescência, retorno mais precoce às atividades profissionais e melhor satisfação para o paciente, . <br>As cirurgias minimamente invasivas utilizadas no tratamento dos cálculos do tipo trato urinário são: litotripsia extracorpórea por ondas de máquinachoque (LECO), da intensidade utilizada nefrolitotripsia percutânea (PCN), ureterolitotripsia transureteroscópica (dureza do cálculoUL) e do ureterolitotomia laparoscópica (ULL). As cirurgias convencionais (CC) ainda tem lugar no tratamento dos cálculos urinários, entretanto em um pequeno número de impulsospacientes. <br>Pode O tratamento dos cálculos do trato urinário pode ser realizado sob analgesiadeterminado pelos sintomas, sedaçãograu de obstrução, ou anestesia periduraltamanho, localização e associação com o objetivo infecção . Considera-se também a segurança do procedimento, conforto do paciente, tempo de recuperação e os custos.<br>Os cálculos do trato urinário menores de até quatro milímetros (mm) no maior diâmetro têm grande probabilidade de quebrar o cálculo, dando origem a fragmentos pequenos o bastante para serem eliminados espontaneamente com o fluxo urinárioe podem na maioria dos casos, aguardar que isso ocorra naturalmente. <br> ==O sucesso absoluto é traduzido pela eliminação completa do cálculo após o tratamentono SUS==A LEOC revolucionou Tanto o tratamento da calculose urinária, transformando-se rapidamente na maior inovação tecnológica para clínico (conservador) quanto o tratamento desta doençacirúrgico são disponibilizados gratuitamente pelo SUS. <br>No inícioDentre as diversas modalidades cirúrgicas disponíveis, o seu uso foi limitado ao tratamento de cálculos renaisdestacamos as abaixo, no entanto, os avanços na tecnologia destes equipamentos permitiram a aplicação desta modalidade não invasiva também em cálculos em todo o ureter (tubo extraídas do Sistema de ligação entre os rins e a bexiga) e bexiga.Deve ser considerado como um procedimento não invasivo, com baixo índice Gerenciamento da Tabela de complicaçõesProcedimentos, indicada por urologistas Medicamentos e realizado OPM do SUS (SIGTAP)<ref>Disponível em equipamentos operados por médico: http://sigtap.datasus.gov.br</ref>:<table border="1" cellpadding="2"><tr><th>Código<th>Descrição<tr><td>0409010146<td>EXTRACAO ENDOSCOPICA DE CALCULO EM PELVE RENAL<tr><td>0409010154<td>EXTRACAO ENDOSCOPICA DE CORPO ESTRANHO / CALCULO EM URETER<tr><td>0409020036<td>EXTRACAO ENDOSCOPICA DE CORPO ESTRANHO / CALCULO NA URETRA C/ CISTOSCOPIA<tr><td>0409010189<td>LITOTRIPSIA<tr><td>0309030129<td>LITOTRIPSIA EXTRACORPOREA (ONDA DE CHOQUE PARCIAL / COMPLETA EM 1 REGIAO RENAL)<tr><td>0409010235<td>NEFROLITOTOMIA PERCUTANEA<tr><td>0409010316<td>PIELOLITOTOMIA<tr><td>0409010391<td>RETIRADA PERCUTANEA DE CALCULO URETERAL C/ CATETER<tr><td>0409010561<td>URETEROLITOTOMIA<tr><td>0409020184<td>URETROTOMIA P/ RETIRADA DE CALCULO OU CORPO ESTRANHO<tr><td>0409010103<td>COLOCAÇÃO PERCUTÂNEA DE CATETER PIELO-URETERO-VESICAL UNILATERAL<tr><td>0409010170<td>INSTALAÇÃO ENDOSCÓPICA DE CATETER DUPLO J</table>
==Referências==
<references/>
 
5. Sociedade Brasileira de Nefrologia • Braz. J. Nephrol. 47 (2) • Apr-Jun 2025 https://doi.org/10.1590/2175-8239-JBN-2024-0189pt
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