Mudanças entre as edições de "Método Denver"

De InfoSUS
Ir para: navegação, pesquisa
(Tratamento do Autismo:)
Linha 31: Linha 31:
 
O acompanhamento da pessoa com TEA está dividido em:  
 
O acompanhamento da pessoa com TEA está dividido em:  
  
• Identificação: o foco é no acompanhamento do desenvolvimento infantil, rastreamento por meio de indicadores e instrumentos, identificação de sinais de alerta e ações de estimulação promovidas por equipes de saúde e educação.  
+
• Identificação: o foco é no acompanhamento do desenvolvimento infantil, rastreamento por meio de indicadores e instrumentos, identificação de sinais de alerta e ações de estimulação promovidas por equipes de saúde e educação.  
 +
 
 
• Tratamento, habilitação e reabilitação: é desenvolvido um plano terapêutico singular (PTS) que, com base na avaliação dos aspectos de comunicação, linguagem e de interação social, consiste em plano de terapia multiprofissional e individualizado visando ganho funcional e de autonomia.
 
• Tratamento, habilitação e reabilitação: é desenvolvido um plano terapêutico singular (PTS) que, com base na avaliação dos aspectos de comunicação, linguagem e de interação social, consiste em plano de terapia multiprofissional e individualizado visando ganho funcional e de autonomia.
 +
 +
'''Tratamento farmacológico''':
 +
 +
As opções farmacológicas são direcionadas para sintomas-alvo, falta de resposta à terapia não farmacológica e/ou para tratar um comportamento que apresenta impacto funcional negativo. As opções incluem antipsicóticos (convencionais e atípicos), estimulantes, antidepressivos – inibidores seletivos da recaptação de serotonina, agonistas alfa 2, anticonvulsivantes e estabilizadores de humor, ansiolíticos e benzodiazepínicos e medicamentos indutores do sono.
 +
 +
A risperidona foi avaliada pela Conitec e está incluída no manejo do comportamento agressivo em crianças e adultos com TEA. A recomendação de uso no SUS foi baseada no benefício demonstrado nos casos em que o tratamento não farmacológico apresente resposta insuficiente ou baixa adesão, que pode ser devida à gravidade do comportamento agressivo.
 +
 +
'''Tratamento não farmacológico''':

Edição das 16h17min de 17 de dezembro de 2024

Introdução:

O método Denver, também conhecido como ESDM (Early Start Denver Model – Modelo Denver para Intervenção Precoce) é baseado em intervenções comportamentais para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) de 12 a 48 meses.

Sobre o Autismo:

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno presente em aproximadamente 1% da população, apresentando-se como um conjunto de sintomas que se manifestam em diferentes graus, podendo estar presentes dificuldades relacionadas à interação social ou à comunicação, comportamentos repetitivos e interesses restritos, e padrões atípicos de atividades como reações incomuns a sensações.

Ainda não foi identificada uma causa única para o desenvolvimento do transtorno, que é atribuído a causas multifatoriais, ambientais, genéticas e epigenéticas.

Os sintomas de TEA podem começar a ser notados entre 6 e 18 meses de vida, quando há distinção do desenvolvimento típico e outros atrasos de desenvolvimento.

A literatura sugere que o diagnóstico precoce e início dos cuidados são importantes para melhora de quadro, principalmente do comportamento, da capacidade funcional e da comunicação.

Níveis do Austimo:

Nível 1: Requer suporte (p.ex., sem o devido apoio, déficits na comunicação social causam deficiências visíveis. Dificuldade para iniciar interações sociais e respostas atípicas ou mal-sucedidas às iniciativas dos outros. Inflexibilidade causa interferência significativa com o funcionamento em um ou mais contextos);

Nível 2: Requer suporte substancial (p.ex., déficits acentuados na comunicação social verbal e não-verbal; deficiências sociais aparentes mesmo com devido apoio; iniciação limitada de interações sociais. Inflexibilidade de comportamento, dificuldade em lidar com mudanças ou outros comportamentos restritos ou repetitivos aparecem com frequência e interferem no funcionamento);

Nível 3: Requer apoio muito substancial (p.ex., déficits severos na comunicação social verbal e não verbal que causam graves prejuízos no funcionamento, iniciação muito limitada de interações sociais e resposta mínima a iniciativas de outros. Inflexibilidade do comportamento, extrema dificuldade em lidar com mudanças que interferem com o funcionamento;

Assim, cada paciente terá uma evolução e necessidades distintas, desde uma vida independente até dependência completa para executar atividades básicas, com reflexo nos aspectos educacionais e profissionais.


Tratamento do Autismo:

Os cuidados oferecidos na atenção primária são fundamentais para o acompanhamento das pessoas com TEA no SUS.

O acompanhamento da pessoa com TEA está dividido em:

• Identificação: o foco é no acompanhamento do desenvolvimento infantil, rastreamento por meio de indicadores e instrumentos, identificação de sinais de alerta e ações de estimulação promovidas por equipes de saúde e educação.

• Tratamento, habilitação e reabilitação: é desenvolvido um plano terapêutico singular (PTS) que, com base na avaliação dos aspectos de comunicação, linguagem e de interação social, consiste em plano de terapia multiprofissional e individualizado visando ganho funcional e de autonomia.

Tratamento farmacológico:

As opções farmacológicas são direcionadas para sintomas-alvo, falta de resposta à terapia não farmacológica e/ou para tratar um comportamento que apresenta impacto funcional negativo. As opções incluem antipsicóticos (convencionais e atípicos), estimulantes, antidepressivos – inibidores seletivos da recaptação de serotonina, agonistas alfa 2, anticonvulsivantes e estabilizadores de humor, ansiolíticos e benzodiazepínicos e medicamentos indutores do sono.

A risperidona foi avaliada pela Conitec e está incluída no manejo do comportamento agressivo em crianças e adultos com TEA. A recomendação de uso no SUS foi baseada no benefício demonstrado nos casos em que o tratamento não farmacológico apresente resposta insuficiente ou baixa adesão, que pode ser devida à gravidade do comportamento agressivo.

Tratamento não farmacológico: