Alterações

Metodo ABA

2 145 bytes adicionados, 17h57min de 10 de dezembro de 2024
Definições
O transtorno do espectro do autismo (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento de base biológica, caracterizado por déficits persistentes na comunicação e interação social e padrões repetitivos e restritos de comportamento, interesses ou atividades. As estimativas de prevalência variam com a metodologia do estudo e a população avaliada e variam de 1 em 40 a 1 em 500.
Para o tratamento do TEA existem múltiplos métodos ou chamadas terapias, que podem minimizar alguns efeitos ou comportamentos mais severos disfuncionais desses indivíduos e que também podem ser aplicados de acordo com o tipo de transtorno dos mesmos. No entanto, três deles –PECS (Picture Exchange Communication System), TEACCH (Treatment and Education of Autistic and related Communication-handicapped Children) e o ABA (Applied Behavior Analysis) apresentaram os resultados mais satisfatórios, tendo assim permanecido como os principais métodos terapêuticos.
=='''Definições'''==
A Análise do Comportamento Aplicada (O método ABA) investiga as variáveis que afetam o comportamento humano, sendo capaz de mudá-los através da modificação de seus antecedentes (o que ocorreu antes e pode ter sido um possível gatilho para a ocorrência ''applied behavior analysys'' ou análise aplicada do comportamento) e suas consequências (eventos é uma terapia comportamental estruturada que se sucederam após visa promover independência, aumentar a ocorrência do comportamento, funcionalidade e que podem ter sido agradáveis ou desagradáveis determinando a probabilidade qualidade de que ocorram novamente)vida. Para estes propósitosO método ABA utiliza os princípios psicológicos da teoria da aprendizagem, como reforço positivo, ABA usa métodos experimentais e sistemáticos de observação e mensuração dos para promover mudanças nos comportamentos, os quais . Alguns aspectos são definidos como aquelas ações dos indivíduos considerados importantes para que são passíveis o ABA possa ser aplicado de serem observadas modo adequado, incluindo o início precoce, a intensidade, a individualização, o repertório amplo e adaptativo e mensuradasa atuação da família como co-terapeutas.
O método ABAAtravés da investigação das variáveis que afetam o comportamento humano, Analise aplicada sendo capaz de mudá-los através da modificação de seus antecedentes (o que ocorreu antes e pode ter sido um possível gatilho para a ocorrência do comportamento, é um tratamento comportamental indutivo, tem por objetivo ensinar ) e suas consequências (eventos que se sucederam após a criança habilidades, por etapasocorrência do comportamento), e que ela não possui.Cada habilidade é ensinada, em geral, em plano individual, de maneira associada a uma indicação podem ter sido agradáveis ou instrução, levando desagradáveis determinando a criança autista a trabalhar probabilidade de forma positivaque ocorram novamente. A esse método junta -se Para estes propósitos, o uso funcional ABA usa métodos experimentais e sistemáticos de figuras de comunicaçãoobservação e mensuração dos comportamentos, conhecido os quais são definidos como PECS. O método PECS, Sistema aquelas ações dos indivíduos que são passíveis de comunicação através da troca de figuras, foi desenvolvido com o intuito de ajudar crianças e adultos autistas serem observadas e com outros distúrbios de desenvolvimento a adquirir capacidade de comunicaçãomensuradas.
É um tratamento comportamental indutivo, e tem por objetivo ensinar a criança habilidades, por etapas, que ela não possui. Cada habilidade é ensinada, em geral, em plano individual, de maneira associada a uma indicação ou instrução, levando a criança autista a trabalhar de forma positiva. A esse método junta-se o uso funcional de figuras de comunicação, conhecido como PECS. O método PECS (''picture exchange communication system'' ou sistema de comunicação através da troca de figuras) foi desenvolvido com o intuito de ajudar crianças e adultos autistas e com outros distúrbios de desenvolvimento a adquirir capacidade de comunicação. No Brasil, o ABA está gradualmente ganhando espaço enquanto um método de intervenção para o autismo, mas somente poucos profissionais possuem treinamento apropriado na área. Existe uma certificação internacional que atesta o conhecimento necessário para a aplicação do método, fornecido pela Behavior Analyst Certification Board. Entretanto, não existe formação regulamentada ou certificação específica no Brasil.
=='''Evidências Científicas'''==
=='''Atuações Profissionais'''==
Convém esclarecer, que este método é uma especialidade ministrada em cursos de aperfeiçoamento profissional, não sendo frequente sua inserção nas matrizes curriculares no âmbito da graduação nas graduações na área da saúde. Portanto, o aperfeiçoamento em ABA fica a critério do profissional, em fazer ou não esta formação após bacharelarpós-segraduação. Como a terapia ABA é conduzida pelo terapeuta, diretamente com a criança e pode ser aplicada em diferentes configurações, como em casa, na escola ou em clínicas especializadas, a família também desempenha um papel fundamental, colaborando com os terapeutas e implementando estratégias em atividades diárias.
=='''Tratamento de Transtorno do Espectro Autista e o SUS'''==
As diretrizes para o cuidado da pessoa com TEA do Ministério da Saúde preconiza o Projeto Terapêutico Singular (PTS) como a orientação geral para o manejo desses pacientes. O PTS deve envolver profissionais/equipes de referência com trabalho em rede e pluralidade de abordagens e visões, levando em consideração as necessidadesindividuais e da família, os projetos de vida, o processo de reabilitação psicossocial e a garantia de direitos.
No documento do Ministério da Saúde se 2015, que versa sobre a linha de cuidado ao paciente com TEA, há referência a diversas abordagens terapêuticas específicas, entre elas a ABA, nenhuma superior a outra. Esse documento ainda explica:
 
'''"Não existe uma única abordagem a ser privilegiada no atendimento de pessoas com transtornos do espectro do autismo. Recomenda-se que a escolha entre as diversas abordagens existentes considere sua efetividade e segurança e seja tomada de acordo com a singularidade de cada caso." "O importante é verificar que não há uma única abordagem, uma única forma de treinamento, um uso exclusivo de medicação ou projeto terapêutico fechado que possa dar conta das dificuldades de todas as pessoas com transtorno do espectro do autismo."'''
 Tendo em vista a variabilidade de abordagens e também o fato de que nenhuma se apresentou mais efetiva do que outra do ponto de vista científico, podemos afirmar que podem haver ganhos em todas elas podem haver.
Aduz-se que o que consta na tabela do SUS são os atendimentos de reabilitação realizados pelos profissionais de Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Psicologia sem que estes tenham necessariamente a formação no método ABA, e sim a graduação nos respectivos cursos, bem como a vinculação aos seus respectivos conselhos profissionais. E, no âmbito deste sistema, cabe a este apenas oferecer o serviço, ficando os métodos e técnicas a serem aplicados sob competência dos profissionais, que tendo formação generalista de acordo com as matrizes curriculares propostas pelo Ministério da Educação, são aptos a aplicar recursos específicos de cada profissão a todos os casos. Ficando também a cargo destes, optarem por qual método complementar de tratamento é o de melhor eficácia para cada caso em especial, desde que tenham conhecimento e formação na técnica a ser aplicada.
'''Importante salientar que a partir de 2023, houve um aumento significativo de ofícios de instrução recebidos por esta CoMaJ COMAJ de reabilitação relacionados ao espectro autista,.''' Conforme o Parecer Técnico Científico PTC n. 147 de 2024 https://www.pje.jus.br/e-natjus/arquivo-download.php?hash=ee416235299307c3db073d5f87bcb3a47623debd, de acordo com os resultados dos ensaios clínicos randomizados existentes até o momento benefícios e riscos do ABA estruturado para o tratamento de pessoas com TEA, quando comparado a nenhum tratamento, lista de espera, ou outras psicoterapias são incertos. Essa incerteza é devida à baixa qualidade metodológica e ao alto risco de viés destes estudos, da heterogeneidade das estratégias utilizadas para aplicação do ABA, da diversidade de desfechos e ferramentas utilizadas para mensurar os efeitos deste método, à imprecisão dos resultados numéricos apresentados e a incompletude das informações relatadas nos ensaios clínicos randomizados incluídos. Diante desta incerteza, é importante discutir a indicação rotineira ou não do ABA, considerando ainda outros aspectos como a heterogeneidade de sua aplicação, a capacidade instalada e a disponibilidade de profissionais capacitados no cenário de saúde pública e suplementar, a existência ou não de alternativas não farmacológicas para compor o cuidado oferecido e o desconhecimento sobre os efeitos clínicos do método também no longo prazo.
=='''Resumindo'''==
'''Os estudos que avaliaram a eficácia dessa forma de tratamento são de baixa ou muito baixa qualidade metodológica, estando sujeitos a inúmerosvieses, o que impossibilita sustentar a sua eficácia. '''Desta forma, muito embora seja um recurso benéfico, conclui-se que o método ABA não é técnica exclusiva para o tratamento de pacientes com autismo. Além de haver a necessidade de mais evidências científicas.'''
=='''Referências'''==
Editor, leitor
868
edições