Alterações

Canabidiol e Fibromialgia

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Conclusão:
Em outra revisão sistemática, foram incluídos 79 estudos e 6.462 pacientes foram randomizados para o uso de canabinóides ou placebo para tratamento da dor crônica, não mostrando diferença significativa na redução da dor entre os grupos (37% vs. 31%; odds ratio 1,41; intervalo de confiança de 95% entre 0,99 a 2,00 e P=0,64; I2=47). Entretanto, os pacientes tratados com canabinóides apresentaram risco aumentado para eventos adversos graves a curto prazo.
== '''Canabidiol de Conselho Federal de Medicina:''' ==
 
A Resolução CFM nº 2.324/22, que autoriza o uso do canabidiol (CBD), um dos 80 derivados canabinoides da cannabis sativa, para o tratamento de epilepsias em crianças e adolescentes refratários aos tratamentos convencionais foi publicada nesta sexta-feira (14), no Diário Oficial da União (DOU). A diretriz manteve vedada a prescrição da cannabis in natura para uso medicinal, bem como quaisquer outros derivados que não o canabidiol. Segundo a norma, o grau de pureza da substância e sua forma de apresentação devem seguir as determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
 
O plenário do CFM aprovou a Resolução após revisões científicas sobre as aplicações terapêuticas e a segurança do uso do canabidol. O trabalho considerou publicações feitas de dezembro de 2020 a agosto de 2022. Também foram colhidas mais de 300 contribuições por meio de consulta pública aberta para médicos de todo o País. Após a avaliação, o CFM concluiu pela existência de resultados positivo da prescrição do CBD em casos de Síndromes Convulsivas, como Lennox-Gastaut e Dravet, mas resultados negativos em diversas outras situações clínicas.
 
“O uso do canabidiol foi autorizado pelo CFM tendo em vista o padecimento de crianças e famílias em função da refratariedade ao tratamento convencional para as crises epiléticas relacionadas às síndromes de Dravet, Doose e Lennox-Gastaut”, explica a relatora da Resolução, Rosylane Rocha. Segundo ela, a epilepsia é classificada como refratária ou resistente a medicamentos quando o paciente não consegue ficar livre de convulsões mediante testes adequados de dois medicamentos que tenham sido indicados adequadamente para o tipo de convulsão do paciente, prescritos singularmente ou combinados.
 
De acordo com a conselheira, a partir da publicação da RDC Anvisa nº 327 houve inúmeras atividades de fomento ao uso de produtos de cannabis e um aumento significativo de prescrição de canabidiol para doenças em substituição a tratamentos convencionais e cientificamente comprovados.
 
'''A norma aprovada pelo CFM veda ao médico a prescrição de canabidiol para indicação terapêutica diversa da prevista na Resolução, salvo em estudos clínicos autorizados pelo Sistema formado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa e Conselhos de Ética em Pesquisa (CEP/CONEP). Também fica proibido ao médico ministrar palestras e cursos sobre uso do canabidiol ou produtos derivados de cannabis fora do ambiente científico, bem como fazer sua divulgação publicitária. A resolução deverá ser revista no prazo de três anos a partir da data de sua publicação.'''
== '''Benefício/efeito/resultado esperado da tecnologia:''' ==
== '''Conclusão:''' ==
 
Revisões sistemáticas e metanálises de estudos, incluindo variadas populações e formulações de canabinóides, relataram benefícios modestos ou inexistentes para o tratamento da dor crônica. A partir desses dados, pode-se esperar ainda que os possíveis benefícios dos produtos à base de Cannabis para o tratamento da fibromialgia podem não ser superados pelos seus potenciais danos.
Ressalta-se a importância de ensaios clínicos randomizados futuros com tamanho amostral mais expressivo e melhor rigor metodológico, com mascaramento adequado de todos os envolvidos, que investiguem os efeitos da cannabis e seus derivados no alívio de dor, qualidade do sono, qualidade de vida, fadiga e saúde mental como alternativa terapêutica para o tratamento de fibromialgia, além de avaliaem a segurança dessa terapia a curto, médio e longo prazo.
Ademais, um país de alta renda, como o Reino Unido, não recomenda CBD para o tratamento da dor crônica e considera seu custo excessivo e benefício incerto. 
 
'''Referência Bibliográfica:'''
 
1 Goldenberg DL, Schur PH, Romain PL. Initial treatment of Fibromyalgia in adults [Internet]. Waltham (MA): UpToDate;
23 de janeiro de 2020. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/initial-treatment-of-fibromyalgia-in-adults?search=pregabalina&source=search_result&selectedTitle=4~139&usage_type=default&display_rank=3
 
2. Ministério da Saúde. Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas de dor crônica. [Internet] CONITEC, 2012 Disponível em: http://conitec.gov.br/images/Protocolos/DorCronica.pdf
== '''Conclusão3. Cannabis-based medicinal products [B] Evidence review for chronic pain. Guidance. NICE, 2019. Disponível em:''' ==https://www.nice.org.uk/guidance/ng144/evidence/b-chronic-pain-pdf-6963831759 4.Cannabis-based medicinal products: summary of NICE guidance. Guidelines. NICE. 2020. Disponível em: https://www.bmj.com/content/369/bmj.m1108
Revisões sistemáticas e metanálises de estudos5. Parecer Técnico-Científico, incluindo variadas populações Título: Derivados da cannabis e formulações de canabinóides, relataram benefícios modestos ou inexistentes seus análogos sintéticos para o tratamento da dor crônica. A partir desses dados, podefibromialgia -se esperar ainda que os possíveis benefícios dos produtos à base Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde / Núcleo de Cannabis para o tratamento da fibromialgia podem não ser superados pelos seus potenciais danos. AdemaisEvidências - Hospital Sírio Libanês (NATS/NEv -HSL), um país 25 de outubro de alta renda, como o Reino Unido, não recomenda CBD para o tratamento da dor crônica e considera seu custo excessivo e benefício incerto2024. 
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