A Resolução CFM 1457/95 indica formalmente a oxigenioterapia hiperbárica nas seguintes condições:
1 - Embolias gasosas;
2 - Doença descompressiva;
3 - Embolias traumáticas pelo ar;
4 - Envenenamento por monóxido de carbono ou inalação de fumaça;
5 - Envenenamento por cianeto ou derivados cianídricos;
6 - Gangrena gasosa;
7 - Síndrome de Fournier;
8 - Outras infecções necrotizantes de tecidos moles: celulites, fasciites e miosites;
9 - Isquemias agudas traumáticas: lesão por esmagamento, síndrome compartimental, reimplantação de extremidades amputadas e outras;
10 - Vasculites agudas de etiologia alérgica, medicamentosa ou por toxinas biológicas (aracnídeos, ofídios e insetos);
11 - Queimaduras térmicas e elétricas;
12 - Lesões refratárias: úlceras de pele, lesões pé-diabético, escaras de decúbito, úlcera por vasculites auto-imunes, deiscências de suturas;
13 - Lesões por radiação: radiodermite, osteorradionecrose e lesões actínicas de mucosas;
14 - Retalhos ou enxertos comprometidos ou de risco;
15 - Osteomielites;
16 - Anemia aguda, nos casos de impossibilidade de transfusão sangüínea. <ref> CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução CFM nº 1.457/95. Brasiília, 15 de setembro de 1995. </ref>
Revisamos as indicações em artigos contemporâneos, não verificamos mudanças no padrão de indicação. Por exemplo, a Undersea and Hyperbaric Medical Society (UHMS, “Sociedade Médica de Medicina Hiperbárica e Submarina, tradução livre), tem asseguintes indicações:
01. Embolismo gasoso;
02. Intoxicação por monóxido de carbono;
03. Mionecrose por Clostridium;
04. Lesões por esmagamento e outras isquemias periféricas traumáticas agudas ;
05. Doença descompressiva;
06. Feridas crônicas (retardo na cicatrização);
07. Anemia por perda sanguínea;
08. Abscesso intracraneal;
09. Infecção necrotizante de tecidos moles;
10. Osteomielite crônica refratária;
11. Tecidos danificados por radiações;
12. Enxertos de pele e anexos comprometidos;
13. Queimaduras térmicas <ref> Arteaga ML, Schmitz G, Arias GX. Oxigenoterapia hiperbárica. Rev Med Cos Cen. 2011;68(599):393-399. </ref>
Em uma revisão sistemática de 2020, a oxigenioterapia hiperbárica apresentou boa eficácia no tratamento adjuvante de feridas complexas, incluindo as lesões por doença arterial periférica, úlceras em pés diabéticos, além das feridas agudas relacionadas a trauma. <ref> Menezes E. de O., Cintra B. B., & Félix V. H. C. (2020). Utilização da oxigenoterapia hiperbárica no tratamento da doença vascular periférica: uma revisão sistemática. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 12(11), e5282. https://doi.org/10.25248/reas.e5282.2020 </ref>
Um ponto que chamou a atenção é que os resultados da oxigenoterapia hiperbárica foram significantes em poucas sessões, em um tempo curto inferior ao tempo que se utiliza em outras formas de tratamento e com resultado superior, sendo, ainda, mínimo os riscos de complicações da terapia. <ref> Menezes E. de O., Cintra B. B., & Félix V. H. C. (2020). Utilização da oxigenoterapia hiperbárica no tratamento da doença vascular periférica: uma revisão sistemática. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 12(11), e5282. https://doi.org/10.25248/reas.e5282.2020 </ref>
==RECOMENDAÇÕES DA CONITEC==