Alterações

Método Bobath

1 976 bytes adicionados, 16h12min de 18 de março de 2022
Evidências Científicas
==Este parecer técnico refere-se ao '''Parecer TécnicoMÉTODO BOBATH'''==, no âmbito do sistema único de saúde – SUS:
=='''Definições'''==
O método Método Bobath, é um dos recursos que pode ser utilizado para o tratamento da função motora e sensorial de patologias neurológicas. Este método foi desenvolvido pelo neuropediatra Dr Karel Bobath e de sua esposa a fisioterapeuta Berta Bobath, através de 25 anos de pesquisa. Na atualidade, o tratamento por eles desenvolvido é bem conhecido e aceito em vários países (Bobath, 1990). O princípio do Conceito Bobath é a inibição dos padrões de reflexos anormais e a facilitação dos movimentos normais. Por ele, o paciente aprende a sensação do movimento, e não o movimento em si. O objetivo é facilitar o movimento motor e inibir movimentos e posturas anormais.
Este parecer técnico refereBobath é uma abordagem terapêutica e de reabilitação, desenvolvida para o tratamento de adultos, crianças e bebês com disfunções neurológicas, tendo como base à compreensão do desenvolvimento normal, utilizando todos os canais perceptivos para facilitar o desenvolvimento neuro-sensório-se ao '''MÉTODO BOBATH'''motor. Especificamente na literatura americana, com relação à intervenção em pediatria, este conceito é denominado de Tratamento Neuroevolutivo, no âmbito do sistema único pois era focado em crianças com paralisia cerebral, nos primórdios. O tratamento inclui movimentos ativos e passivos, porém só os ativos podem dar as sensações essenciais para a aprendizagem dos movimentos voluntários e postura a fim de saúde – SUS:melhorar a qualidade das funções motoras.
=='''Evidências Científicas'''==
Nas últimas décadas, os pressupostos teóricos subjacentes ao Conceito Bobath têm sido alvo de questionamentos. Apesar da sua popularidade, não há evidências científicas de que o Conceito Bobath seja superior a outros métodos/técnicas de Fisioterapia
Neurofuncional. Portanto, o Conceito Bobath é igualmente efetivo para o tratamento de pessoas com doenças neurológicas, em especial, nos estudos de sujeitos pós-AVC, para uma série de desfechos clínicos.
O método Método Bobath, é um dos recursos que pode ser utilizado para Não foram encontradas revisões sistemáticas sobre o tratamento da função motora e sensorial de patologias neurológicas. Este método foi desenvolvido pelo neuropediatra Dr Karel Bobath e de sua esposa a fisioterapeuta Berta abordagem fisioterapêutica com o Conceito Bobathem crianças com disfunção neurológica, através de 25 anos a exceção do estudo de pesquisa. Na atualidade, o tratamento por eles desenvolvido é bem conhecido e aceito em vários países Hirata & Santos (Bobath, 19902012). O princípio do Conceito Bobath é a inibição dos padrões sobre os métodos de reflexos anormais e a facilitação dos movimentos normais. Por ele, o paciente aprende a sensação do movimento, e não o movimento em si. O objetivo é facilitar o movimento motor e inibir movimentos e posturas anormaisreabilitação existentes para distúrbios da deglutição na Paralisia Cerebral.
Bobath é uma abordagem terapêutica e Nesse contexto, entende-se que não há evidências disponíveis de reabilitação, desenvolvida para que o tratamento de adultosConceito Bobath seja superior, crianças e bebês com disfunções neurológicasnem tão pouco inferior, tendo como base à compreensão às outras abordagens em Fisioterapia Neurofuncional do desenvolvimento normal, utilizando todos os canais perceptivos para facilitar o desenvolvimento neuro-sensório-motoradulto. O tratamento inclui movimentos ativos e passivos, porém só os ativos podem dar as sensações essenciais para Já nas pesquisas em pediatria a aprendizagem dos movimentos voluntários e postura a fim escassez de melhorar a qualidade das funções motorasinformações é ainda mais evidente.
Para Girolami Cabe informar que não foram publicados no ano de 2021 e Campbel apud Leite e Prado (2004)2022, após um estudo randomizado entre este método e a manipulação inespecífica de crianças pré-maturas, observou revisões sistemáticas que o Bobath melhorou possam demonstrar a postura e não houve melhora superioridade do tônus muscular e dos reflexos primitivosmétodo em relação aos convencionais.
=='''Atuações Profissionais'''==
Convém esclarecer, que este método é uma especialidade ministrada em cursos de aperfeiçoamento profissional, não sendo frequente sua inserção nas matrizes curriculares no âmbito da graduação na área da saúde. Portanto, o aperfeiçoamento fica a critério do profissional, em fazer ou não esta formação após bacharelar-se.
=='''Resumindo'''==
Desta forma, muito embora seja um recurso comprovadamente benéfico, conclui-se que o método Bobath é uma técnica de tratamento que pode ou não ser utilizada, sendo um complemento ao tratamento convencional. A escolha fica a critério do profissional legalmente habilitado e competente para o exercício da profissão e pode ser substituído por outras técnicas sem que haja prejuízo para o paciente, que contribuem de igual forma para o desenvolvimento sensório-motor da criança com paralisia cerebral. Diretrizes baseadas em evidênciascientíficas em vez de preferências terapêuticas devem nortear a escolha da estratégia de tratamento a ser utilizada.
  Florianópolis, 13 de fevereiro de 2014.  =='''Elaborado por:Elaboração'''==
- Carolina Garcia dos Santos - Fonoaudióloga do Centro Catarinense de Reabilitação (CCR)
9. UMPHRED, A. D. Fisioterapia Neurológica. 2ª ed. São Paulo: Manole, 1980.
 
10. ROSENBAUM, P. (2007). The natural history of gross motor development in children with cerebral palsy aged 1 to 15 years. Developmental Medicine & Child Neurology, 49(10), 724.
 
11. MINISTÉRIO DA SAÚDE - Diretrizes de Atenção à Pessoa com Paralisia Cerebral disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_paralisia_cerebral.pdf. 2013
 
12. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA de FISIOTERAPIA em NEUROLOGIA para o DESENVOLVIMENTO e DIVULGAÇÃO dos CONCEITOS NEUROFUNCIONAIS. ABRADIMENE disponível em (http://www.abradimene.org.br/)
13. LEITE, J.M.R; PRADO, G.F. Paralisia cerebral: aspectos fisioterapêuticos e clínicos. Revista Neurociências, 2004. Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2004/RN%2012%2001/Pages%20from%20RN%2012%2001-7.pdf
 
14. WINSTEIN, C.J., et al; American Heart Association Stroke Council, Council on Cardiovascular and Stroke Nursing, Council on Clinical
Cardiology, and Council on Quality of Care and Outcomes Research. Guidelines for Adult Stroke Rehabilitation and Recovery: A Guideline for Healthcare Professionals From the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. v. 47, n. 6, p. e98-e169, Jun. 2016.
 
15. HIRATA, G.C; SANTOS, R.S. Reabilitação da disfagia orofaríngea em crianças com paralisia cerebral: uma revisão sistemática da abordagem fonoaudiológica. Int. Arch. Otorhinolaryngol. vol.16 no.3 São Paulo July/Sept. 2012
Editor, leitor
591
edições