Nas últimas décadas, os pressupostos teóricos subjacentes ao Conceito Bobath têm sido alvo de questionamentos. Apesar da sua popularidade, não há evidências científicas de que o Conceito Bobath seja superior a outros métodos/técnicas de Fisioterapia
Neurofuncional. Portanto, o Conceito Bobath é igualmente efetivo para o tratamento de pessoas com doenças neurológicas, em especial, nos estudos de sujeitos pós-AVC, para uma série de desfechos clínicos.
Não foram encontradas revisões sistemáticas sobre o a abordagem fisioterapêutica com o Conceito Bobath em crianças com disfunção neurológica, a exceção do estudo de Hirata & Santos (2012) sobre os métodos de reabilitação existentes para distúrbios da deglutição na Paralisia Cerebral.
Nesse contexto, entende-se que não há evidências disponíveis de que o Conceito Bobath seja superior, nem tão pouco inferior, às outras abordagens em Fisioterapia Neurofuncional do adulto. Já nas pesquisas em pediatria a escassez de informações é ainda mais evidente.
Cabe informar que não foram publicados no ano de 2021 e 2022, revisões sistemáticas que possam demonstrar a superioridade do método em relação aos convencionais.
=='''Atuações Profissionais'''==
=='''Resumindo'''==
Desta forma, muito embora seja um recurso comprovadamente benéfico, conclui-se que o método Bobath é uma técnica de tratamento que pode ou não ser utilizada, sendo um complemento ao tratamento convencional. A escolha fica a critério do profissional legalmente habilitado e competente para o exercício da profissão e pode ser substituído por outras técnicas sem que haja prejuízo para o paciente, que contribuem de igual forma para o desenvolvimento sensório-motor da criança com paralisia cerebral. Diretrizes baseadas em evidênciascientíficas em vez de preferências terapêuticas devem nortear a escolha da estratégia de tratamento a ser utilizada.
=='''Elaboração'''==
13. LEITE, J.M.R; PRADO, G.F. Paralisia cerebral: aspectos fisioterapêuticos e clínicos. Revista Neurociências, 2004. Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2004/RN%2012%2001/Pages%20from%20RN%2012%2001-7.pdf
14. WINSTEIN, C.J., et al; American Heart Association Stroke Council, Council on Cardiovascular and Stroke Nursing, Council on Clinical
Cardiology, and Council on Quality of Care and Outcomes Research. Guidelines for Adult Stroke Rehabilitation and Recovery: A Guideline for Healthcare Professionals From the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. v. 47, n. 6, p. e98-e169, Jun. 2016.
15. HIRATA, G.C; SANTOS, R.S. Reabilitação da disfagia orofaríngea em crianças com paralisia cerebral: uma revisão sistemática da abordagem fonoaudiológica. Int. Arch. Otorhinolaryngol. vol.16 no.3 São Paulo July/Sept. 2012