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| ==Classe terapêutica== | | ==Classe terapêutica== |
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− | Antiespasmódico urinário - antagonista seletivo dos receptores muscarínicos
| + | Outros produtos com ação no trato urinário |
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| + | [[Classificação Anatômica Terapêutica Química (ATC)]] - G04BD07 |
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| ==Nomes comerciais== | | ==Nomes comerciais== |
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− | Detrusitol | + | Detrusitol LA |
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− | ==Principais informações==
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− | [[Tolterodina, tartarato de|Tolterodina]] é um antagonista competitivo específico dos receptores muscarínicos que apresenta maior seletividade in vivo pela bexiga urinária do que pelas glândulas salivares. É um medicamento indicado para o tratamento de bexiga hiperativa, compreendendo os sintomas de urgência miccional, aumento na freqüência de micções, com ou sem incontinência urinária por urgência em urinar. Relaxa o músculo da bexiga, possibilitando diminuir a freqüência urinária<ref>[http://cdn-1.consultaremedios.com.br/bulas/156/5741.pdf Bula do medicamento]</ref>.
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− | BEXIGA HIPERATIVA
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− | A bexiga hiperativa define-se como um quadro clínico caracterizado por imperiosidade miccional, isto é, uma vontade forte, desconfortável e súbita de urinar. A bexiga é inervada por nervos colinérgicos parassimpáticos e a [[Solifenacina, succinato|Solifenacina]] é um antagonista específico e competitivo dos receptores colinérgicos, ou seja, a inativação desses receptores inibe a contração do músculo liso detrusor da bexiga, aliviando o desconforto por retardar o desejo de urinar <ref> http://www.infarmed.pt/infomed/download_ficheiro.php?med_id=38080&tipo_doc=rcm </ref>.
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− | '''Tratamento farmacológico''':
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− | Dentre as '''medidas farmacológicas''' existentes, os fármacos anticolinérgicos orais ([[oxibutinina]], [[tolterodina, tartarato de|tolterodina]], [[Solifenacina, succinato|solifenacina]] ) são atualmente a terapêutica de primeira linha no tratamento, existindo uma segunda linha terapêutica constituída por fármacos não licenciados, como a [[toxina botulínica tipo A]], que se utiliza nos casos refratários à terapêutica de primeira linha ou naqueles doentes que não conseguem tolerar os efeitos secundários dos anticolinérgicos orais <ref> http://www.apurologia.pt/acta/3-2007/trat-bex-hip.pdf </ref>.
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− | Os membros da CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) recomendaram a não incorporação da [[Toxina botulínica tipo A]] no SUS para o tratamento da Bexiga Hiperativa, conforme [http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Relatorio_ToxinaBotulinica_Bexigahiperativa_CP.pdf Relatório de Recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – CONITEC – 15 - Toxina Botulínica do tipo A para o tratamento da bexiga hiperativa]. Entretanto, a CONITEC recomenda que o Ministério da Saúde realize estudo acerca do tratamento para a Bexiga Hiperativa contemplando todas as diversas tecnologias disponíveis para o tratamento da doença (o que inclui os anticolinérgicos, como a [[Solifenacina, succinato|Solifenacina]]).
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− | '''Nesse mesmo [http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Relatorio_ToxinaBotulinica_Bexigahiperativa_CP.pdf Relatório] está disponível a lista de procedimentos disponibilizados pelo SUS para o tratamento dessa patologia.'''
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− | '''Tratamento não farmacológico <ref> http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/arquivos/pdf/2012/Dez/12/darifenacina(Enablex%C2%AE).pdf </ref>'''
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− | O '''tratamento clínico não farmacológico''' da bexiga hiperativa inclui as medidas gerais, tratamento comportamental, fisioterapêutico e o cateterismo intermitente.
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− | Dentre as medidas gerais, é importante orientar que, bebidas gaseificadas, obesidade, tabagismo e diminuição da atividade física, são fatores de risco e devem ser evitados. Deve se ainda estar atento aos medicamentos utilizados pelos pacientes, uma vez que diversos fármacos têm efeitos colaterais sobre o trato urinário, como por exemplo, os diuréticos e os alfa bloqueadores.
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− | Em crianças com enurese noturna, as opções terapêuticas que obtêm sucesso são: terapia comportamental e alarme noturno.
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− | - Terapia comportamental: Objetiva modificar padrões de comportamentos não apropriados, que contribuem para a persistência da enurese. Deve ser considerado o tratamento de primeira linha. As técnicas comumente empregadas são:
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− | Reforço Positivo: Baseia-se no auto monitoramento das eventuais perdas, com premiação das noites secas (sem enurese).
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− | Treinamento do Controle de Retenção: Objetiva auxiliar o músculo detrusor na adaptação a volumes e pressões mais elevadas, e conscientizar a criança das sensações da bexiga cheia. O sucesso do método pode chegar a 87%, quando associado com o uso do alarme noturno.
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− | Micção Noturna Programada: O objetivo é estimular o ato de acordar com o estímulo da bexiga cheia.
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− | Treinamento Motivacional: A criança é motivada a assumir responsabilidade não apenas pelo problema em si, mas também pelo tratamento.
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− | - Alarme Noturno: São dispositivos afixados ao pijama da criança, que emitem alarme sonoro quando ocorre a micção. Baseiam-se no princípio de alertar e sensibilizar a criança a responder prontamente à sensação de bexiga cheia durante o sono, transformando o reflexo miccional em reflexo de inibição da micção, bem como estimulando o paciente a acordar para urinar no banheiro. Exige um treinamento inicial com auxílio dos pais, e quando posto em prática, a criança deve ser encorajada a levantar-se, tentar completar sua micção no banheiro, bem como trocar suas roupas e lençóis antes de deitar-se novamente. Obviamente, o alarme tem um impacto na vida dos outros membros da família, que podem ser acordados antes do paciente, e com isto acarretar mais tensão familiar. Portanto, exige paciência e dedicação paterna e empenho do paciente. O relato de sucesso com uso do alarme é de 65% a 75%, com a duração de tratamento de 5 a 12 semanas, mas o índice de recidiva após seis meses situa-se em 15% a 66%. Em metanálise, a cura permanente ocorre em 43% dos casos. A falha inicial não impede o sucesso com a repetição do tratamento, e a associação com terapia comportamental parece assegurar resultados mais consistentes.
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− | O tratamento clínico não farmacológico, tratamento comportamental, certamente demanda mais trabalho (treinamento) e cuidado de toda a família, sendo o tratamento farmacológico mais fácil. No entanto, todo medicamento tem efeitos colaterais, o que não ocorre com os tratamentos comportamentais, não sujeitando a criança aos efeitos adversos negativo do medicamento.
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− | ==Informações sobre o medicamento/alternativas== | + | ==Indicações== |
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− | O fármaco [[Tolterodina, tartarato de|tolterodina]] não está padronizado em nenhum dos programas do Ministério da Saúde, o qual é responsável pela seleção e definição dos medicamentos a serem fornecidos pelos referidos programas. Por esse motivo, não poderá ser disponibilizado no momento.
| + | [[Tolterodina, tartarato de]] é indicado para o tratamento de bexiga hiperativa, com sintomas de urgência miccional, aumento na frequência de micções, com ou sem urge-incontinência. <ref>[http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=19994052016&pIdAnexo=3669105 Bula do medicamento] Acesso em: 04/11/2016 </ref> |
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− | Fármacos antidepressivos têm demonstrado efeito clínico no tratamento da bexiga hiperativa. Dentre as indicações aprovadas pela ANVISA do medicamento [[Amitriptilina, cloridrato|amitriptilina]], está a enurese noturna (micção involuntária). O mecanismo de ação envolvido nesta aplicação terapêutica não é bem conhecido, mas sabe-se que este medicamento possui propriedades anticolinérgica e relaxante muscular na bexiga, e tem sido usado no tratamento da enurese <ref> http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/arquivos/pdf/2012/Dez/12/darifenacina(Enablex%C2%AE).pdf </ref>.
| + | ==Informações sobre o medicamento== |
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− | Portanto, como alternativa terapêutica, o SUS oferece os medicamentos [[Amitriptilina, cloridrato|amitriptilina]], [[Clomipramina, cloridrato|clomipramina]], [[Nortriptilina, cloridrato|nortriptilina]] e [[Fluoxetina, cloridrato|fluoxetina]] (antidepressivos); [[haloperidol]] e [[Clorpromazina, cloridrato|clorpromazina]] (antipsicóticos); [[clonazepam]] e [[diazepam]] (benzodiazepínicos ansiolíticos), pois são integrantes da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) 2014. A aquisição e distribuição destes medicamentos é responsabilidade dos municípios, os quais recebem recursos financeiros das três esferas em gestão.
| + | '''O medicamento [[tolterodina, tartarato de]] não pertence ao elenco de medicamentos e insumos da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais ([[RENAME]]) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).''' |
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− | '''No [http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Relatorio_ToxinaBotulinica_Bexigahiperativa_CP.pdf Relatório de Recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – CONITEC – 15] também está disponível a lista de procedimentos disponibilizados pelo SUS para o tratamento dessa patologia.'''
| + | A [[RENAME]] contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS por meio dos Componentes Básico, Estratégico e Especializado da Assistência Farmacêutica, além de determinados medicamentos de uso hospitalar. Conforme o art. 33 do [http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Decreto/D8065.htm Decreto nº 8.065/2013], a atualização da [[RENAME]] compete à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – [[CONITEC]], a qual tem por objetivo assessorar o Ministério da Saúde nas atribuições relativas à incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde pelo SUS, bem como na constituição ou alteração de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas - PCDT. |
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| + | Sendo assim, o referido medicamento, por não estar padronizado em nenhum dos Componentes da Assistência Farmacêutica, não é fornecido pelo Estado. |
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| ==Referências== | | ==Referências== |
| <references> | | <references> |
Sendo assim, o referido medicamento, por não estar padronizado em nenhum dos Componentes da Assistência Farmacêutica, não é fornecido pelo Estado.