Plástica Mamária no SUS
Plásticas Mamárias Corretivas
A mamoplastia redutora tem como objetivo reduzir o tamanho das mamas. A cirurgia é realizada retirando o excesso de gordura, pele e tecido mamário dos seios. Após essa etapa, é feito um remodelamento da mama, reposicionando uma aréola e modelando em formato natural.
O volume dos seios a reduzir é definido com base na dimensão do tórax, hipertrofia mamária e também considerando a vontade do paciente. Dessa forma, o corpo ganha um formato mais proporcional e a autoestima da paciente é elevada. O tamanho das cicatrizes também pode variar.
Pelo SUS, uma mamoplastia redutora é considerada uma cirurgia plástica corretiva e não simplesmente estética, e só é oferecida de forma gratuita, quando comprovado que o tamanho dos seios (ou sua deformidade) está proporcionando riscos de saúde para um paciente, como sérios problemas de coluna, hérnia e impactos na qualidade de vida.
Outros casos de cirurgias corretivas relacionadas a mamas são decorrentes de reconstrução mamária realizada após a retirada da mama em decorrência do tratamento contra o câncer. Sendo que, a grande maioria das mulheres que passam pela mastectomia têm indicação para a reconstrução. E as cirurgias reconstrutivas relacionadas a lipodistrofia pelo uso de medicamentos anti-retrovirais. A lipodistrofia é caracterizada por um conjunto de alterações metabólicas, incluindo resistência à insulina, a hiperglicemia e outras, acompanhada por manifestações clínicas, como perda e/ou ganho generalizado ou parcial de gordura corporal, com acúmulo de gordura em mama e região abdominal.
Os procedimentos cirúrgicos de correção mamária incluídos na Tabela do SIGTAP e, portanto, padronizados no SUS são os seguintes:
1) 04.10.01.007-3 - PLASTICA MAMARIA FEMININA NAO ESTETICA.
Procedimentos vinculados aos cids:
B740 Filariose por Wuchereria Bancrofti
B748 Outras filarioses
B749 Filariose não especificada
E881 Lipodistrofia não classificada em outra parte
N62 Hipertrofia da mama
N648 Outros transtornos especificados da mama
Q833 Mamilo acessório
Q838 Outras malformações congênitas da mama
Q839 Malformação congênita não especificada da mama
T213 Queimadura de terceiro grau do tronco
T951 Seqüelas de queimadura, corrosão e geladura do tronco
CRITÉRIOS DE ENCAMINHAMENTO:
Casos cirúrgicos com grande aumento do volume mamário ou assimetria que tenham sido descartadas todas as patologias e distúrbios hormonais persistentes.
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO:
Desejo de ser submetida à cirurgia;
Indicação para mamoplastia redutora / mastopexia conforme o critério supracitado;
IMC 27.
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO:
IMC > 27;
Mamoplastia prévia (salvo refinamentos de cirurgias realizadas no SCPQ-HUUFSC);
Doença mamária / nódulo mamário a esclarecer ou com necessidade de tratamento complementar;
2) 04.10.01.008-1 - PLASTICA MAMARIA MASCULINA.
Procedimento vinculado aos cids:
E881 Lipodistrofia não classificada em outra parte
N62 Hipertrofia da mama
3) 04.10.01.009-0 - PLASTICA MAMARIA RECONSTRUTIVA - POS MASTECTOMIA C/ IMPLANTE DE PROTESE.
Procedimento vinculado aos cids:
C501 Neoplasia maligna da porção central da mama
C502 Neoplasia maligna do quadrante superior interno da mama
C503 Neoplasia maligna do quadrante inferior interno da mama
C504 Neoplasia maligna do quadrante superior externo da mama
C505 Neoplasia maligna do quadrante inferior externo da mama
C506 Neoplasia maligna da porção axilar da mama
C508 Neoplasia maligna da mama com lesão invasiva
4) 04.10.01.020-0 - PLASTICA MAMARIA RECONSTRUTIVA BILATERAL INCLUINDO PROTESE MAMARIA DE SILICONE BILATERAL NO PROCESSO TRANSEXUALIZADOR.
Procedimento vinculado aos cids:
F640 Transexualismo
5) 04.13.03.007-5 - REDUÇÃO MAMARIA EM PACIENTE COM LIPODISTROFIA DECORRENTE DO USO DE ANTI-RETROVIRAIS.
Procedimento vinculado aos cids:
B24 Doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV] não especificada
E881 Lipodistrofia não classificada em outra parte
6) 04.10.01.021-9 - RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA PÓS-MASTECTOMIA TOTAL.
Procedimento vinculado aos cids:
C500 Neoplasia maligna do mamilo e aréola
C501 Neoplasia maligna da porção central da mama
C502 Neoplasia maligna do quadrante superior interno da mama
C503 Neoplasia maligna do quadrante inferior interno da mama
C504 Neoplasia maligna do quadrante superior externo da mama
C505 Neoplasia maligna do quadrante inferior externo da mama
C506 Neoplasia maligna da porção axilar da mama
C508 Neoplasia maligna da mama com lesão invasiva
C509 Neoplasia maligna da mama, não especificada
D050 Carcinoma lobular in situ
D051 Carcinoma intraductal in situ
D057 Outros carcinomas in situ
D059 Carcinoma in situ da mama, não especificado
D486 Neoplasia de comportamento incerto ou desconhecido da mama
Z853 História pessoal de neoplasia maligna de mama
Como solicitar procedimento cirúrgico de correção mamária pelo SUS:
Para solicitar o procedimento pelo SUS, o paciente deve primeiro, passar em uma consulta com o médico clínico em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) próxima à sua residência. O médico irá analisar o caso e encaminhá-lo para consulta na especialidade de cirurgia plástica, já averiguando se há pré requisitos para seu fornecimento.
O médico clínico ou especialista pode solicitar exames adicionais, buscando entender o impacto dos seios grandes na vida do paciente. É possível, também, que este médico o encaminhe para outros profissionais, como ortopedistas, para entender os danos à sua coluna, ou psicólogos, para comprovar os danos psicológicos causados pelo problema.
Caso a necessidade da cirurgia seja constatada pelo médico especialista, o paciente é encaminhado para cirurgia. Neste momento, seu nome entrará para uma fila de espera, que depende de acordo com a demanda de cada região.